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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O GIGANTE E A MONTANHA

Luiz Carlos Formiga

Hoje com o avanço biomédico crianças de mães HIV soro-convertidas nascem sem contaminação e não passam pela dificuldade dos tempos da “Lepra”.
Na época de Jesus se temia o sangue e mais uma vez o Seu comportamento foi revolucionário. A hemorragia corporal levava à exclusão. A mulher era considerada impura durante o ciclo menstrual. “A mulher hemorroíssa” venceu a opressão e aproximou-se do Nazareno.
Era sua chance. A última chance trouxe ao planeta Terra espíritos belicosos e primários, que podem chegar ao poder, um tóxico poderoso. Nessa hora de transição somos ameaçados com a bomba H. A evolução do planeta é uma “mudança” e a casa fica desarrumada. Faz-se necessário separar o que vai ser “descartado”. Há confusão, nesta “subida da montanha”.
Na sua escalada pessoal, a mulher hemorroíssa depois de grande esforço para vencer barreiras, tocou na orla da túnica do nosso Mestre e Senhor. Humildade faz parte do mecanismo da cura verdadeira.
Ela tinha também fé e coragem, o que tinha grande valor para Jesus. Nem sempre o que é legal é também moral, Jesus desobedece às prescrições da Lei e leciona ao “legislativo” da época.
Imagino como deve ter sido a posterior reencarnação dessa mulher. Geralmente também se tornam revolucionárias, como Anália Franco.
Aliás, o Lar Anália Franco, aqui no Rio de Janeiro e que foi fundado em 22 de outubro de 1922, fará 95 anos. Haverá um seminário, pela manhã com o tema central: Anália Franco, o Evangelho aplicado à Educação. A comemoração continuará no horário da tarde no Tijuca Tênis Clube.
O leitor pode e deve compartilhar a notícia com os amigos. Vejam as páginas do Lar na WEB  (1)  A direção agradece antecipadamente a generosidade.
Muitos afirmam que a reencarnação é impossível, embora discordando, guardamos total respeito pela opinião. Em “Reencarnação na Bíblia” (2) o escritor Hermínio Miranda diz que “para Nicodemos, fariseu, Doutor da Lei e membro do Sinédrio, “nascer de novo seria tão absurdo, quanto um velho entrar novamente no ventre de sua mãe.”
Miranda diz que a Bíblia “fala” em reencarnação, mas é necessário levantar a letra e procurar o espírito que ela oculta.
Um espírito pode até se acovardar e dizer que não quer reencarnar, numa hora dessas, num país que anuncia a venda da Floresta Amazônica.
Seria a reencarnação, nos dias de hoje, motivo de apreensões para aqueles que estão voltando? O espírito pode se sentir desconfortável e não querer deixar a “luz divina” e vestir um “quase escafandro”? Reencarnação é Lei natural e pode ser última oportunidade?
O nascer pode ser doloroso. Na hora do parto podem surgir estímulos à regressão de memória. Pode-se recordar que, na vida anterior, o médico estava numa tremenda ressaca, que não tinha noção de estar lidando com um ser consciente e, ainda, o tratou como se fosse um objeto.
No canal do parto, o espírito pode sentir também de novo aquela desagradável sensação de que não há nada no que se possa segurar ou pendurar. Sofrerá porque a luz e o ar são extremamente ásperos.
Muitos querem desistir ao sentir que estão apertados num pequeno corpo que parece não caber sua mente grande demais. Vai chorar quando for lavado por profissional  incompetente, com uma horrível esponja, a arranhar a pele novinha, como a da ferida que se arrancou prematuramente a casca.
Vamos falar de coisas agradáveis, como morrer, que é um dia que vale a pena viver. (3)
Saudade de Mario Quintana.  “Um dia... Pronto!... Me acabo. Pois seja o que tem de ser. Morrer: Que me importa? O diabo é deixar de viver.“
No livro Evolução em Dois Mundos, André Luiz ensina que “o progresso pode ser comparado a montanha que nos cabe transpor, sofrendo-se naturalmente os problemas e as fadigas da marcha, enquanto que a recuperação ou a expiação podem ser consideradas como essa mesma subida, devidamente recapitulada, através de embaraços e armadilhas, miragens e espinheiros que nós mesmos criamos.”
Nem tudo são flores, espero superar a fase, na qual me encontro, de “orquídea do Evangelho.” (4) Jerônimo Mendonça conseguiu subir ao topo da montanha, transpondo os obstáculos dos erros do passado. (5)
Precisamos de fé e coragem, na “recapitulação”. Jerônimo, mesmo paralisado em uma cama ortopédica e embaraçado pela cegueira, trabalhou pela divulgação da Doutrina Espírita, subiu e hoje é lembrado como o Gigante Deitado. Que Deus o abençoes pelas aulas que nos dá.

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