terça-feira, 30 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
DESONESTIDADE E ESPIRITISMO NÃO SE COADUNAM
terça-feira, 23 de novembro de 2010
ESPÍRITAS ESCRAVIZADOS A SÍMBOLOS, MITOS E FANTASIAS?
sábado, 20 de novembro de 2010
Obsessão espiritual, causa das grandes angústias humanas
JORGE HESSEN | |||
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010
O ABORTO É UMA PRÁTICA HEDIONDA DESDE O CÓDIGO DE HAMURABI
O ABORTO É UMA PRÁTICA HEDIONDA DESDE O CÓDIGO DE HAMURABI
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
INTERNET E ESPIRITISMO – DESAFIOS E POSSIBILIDADES
INTERNET E ESPIRITISMO – DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Atualmente há uma assustadora explosão dos sites de redes sociais, como o “MySpace”, “Facebook” e “Orkut”, que ganharam grande proeminência em face dos muitos milhões de pessoas inscritas para utilizá-los a fim de publicarem suas informações pessoais. Para muitos internautas o uso das redes de relacionamento é algo tão comum como tomar banho, escovar os dentes e pentear os cabelos pela manhã. Todavia, a natureza quase íntima dessas redes sociais leva as pessoas a compartilharem informações confidenciais sobre sua família, relacionamentos afetivos, situação financeira e vários outros conteúdos de cunho particular, deixando-as, não raro, sujeitas a todo tipo de armadilhas, considerando que esses dados fornecidos na web municiam as pessoas mal intencionadas.
Óbvio que a Internet é importantíssima para todos nós. Com ela podemos ler a maioria dos jornais do mundo contemporâneo utilizando apenas algumas teclas. Temos acesso a um sem-número de enciclopédias e podemos também sondar os filmes que estão em exibição nos cinemas. A rigor, utilizamos uma parte ínfima da vastidão de temas e materiais que se podem conseguir na Rede Mundial de Computadores. Por outro lado, nem sempre é tarefa fácil distinguir entre o conteúdo interessante e a mensagem perigosa e/ou ilegal. Dos riscos iminentes que estremecem a mente humana, destacamos a pornografia (principalmente a infantil) que é, disparadamente, a mais execrável. Não faltam os sites de conteúdo racista, xenófobo, ou de puro incitamento à violência. Muitas vezes o perigo pode vir de uma conversa aparentemente inocente, mantida no programa de conversa à distância - o “Chat”.
Da mesma forma que devemos prestar atenção redobrada ao atravessar uma avenida de trânsito intenso, devemos ter a máxima cautela ao navegar na web, pois os perigos são reais. Devemos estar atentos para evitar cair em arapucas cibernéticas. Como aconteceu, recentemente, com uma jovem de 22 anos que sofreu violência sexual no estado de São Paulo. Segundo a Polícia Civil paulista, a vítima havia marcado um encontro com um rapaz após tê-lo conhecido em uma sala de bate-papo na Internet. No local combinado, o criminoso estava em uma moto e, quando a jovem chegou, ele a obrigou a subir na garupa e a levou para um lugar ermo, onde ela foi amarrada e abusada sexualmente.
Um elevado percentual de problemas ocorre porque muitos usuários não têm ideia do alcance da web e não sabem se comportar diante do universo virtual. Os especialistas comparam a Internet a uma grande praça pública, todavia com uma diferença fundamental: as informações e imagens divulgadas podem ser vistas por milhões de pessoas, copiadas e manipuladas, o que exige um cuidado extra.
Existem alguns meios de controlar a “navegação”, que restringem, através de senhas, aquilo que crianças e jovens podem ter acesso. Os pais, sobretudo os genitores espíritas, devem conversar abertamente com os seus filhos, alertando-os sobre o lado nocivo da Internet e aconselhá-los a evitar sites perigosos. Nesses casos, orientar será sempre muito melhor do que proibir.
Em tese, apesar dos riscos, não devemos demonizar a Internet tal qual fazia a Inquisição na Idade Média, queimando os livros e destroçando a cultura. Apoiados no bom senso doutrinário, é importante aprendermos a enfrentar os desafios cibernéticos, com a intenção de procurar a verdade e de esclarecer os interessados. É bastante salutar que saibamos separar o trigo do joio.
A Internet, a despeito das informações incorretas, das agressões, das infâmias, da degradação e do crime, é, sem dúvida, um instrumento de grandiosas realizações que dignificam o homem e preparam a sociedade para um porvir mais promissor. Para o movimento espírita em especial, pela web são possíveis os estímulos de fraternidade entre as diversas instituições kardecianas da Terra. Pelas ondas virtuais está surgindo um novo modelo para o movimento espírita. Se o Apóstolo dos Gentios teve que andar milhares de quilômetros a pé, de cidade em cidade, para espalhar a semente da Boa Nova, Deus, nos dias atuais, dá-nos a oportunidade de estar na comodidade do próprio lar para disseminar os princípios da Terceira Revelação para todos os continentes.
Diante do exposto, indagamos: como garantir a legitimidade desse monumental instrumento de trabalho espírita? O que fazer para explorar mais o enorme potencial de divulgação da Doutrina Espírita através da Internet? Cremos que os Departamentos de Divulgação dos Centros Espíritas, bem como Federações Espíritas, deveriam refletir mais sobre o assunto. Ambas as questões são importantes e devemos refleti-las para que possamos entender como aplicar a Internet corretamente no ambiente espírita. Nesse caso, a vigília equilibrada é fundamental para atingir uma abordagem balanceada, que possa assumir plenamente a tecnologia que temos disponível e, simultaneamente, projetar os objetivos maiores do trabalho espírita que está sendo desenvolvido na Terra, por permissão do Cristo.
Jorge Hessen
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
DUENDES, ELEMENTAIS - CRENDICE, FANTASIA OU REALIDADE?
Não encontramos a palavra "Elemental" no dicionário do Aurélio, e que tampouco consta nas obras codificadas por Allan Kardec. Aliás, o Espírito São Luís, na Revista Espírita do mês de março de 1860, empregou o termo "elementar”(1) ao invés de “Elemental”.(2) O professor Rivail cita a palavra "duende" referindo-se aos espíritos perturbadores, em duas oportunidades.(3)A primeira quando faz alusão ao duende de Bayonne, que apareceu para sua irmã, provocando travessuras. Na segunda, descreve a experiência do Sr. J. com alguns espíritos perturbadores, em sua residência. Mas, em ambas as oportunidades, o Codificador os descreveu como espíritos perturbadores, sem no entanto lhes conferir as propriedades que a crendice popular dá aos duendes e elementais. (4)
Nesta abordagem teórica, não podemos adentrar pela porta larga das concepções místicas, até porque a nomenclatura espírita é concisa e clara, e precisa estar acima da imaginação popular, que concebe, geralmente, a mediunidade de maneira mística, e quase sempre denominando esses seres de Silfos (elementais do ar), Salamandras (elementais do fogo), Ondinas (elementais da água) e Gnomos (elementais da terra).
Sabemos que nas hostes espíritas existem muitas terminologias novas, que não estão inscritas nas Obras Básicas. Todavia, no decorrer do século XX, foram sendo incorporadas no dicionário kardeciano, a exemplo dos termos "colônias espirituais”, “bioenergia”, “monoideísmo”, “ovóides", "umbral", "vampirismo", "aura" etc. Expressões essas que, se não foram utilizadas pelo Codificador; estavam de alguma forma implícitas nas ideias, através de outras terminologias do século XIX.
O termo "Elemental" é comumente empregado de forma esotérica, sobretudo na cultura teosófica. Porém, André Luiz faz alusão à palavra referindo-se “a entes servidores comuns do reino vegetal”(5), ou seja, espíritos da Natureza totalmente estranhos à sua compreensão(6).
Algumas obras espíritas complementares confirmam que os seres infra-humanos são os "entes servidores da natureza”, executores dos fenômenos naturais. Segundo o ilustre lionês, "os Espíritos constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador”(7), que, não criou seres intelectuais perpetuamente destinados à inferioridade, uma vez que “tudo na Natureza se encadeia por elos que ainda não podemos apreender”(8).
Os Instrutores Espirituais intervêm na melhoria das formas evolutivas inferiores, nas quais o princípio inteligente estagia. Em verdade, “todos os campos da Natureza contam com agentes da Sabedoria Divina para formação e expansão dos valores evolutivos.”(9). A rigor, o espírito não chega à fase da razão “sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização.”(10). Destarte, “o princípio inteligente, distinto do princípio material, se individualiza e se elabora, passando pelo diversos graus da animalidade. É aí que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades.”(11).
Certa vez, conhecendo uma colônia purgatorial de vasta expressão, André Luiz foi informado sobre as milhares de criaturas “utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, que se movimentam naquelas regiões em posição infraterrestre.”(12). Talvez essas entidades não habitem o interior da Terra, porém, “presidem aos fenômenos geológicos e os dirigem de acordo com as atribuições que têm.”(13). Dia virá em que receberemos a explicação de todos esses fenômenos e os compreenderemos melhor.
Na escala da evolução, eles estariam entre a fase animal e hominal. Muitos esotéricos acreditam que essas entidades são superiores ao homem, crença essa contrária aos conceitos e conhecimentos espíritas. Para nós, esses seres “situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a idéia simples do homem primitivo da floresta."(14).
No Capítulo IX de O Livro dos Espíritos, questões 536 a 540, o mestre lionês fez perguntas pertinentes sobre a ação dos espíritos nos fenômenos da natureza. Compreendemos, assim, sobre a existência de "princípios inteligentes" que auxiliam no controle dos fenômenos da natureza, sob a supervisão de espíritos mais elevados, operando em nome de Deus, que “não exerce ação direta sob a matéria”(15).
Não seria justo dizer que os elementais não existem. A experiência, a tradição e a própria Doutrina Espírita acolhem tais seres como realidade e não como mera fantasia. Todavia, não podemos esquecer que o Espiritismo tem em seu vocabulário os termos adequados para designar precisamente esses entes espirituais. Razoável, então, não adotarmos palavras inadequadas e distorcidas pelas crenças mitológicas.
Jorge Hessen
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com