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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ANO 2012, O FATOR MAIA E NOSTRADAMUS, MUITAS CRENDICES E PARANÓIAS




Analisemos a seguinte matéria: "Você temeria o futuro se levasse a vida de Tom Cruise, com mais de US$ 300 milhões no banco e presença garantida na lista de celebridades mais ricas do mundo elaborada pela revista "Forbes"? Então imagine o impacto da notícia, divulgada no ano passado, de que o superastro estaria construindo um abrigo subterrâneo de US$ 10 milhões no subsolo de sua mansão no Colorado. Segundo o relato publicado pela revista "Star", Cruise estaria convicto de que a Terra experimentará um contato potencialmente devastador com uma raça alienígena em 2012. Acredita o ato que a vida em nosso planeta vai mudar, para pior ou para melhor, em 21/12/2012. Nessa data se encerra um calendário que era usado pelos antigos maias no auge da sua civilização. Por isso, todo o movimento envolvendo o ano de 2012 é chamado genericamente também de "profecia maia".(1)

Essa crendice estúpida é o ponto culminante de um processo que começou há duas décadas. Em 1984, o americano José Arguelles publicou "O Fator Maia". Nele mesclava seus estudos sobre o fim do calendário maia com suas próprias idéias agourentas. O autor se inspirou em um livro de ficção. Arguelles disse que a data marcaria o fim do ciclo do Homo sapiens e o início de uma época ecologicamente mais harmoniosa. E conclamou os leitores a se reunirem em várias partes do mundo nos dias 16 e 17 de agosto de 1987 para meditar e rezar, dando um pontapé inicial para o grande dia que ainda estava 25 anos no futuro. Esse evento, batizado de Convergência Harmônica, atraiu grande atenção da mídia americana e ganhou o apoio de celebridades como a atriz Shirley McLaine."(2) Mas sabemos que "os bons Espíritos nunca determinam datas. Portanto, a previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação

Convivemos atualmente com uma "hecatombe" de informações agourentas, passíveis de causar muita confusão. Para escrever este texto li um estranho livro destinado exclusivamente a profecias de magos, videntes, advinhos e profetas de várias religiões e seitas. O enfoque do livro foi o ano 2012 como data fatídica em que a humanidade irá sucumbir por catástrofes terrestres ou vindas do espaço. Entre outras "pérolas" no livro encontrei que , segundo previsão dos maias, a Quinta Era do Sol que vivemos acabará em 20 de dezembro de 2012, em meio a catástrofes naturais". Em estudos realizados por astrônomos sobre aproximações perigosas de asteróides há uma referência para 2029 em que a força gravitacional da Terra pode atrair um grande asteróide de nome 2004 MN4, o que poderá provocar uma forte colisão entre ambos por volta de 2034. (sic...)

Na Idade Média eram comuns previsões esquisitíssimas provindas da Igreja, enfocadas em catástrofes climáticas, miséria, epidemias, eclipses e cometas imprevistos. Ressalte-se que maremotos, ciclones, erupções vulcânicas, asteróides, cometas, mudanças climáticas e o aquecimento global tanto em evidência hoje, são catástrofes naturais que fazem parte da história do planeta. Existiram em todas as épocas.

Atualmente profecias, notadamente as de Nostradamus, são lembradas e citadas até o limite do intolerável. Um mau agouro paira sobre as mentes mais frágeis. E nesse frenesi cada seita com seu cortejo de fanáticos já estabeleceu sua agenda para o tal "juízo final."

As "revelações" nostradâmicas foram escritas no século XVI quase sempre pessimistas estão reunidas em volumes numa linguagem empolada intitulada "As Centurias". Alguns nostradâmicos plantonistas interpretaram nelas destruição e fome marcada para setembro de 1999. Outros neurastênicos acreditam que o ano 2012 será palco de destruição inimaginável. Outros alienados dizem que Nostradamus prevê o fim do mundo somente no ano 3797.

Subliminarmente alguns desavisados ficam assustados com a passagem do tempo, esquecendo que nossa contagem cronológica é totalmente arbitrária. O universo está pouco se lixando com a maneira de como nós dividimos e contamos o tempo. Para os fanáticos que fixam datas para acontecimentos futuros preste atenção para o seguinte fato real: O nascimento de Jesus é o episódio que, tradicionalmente, demarca o início da era cristã. Porém, em face de um erro de cálculo, cometido no século 6 d.C., pela Igreja, as datas não coincidem. Sabe-se, atualmente, que Jesus nasceu antes do ano 1, provavelmente, entre 6 e 5 a.C. Pode-se afirmar isso, com razoável segurança, graças à narrativa muito precisa do Evangelho de Lucas. Segundo o evangelista, o fato aconteceu na época do recenseamento, ordenado pelo imperador romano César Augusto. Esse censo, o primeiro realizado na Palestina, tinha por objetivo regularizar a cobrança de impostos. Os historiadores estão de acordo em situar tal fato político no período que vai de 8 a 5 a.C.

Curiosamente, a enciclopédia O Mundo do Saber, Editora Delta-Volume I,(3) registra: Jesus nasceu em Belém-Judéia, em 4 a.C. Ante muitas controvérsias sobre a questão, colhemos informes no seio da própria Igreja, quando, no século VI (525 a D.), o sacerdote Dionísio, fanático por matemática, recebendo a incumbência para "descobrir" a data exata do nascimento do Cristo, fixou-a no ano 754, do calendário romano,(4) e que foi aceita pela cúpula da Igreja Católica. Mas, o clérigo Dionísio começou a pesquisa partindo de uma premissa equivocada, pois, manteve como referência o batismo do Mestre, ocorrido no 150 ano do governo do Imperador Tibério César(5) e tinha absoluta convicção (à época) de que o imperador romano iniciou o governo no ano 14; a conclusão foi "lógica", 14+15=29, onde tentou buscar confirmação no Novo Testamento, quando Lucas, no Capítulo III, versículo 23, registra ter sido Jesus batizado com 29 anos de idade (!!?...).

Outro fato histórico relevante, é que Tibério César governava o Império desde o ano 9 d. C. ; logo, o equívoco do padre matemático subtraiu, de 4 a 5 anos, da história cristã, cronologicamente regida pelo calendário gregoriano.(6) Aliás, erro já devidamente assumido pelo Vaticano.(7)

Existe outro fator que comprova o erro de cálculo de Dionísio: sabemos, pela tradição dos textos das escrituras, que Herodes, o Grande, quando teve notícia do nascimento do Cristo, ordenou a matança de todas as crianças nascidas, nos dois últimos anos, em Belém e cercanias da Judéia. Na ocasião, Maria e José, pais de Jesus, refugiaram-se em outro país (Egito). Ora, a História se encarrega de registrar que Herodes morreu, exatamente, no ano que nasceu Jesus (mesmo ano da ordem do infanticídio generalizado), logo, pelos dados que possuímos, considerando-se o calendário de Roma, e se Jesus era, de fato, um recém-nascido à época da matança, atualmente estaríamos pelo menos em 2014 pós-Jesus.

É bem verdade que o século XX foi marcado por grandes tragédias ligadas ao apocalipse. Começou em 1910:a Terra iria (como aconteceu) atravessar a cauda do cometa Halley e a presença do mortífero gás cianogênio mataria todos. Ninguém morreu intoxicado com o gás. Sob o pavor do final dos tempos , na noite de 18/11/1978, em Jonestown Guiana, 900 pessoas cabrestadas pelo pastor Jim Jones, líder da seita Templo do Povo, morreram ao ingerir suco com cianureto. Em Uganda o líder de uma seita, Joseph Kibweteere prognosticou que o mundo acabaria no dia 31/12/1999. Como isso não ocorreu, adiou para o ano seguinte. No dia e hora marcados, o templo bem como todas as pessoas foram envolvidas em combustível e 470 pessoas inclusive 50 crianças foram carbonizadas. No ano de 1993, em Waco,Texas, EUA 70 seguidores da seita Ramo Davidiano morrem carbonizados no Rancho do Apocalipse. Em 1995, um culto do Juízo Final, liderado por Shoko Asahara do grupo Verdade Suprema, obcecado pela idéia do fim do mundo, lançou um gás tóxico no metrô de Tóquio envenenando centenas de pessoas inocentes, estranhos à seita. Em março de 1997, dezenas de corpos de homens e mulheres que pertenciam à seita Higher Source, liderados pelo pastor Marshall Applewhite se suicidaram acreditando que suas almas encontrariam uma nave voadora esperando por eles na cauda do cometa Hale Bopp e que os levariam a outro planeta.

O mundo atual dominado por incerteza, insegurança, pobreza e desigualdades sociais , continuará a alimentar seitas apocalípticas, passíveis de causar grandes tragédias. Fanáticos religiosos utilizando da Internet, poderão estabelecer um clima de apreensão e pavor. Mas, aprendemos com o genial lionês Allan Kardec que "os grandes fenômenos da Natureza, aqueles que são considerados como uma perturbação dos elementos, não são de causas imprevistas, pois "tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus. E os cataclismos algumas vezes têm uma razão de ser direta para o homem. Entretanto, na maioria dos casos, têm por objetivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da natureza."(8)

Os pessimistas insistem sempre em considerar que a maneira negativa e sombria de perceber as coisas do mundo é uma maneira realista de viver. Não concordo. Na verdade, se olharmos a vida com muita emoção (distantes do raciocínio) vamos encontrar motivos que nos abatem os ânimos em qualquer lugar e em qualquer situação; crianças carentes, fome universal, guerras, violência urbana, seqüestros, carestia, insegurança social, corrupção, acidentes catastróficos e por aí à fora. Entretanto, é um dever para com nosso bem-estar estarmos adaptados à vida, com tudo que ela tem de bom e de ruim, sem obviamemente cruzarmos os braços diante das situações.

Em verdade, a "forma empregada até agora nas predições faz delas verdadeiros enigmas, as mais das vezes indecifráveis.[absurdos] Hoje, as circunstâncias são outras; as predições nada têm de místicas. São antes advertências do que predições propriamente ditas. A humanidade contemporânea também conta seus profetas. Mais de um escritor, poeta, literário, historiador ou filósofo hão traçado, em seus escritos, a marcha futura de acontecimentos a cuja realização agora assistimos."(9)

Recordemos sempre que a prática dos códigos evangélicos é a condição intransferível que determinará a grande transformação sócio, político e econômico do porvir. Nessa esteira, haverá de ser o final do "mundo velho", desse mundo regido pela desmesurada ambição, pela corrupção, pelo aniquilamento dos preceitos éticos, pelo orgulho, pelo egoísmo e pela incredulidade. Por isso, cremos que a Terra não terá de transformar-se por meio de um cataclismo e outras tragédias que destrua de súbito uma geração. A atual sociedade desaparecerá, gradualmente, e a nova lhe sucederá sem derrogação das leis naturais, conforme preceitua o Espiritismo.

Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com

Site: http://jorgehessen.net
Blog: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com


FONTES:
(1) Fonte: Revista Galileu - Edição 206 - Setembro de 2008 - Por Pablo Nogueira
(2) Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001
(3) Enciclopédia O Mundo do Saber, Editora Delta-Volume 1
(4) 2761 anos já se transcorreram a partir da fundação de Roma
(5) Cf. Luc. 3: 1 a 6
(6) O calendário gregoriano, aceito nos nossos dias em praticamente todo o mundo, só passou a vigorar a partir de 1582, quando foi promulgado pelo Papa Gregório XIII, tendo posteriormente sido gradualmente aceite por todos os países.
(7) Tibério César sucedeu Augusto que morreu no dia 19 de agosto do 767 da fundação de Roma, 14 da nossa era, quando assumiu de fato o título de César e começou a governar. Portanto, João começou a pregar no ano 28. O batismo de Jesus, antes da Páscoa de 29, estava com 35 anos. E na crucificação ocorrido no ano 31 da nossa era, 784 da fundação de Roma, Jesus tinha 38 anos de idade.
(8) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2004
(9) Kardec, Allan "A Gênese", Cap. XVI, item 17, 16ª ed., FEB/a973-RJ.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O ESPÍRITA ANTE À SINDROME DO MEDO 22-11-09




Em uma situação de crise, seja de ordem econômica ou agravamento da insegurança pública, como sói ocorrer nos dias de hoje, as relações sociais, pessoais e familiares se alteram. Diante desse quadro, é perfeitamente normal que sintamos medo. Na verdade, sentir medo nos leva à imobilização, pois essa fobia aumenta, consideravelmente, a incerteza do que uma atitude poderá causar. Pensar que não conseguiremos enfrentar uma doença, nossos erros, a perda do emprego ou dos bens, a velhice, a solidão, a perda de um amor e assim por diante, amedronta-nos, causa-nos ansiedade e desconforto psicológico.
Se tivéssemos certeza do sucesso das atitudes a tomar, não teríamos medo de coisa alguma. Não devemos, pois, desconsiderar nossos medos, mas, antes, valorizá-los como fonte de transformações a serem realizadas dentro de nós mesmos. Quando usados como instrumento de coerção, controle e exercício do poder e de autoridade sobre os outros, compromete-se a consciência dos indivíduos, criando, neles, a necessidade de mentir. É quando professores e pais usam os medos e ameaças para limitarem seus alunos e filhos. Contos e histórias infantis, que podem ser usados como armas para amedrontar e controlar as crianças, estão ajudando a realizar a tarefa da antipedagogia. É o antiensino. É a deseducação.
André Luiz ensina que “o corajoso suporta as dificuldades, superando-as. O temerário afronta os perigos sem ponderá-los.” (1) É verdade! Há atitudes que, frente aos medos, podem ser fruto da nossa irresponsabilidade. Trata-se de um erro de percepção ou da nossa incapacidade de julgamento. Sem medir as conseqüências dos nossos atos, seja qual for a razão, enfrentamos a ameaça e o perigo, sem, antes, analisá-los. Somos, muitas vezes, inconseqüentes nos nossos atos, não avaliarmos a imprudência que cometemos. Exemplos comuns de irresponsabilidade são as atitudes impulsivas ou exibicionistas praticadas por quem não pensa em correr quaisquer riscos com tais atitudes. A morte e a vida lhe são indiferentes.
Por essas razões é preciso que aceitemos nossos próprios medos, a fim de darmos início ao nosso autoconhecimento. Consiste, isso, em admitir que temos medos. Admitir também que todos têm medos. É o primeiro e decisivo passo para iniciar o caminho que nos levará a superá-los e, conseqüentemente, a superação de si mesmo.
A instabilidade psíquica e emocional faz parte da rotina de todos. É necessário ter “nervos de aço” para sobreviver nas grandes cidades modernas. Embora o medo seja um sentimento natural, a drástica realidade do cotidiano está transformando, em patologia crônica, um sentimento que é fundamental para nossa sobrevivência. “Ninguém poderá dizer que toda enfermidade esteja vinculada aos processos de elaboração da vida mental, mas todos podem garantir que os processos de elaboração da vida mental guardam positiva influenciação sobre todas as doenças”. (2) O medo é normal quando é moderado. Quando excessivo, torna-se doença, passa a prejudicar a nossa vida.
“Toda emoção violenta sobre o corpo é semelhante a martelada forte sobre a engrenagem de máquina sensível, e toda aflição amimalhada é como ferrugem destruidora, prejudicando-lhe o funcionamento”.(3) O medo excessivo (fobias) é o mesmo que semear espinheiros magnéticos e adubá-los no solo emotivo de nossa existência, é intoxicar, por conta própria, a tessitura da vestimenta corpórea, estragando os centros de nossa vida profunda e arrasando, conseqüentemente, sangue e nervos, glândulas e vísceras do corpo que Deus nos concede com vistas ao desenvolvimento de nossas faculdades para a Vida Eterna.
Para Sigmund Freud, uma emoção como o medo, por exemplo, “é uma preparação para enfrentar o perigo. É um estado biologicamente útil, já que, sem ele, a pessoa se acharia exposta a conseqüências graves. Dele derivariam a fuga e a defesa ativa. Quando, porém, o desenvolvimento de certos estados vai além de determinados limites, passa a contrariar o objetivo biológico e dá lugar às formas patológicas”. (4)
Os ansiosos (estressados) visitam, cinco vezes mais, médicos que uma pessoa normal. O sintoma crônico do medo está gerando problemas físicos e emocionais, tais como infarto do miocárdio, úlcera e insônia. Essa síndrome repercute no organismo de várias maneiras. No cérebro, pode provocar insônia e depressão. No coração, surgem as arritmias e a hipertensão. O sistema endócrino pode sofrer baixa taxa de açúcar no sangue e problemas com a tireóide; no sistema gastrointestinal, indigestão e colite. Portando, o stress(5) do medo desenvolve a úlcera, a ansiedade, as tristezas e os pânicos. “O medo [patológico] é um dos piores inimigos da criatura, por alojar-se na cidadela da alma, atacando as forças mais profundas”.(6)
Para nós, estudiosos do Espiritismo, a solução para o medo é, sem dúvida, o exercício "da fé que remove montanhas” (7), mostrando-nos o rumo da vitória. É, igualmente, a certeza da reencarnação, a convicção de que a vida terrena não é mais do que um longo dia perante a eternidade real da vida do Espírito. Somos seres pensantes e imortais e, ante essas verdades, podemos enriquecer a nossa atividade mental, indefinidamente, rumo aos objetivos superiores. Podemos desenvolver recursos que nos conduzam a um relacionamento humano e social mais saudável, através do trabalho solidário e fraternal, aprendendo a entender as dores e angústias dos nossos companheiros, a ter compaixão, e, finalmente, "a amar o próximo como a nós mesmos”. (8)
Fundamentalmente, a fé deve apoiar-se na razão, para não ser cega. Por isso, fé não é um "dom" fornecido por Deus para alguém em especial, seja por essa ou aquela atitude exterior, mas sim o produto da nossa conquista pessoal na busca da compreensão do caminho correto, das verdades que permeiam a essência das nossas próprias vidas, por meio do conhecimento, da vivência da experiência, das reflexões pessoais e pelo esforço que fazemos em nos modificar para viver com mais amor, por entender que o amor é a causa da vida, e a vida é o efeito desse amor. Na mensagem do Mestre, aprendemos a lição da coragem, do otimismo vivo, fatores psicológicos, esses, capazes de renovar nossos pendores, obstando que o medo, a depressão e a angústia se apossem de nossa mente.

Jorge
Site http://jorgehessen.net
email jorgehessen@gmail.com


Fontes:

(1) Xavier, Francisco Cândido. Agenda Cristã , ditado pelo Espírito André Luiz , Rio de Janeiro: Ed Feb, 2001
(2) idem
(3) idem
(4) ABBAGNANO, N., citado por. Dicionário de Filosofia. Sigmund Freud (1856-1939). Nascido na Áustria de família judia. Foi o fundador da Psicanálise, tendo formulado os conceitos de inconsciente, libido, o método da livre associação no tratamento psicanalítico, etc., cujos fundamentos teóricos colaboraram para a compreensão do psiquismo humano
(5) O stress pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças, especialmente cardiovasculares.
(6) Xavier, Francisco Cândido. Nosso Lar, ditado pelo Espírito André Luiz, Capítulo 42, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001
(7) Cf. Mt. 21.18-22
(8) Cf. (Mateus 9:20-22; Marcos 1:40-42; 7:26, 29, 30; João 1:29)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SABEDORIA DO BEM VIVER




O tempo é implacável, sagrado e transformador de destinos. Muitos não compreendem os mistérios do tempo que se esvae célere na vida terrena; envelhecem e quase nada realizam nas instâncias do bem incondicional Há, porém, aqueles que consolidam em si a robusta fé cristã e exercitando plenamente o amor ao próximo como método de se eximirem das ruidosas propagandas da virtude de superfície.

O pensador Alexis Carrel afirmou que:- O importante não é acrescentar anos à sua vida, mas vida aos seus anos. - Mais tarde Harry Benjamin endossou a idéia de Carrel com a frase: "Não queira acrescentar dias à sua vida, mas vida aos seus dias." Estribado nesses axiomas, evocamos os nomes de alguns personagens histórico que, ao acrescentarem vidas aos seus dias e anos, traçaram linhas indeléveis sobre painéis emoldurados com excelsa a virtude cristã.

Dentre alguns expoentes da prática do amor lembramos David Livingstone, que no século XIX entoou os dúlcidos cânticos evangélicos para os negros sul-africanos, após ter escrito inesquecíveis contos literários que o projetaram ao lado de deuses da literatura mundial, a exemplo de Victor Hugo. Livingstone, renunciou aos proscênios da fama, abandonou a Escócia, sua terra natal e juntou-se àquelas almas sofredoras , nascidas na mais dura dificuldade material.

Os anos não passaram em vão nos projetos de vida de Florence Nightingale, a ilustre "Dama da Lâmpada", ela que vestiu a túnica da renúncia, afastando-se do convívio do fausto inglês, a fim de abraçar voluntariamente a árdua tarefa de socorrer as vítimas da Guerra da Criméia no século XIX (1). Nightingale acolheu amorosamente junto ao seu coração muitos soldados feridos, sem a preocupação de saber qual nacionalidade de cada vítima. Em nome do amor, deixou plantada a poderosa semente que posteriormente foi cultivada por Jean Henrique Dunant.

Inicialmente Dunant foi um homem de negócios, representante de uma companhia genovesa. Enfrentou alguns problemas no que diz respeito à exploração das terras e numa tentativa de solução desses mesmos problemas, decidiu dirigir-se pessoalmente ao imperador francês Napoleão III, que na época se encontrava na Itália comandando o exército francês que juntamente com os italianos tentava expulsar os austríacos do território italiano. No front dessa guerra , ao presenciar o sofrimento na frente de combate [ Batalha de Solferino em 1859 ], Dunant organizou de imediato um serviço de primeiros socorros. Desta sua experiência resultou o livro Un souvenir de Solferino, publicado em 1862, onde sugeria a criação de grupos nacionais de ajuda para apoiar os feridos em situações de guerra, e porpôs a criação de uma organização internacional que permitisse melhorar as condições de vida e prestar auxílio às vítimas da guerra. Em 1863 fundou a Cruz Vermelha Internacional, reconhecida, no ano seguinte, pela Convenção de Genebra. Após adoecer, esteve internado no hospital desta vila Suíça, onde veio a falecer em 1910.

O que sobrou à Hellen Keller foi determinação e coragem robusta para vencer as suas limitações físicas (era surda, muda e cega de nascença), porém um dia Keller conseguiu falar e soltou o verbo como ninguém . Seu vigor moral fê-la projeta-se no cenário do mundo dando-lhe características de uma singular muIher. Seu verbo infundia ao homem a necessária reflexão sobre o quanto somos potencialmente ilimitados quando amamos a vida. Por isso foi considerada uma das dez mulheres mais importantes dos Estados Unidos, no século XX..

Certa ocasião o jornalista Harold Gibson disse: "- "Por onde Miss Eartha andava, os famintos, aflitos e desamparados de todas as idades sentiam a sua presença compassiva e animadora." - referia-se a Eartha Mary Magdalene White, uma verdadeira lenda no norte da Flórida, Estados Unidos. Ela que fundou de uma Instituição de amparo ao negro americano. Eartha desencarnou em 1974, com 95 anos de idade, deixando um segredo para vivermos a grande mensagem, "-Façam todo o bem que puderem, de todos os modos, em todos os lugares para todas as pessoas enquanto puderem."

Eis aqui alguns personagens reais da História que souberam acrescentar vida aos anos de experiência física. Em verdade, cada instante vivemos, cada minuto que se esvai nos báratros do dia-a-dia, construímos nosso destino e escrevemos nas páginas da vida os anos de experiência nos carreiros do amor que devotamos ao próximo.

Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com

Site: http://jorgehessen.net
Blog: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com


OBS.:
(1) Conflito que se estendeu de 1853 a 1856, na península da Crimeia (no mar Negro, ao sul da atual Ucrânia), no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu, de um lado a Rússia e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Piemonte-Sardenha (na atual Itália) - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda - e o Império Turco-Otomano (atual Turquia). Esta coalizão, que contou ainda com o apoio da Áustria, foi formada como reação às pretensões expansionistas russas

domingo, 15 de novembro de 2009

SABEDORIA DO BEM VIVER (13.11.09)






O tempo é implacável, sagrado e transformador de destinos. Muitos não compreendem os mistérios do tempo que se esvae célere na vida terrena; envelhecem e quase nada realizam nas instâncias do bem incondicional Há, porém, aqueles que consolidam em si a robusta fé cristã e exercitando plenamente o amor ao próximo como método de se eximirem das ruidosas propagandas da virtude de superfície.

O pensador Alexis Carrel afirmou que:- O importante não é acrescentar anos à sua vida, mas vida aos seus anos. - Mais tarde Harry Benjamin endossou a idéia de Carrel com a frase: "Não queira acrescentar dias à sua vida, mas vida aos seus dias." Estribado nesses axiomas, evocamos os nomes de alguns personagens histórico que, ao acrescentarem vidas aos seus dias e anos, traçaram linhas indeléveis sobre painéis emoldurados com excelsa a virtude cristã.

Dentre alguns expoentes da prática do amor lembramos David Livingstone, que no século XIX entoou os dúlcidos cânticos evangélicos para os negros sul-africanos, após ter escrito inesquecíveis contos literários que o projetaram ao lado de deuses da literatura mundial, a exemplo de Victor Hugo. Livingstone, renunciou aos proscênios da fama, abandonou a Escócia, sua terra natal e juntou-se àquelas almas sofredoras , nascidas na mais dura dificuldade material.

Os anos não passaram em vão nos projetos de vida de Florence Nightingale, a ilustre "Dama da Lâmpada", ela que vestiu a túnica da renúncia, afastando-se do convívio do fausto inglês, a fim de abraçar voluntariamente a árdua tarefa de socorrer as vítimas da Guerra da Criméia no século XIX (1). Nightingale acolheu amorosamente junto ao seu coração muitos soldados feridos, sem a preocupação de saber qual nacionalidade de cada vítima. Em nome do amor, deixou plantada a poderosa semente que posteriormente foi cultivada por Jean Henrique Dunant.

Inicialmente Dunant foi um homem de negócios, representante de uma companhia genovesa. Enfrentou alguns problemas no que diz respeito à exploração das terras e numa tentativa de solução desses mesmos problemas, decidiu dirigir-se pessoalmente ao imperador francês Napoleão III, que na época se encontrava na Itália comandando o exército francês que juntamente com os italianos tentava expulsar os austríacos do território italiano. No front dessa guerra , ao presenciar o sofrimento na frente de combate [ Batalha de Solferino em 1859 ], Dunant organizou de imediato um serviço de primeiros socorros. Desta sua experiência resultou o livro Un souvenir de Solferino, publicado em 1862, onde sugeria a criação de grupos nacionais de ajuda para apoiar os feridos em situações de guerra, e porpôs a criação de uma organização internacional que permitisse melhorar as condições de vida e prestar auxílio às vítimas da guerra. Em 1863 fundou a Cruz Vermelha Internacional, reconhecida, no ano seguinte, pela Convenção de Genebra. Após adoecer, esteve internado no hospital desta vila Suíça, onde veio a falecer em 1910.

O que sobrou à Hellen Keller foi determinação e coragem robusta para vencer as suas limitações físicas (era surda, muda e cega de nascença), porém um dia Keller conseguiu falar e soltou o verbo como ninguém . Seu vigor moral fê-la projeta-se no cenário do mundo dando-lhe características de uma singular muIher. Seu verbo infundia ao homem a necessária reflexão sobre o quanto somos potencialmente ilimitados quando amamos a vida. Por isso foi considerada uma das dez mulheres mais importantes dos Estados Unidos, no século XX..

Certa ocasião o jornalista Harold Gibson disse: "- "Por onde Miss Eartha andava, os famintos, aflitos e desamparados de todas as idades sentiam a sua presença compassiva e animadora." - referia-se a Eartha Mary Magdalene White, uma verdadeira lenda no norte da Flórida, Estados Unidos. Ela que fundou de uma Instituição de amparo ao negro americano. Eartha desencarnou em 1974, com 95 anos de idade, deixando um segredo para vivermos a grande mensagem, "-Façam todo o bem que puderem, de todos os modos, em todos os lugares para todas as pessoas enquanto puderem."

Eis aqui alguns personagens reais da História que souberam acrescentar vida aos anos de experiência física. Em verdade, cada instante vivemos, cada minuto que se esvai nos báratros do dia-a-dia, construímos nosso destino e escrevemos nas páginas da vida os anos de experiência nos carreiros do amor que devotamos ao próximo.

Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com

Site: http://jorgehessen.net
Blog: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com


OBS.:
(1) Conflito que se estendeu de 1853 a 1856, na península da Crimeia (no mar Negro, ao sul da atual Ucrânia), no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu, de um lado a Rússia e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Piemonte-Sardenha (na atual Itália) - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda - e o Império Turco-Otomano (atual Turquia). Esta coalizão, que contou ainda com o apoio da Áustria, foi formada como reação às pretensões expansionistas russas

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CARTA DE UM HOMOSSEXUAL PARA JORGE HESSEN



Prezado Sr. Jorge Hessen,
Li o seu artigo sobre a homossexualidade no O Imortal de janeiro e me identifiquei com as suas posições. Apesar de não ter profundos conhecimentos da doutrina espírita, gostaria, se possível, de esclarecer algumas questões com o senhor. Pelo que eu entendi da posição do senhor, a relação homossexual deve ser aceita pela doutrina espírita. Mais do que isso, ela deve ser tratada como a relação heterossexual. E isso também em relação à prática sexual: a prática equilibrada tanto na relação heterossexual quanto na homossexual é não só permitida como querida, já que "O sexo é uma fonte de bênçãos renovadoras do corpo e da alma”. O que não é permitida é a promiscuidade, etc. É correta essa minha interpretação? Além disso, tenho visto também declarações a respeito da homossexualidade do Divaldo Franco. Eu não consigo entender a posição dele, pois ele considera a relação homossexual como sendo aceita e normal, mas a prática do sexo homossexual levaria a conseqüências negativas, que seriam levadas posteriormente. Ora, se a relação é "normal", "natural", porque haveria a proibição do sexo nessa relação homossexual? Agradeço desde já a atenção do senhor, a sua ajuda será muito importante para enfrentar essa dificil questão. Obrigado! Al......

Caro Al......,
Muita paz!
Obrigado pela atenção carinhosa.
Identifico suas interpretações como corretas , e sobre a questão de proibições de ralacionamento sexual em qualquer circunstância, seja com quem for opto sempre pela assertiva emmanuelina. Considero mais sensata: Vejamos o que ele explica na introdução do livro Vida e Sexo: " em torno do sexo [prática sexual], será justo sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes: Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um."
Caro irmão, não sei o que vai na intimidade de alguém que opta pela homoafetividade, pois minha natureza é heterossexual. Por essa razão quem sou eu para ajuizar o que é certo ou errado no mundo homoafetivo, no que tange a relacionamento sexual? Tenho muito receio daqueles que interpretam a intimidade sexual do outros como supostamente pura ou impura, sublimada ou animalizada!! equilibrada ou destrambelhada!!!
Quem tem autoridade para aferir a intimidade do próximo?
NINGUÉM! detém essa chancela na Terra.
Abraços com votos de saúde e paz.
Fraternalmente,
Jorge Hessen