|
Luiz Carlos Formiga |
Na no final da década de 1990, uma menina foi
a óbito por causa da difteria. Tinha sido competentemente medicada num Hospital
Universitário. Como aceitar e explicar a ocorrência? Esse agente etiológico é muito
sensível a uma dezena de quimioterápicos.
Hoje estamos esperando drogas que possam
ser adequadas para o tratamento da infecção pelo “vírus chinês”. Poderemos em
breve ganhar o jogo contra o COVID 19.
Brasileiros não vão esmorecer. Nossos
profissionais da saúde e da economia são muito competentes e tentarão marcar o
gol, nem que seja no último segundo.
Como trabalhei com micróbios se poderia pensar
que me é fácil manter o otimismo. Ainda que meu sofrimento é menor. Não, não é.
Perto dos oitenta anos, com hipertensão e herdeiro
da atopia de meu avô português, faço parte do grupo de risco.
Não pude abraçar minha filha, nem minha neta mais
nova, que me jogou beijos do carro chorando.
Apesar disso, vovô “ficar em casa” é conduta
adequada para a maioria das cidades brasileiras.
Nesta hora, a separação de avós e netos protegerá
o primeiro, porque não sabemos se o segundo está na condição de portador assintomático
contagiante. (1)
“As
pessoas prudentes sabem tirar proveito dos atos que a necessidade os
constrangeu”,
disse-nos Nicolau Maquiavel. Por
isso, lembrei agora de mensagem psicografada por José Salomão Mizrahy, “O Bem de Hansen”, do Espírito
Leda Amaral. (*)
Cega por causa do Mal de Hansen por que Leda
o chamou de “Bem”? (2)
O vírus desta pandemia poderá ser assim
chamado por alguém, lá adiante?
Uma coisa parece certa, o momento pode nos
fazer perceber as sutilezas da parábola “O Bom Samaritano”.
Um homem caiu nas mãos de salteadores, que
o deixaram quase morto. Mas, um samaritano, descendo de seu cavalo, atou-lhe as
feridas e o levou para lugar seguro.
Nesta pandemia pessoas “descerão do cavalo”,
duplo sentido. Alguns cuidarão dos ferimentos físicos, emocionais, espirituais,
aplicando “óleo e vinho”. Outros irão torcer pela vitória do micróbio, por
causa de seus interesses não confessáveis.
Podemos ampliar as reflexões observando
detalhes desse acolhimento, da renúncia ao acompanhamento. (3)
Algum idoso que já foi infectado pode
estar se sentindo diante da morte anunciada,
como na AIDS, década de 1980. Morrer num acidente de avião é diferente, a morte
acontece, uma fatalidade.
Tanto no assalto feito pelo vírus, quanto
no assalto praticado pelo traficante de drogas, acreditamos que seja importante
refletir sobre a possibilidade da alma ser imortal. (4)
Quantos usuários de drogas endovenosas
irão desencarnar numa overdose? Por isso, convido o leitor a examinar as explicações
produzidas em linguagem simples, com vídeos de apenas quatro minutos. (5)
O Centro Espírita Irmão Samaritano, parceiro
do Movimento de Amor ao Próximo, esta trabalhando pela construção da “casa do
caminho” Cristo Consolador (6). Essa
casa está se propondo a anestesiar as dores da alma, aquela que nasce, quando
percebemos a dependência química.
O leitor já estará colaborando conosco examinando
o conteúdo desse material filmado e, mais ainda, quando o compartilhar com os
amigos. Agradecemos antecipadamente essa generosidade. Finalizando, quero
enfatizar e depois fazer uma pergunta ao o leitor.
“Vovô ficar em casa” é conduta adequada para a maioria das cidades
brasileiras, mas como explicar crianças e jovens fora das escolas?
Leia mais
(*)
A primeira grande máquina impressora da Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille – SPLEB, tem hoje seu nome.
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home