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José Sola |
O Universo manifesta-se dentro de um princípio de unicidade no absoluto, não se divide. Embora se apresente no relativo, nas infinitas modalidades de ser, encontra-se sempre a si mesmo, num todo completo.
O Universo é um eterno vir a ser, onde os fenômenos da natureza, nas suas multiformes manifestações no relativo, acontecem-nos mais variados pontos do mesmo, permitindo-nos, ser possível observar, os fenômenos que nos deram origem. Se os mesmos não se repetissem, no infinito da eternidade, em toda a parte do mesmo, não teríamos como conceber o princípio da vida, a razão de ser, pois os fenômenos que nos deram origem ter-se-iam modificado, eliminando desta forma nossa possibilidade de observação.
A unidade de princípio do Universo está na razão, de ser Deus, a fonte única originária da vida, o Eu diretor que se manifesta em inteligência e amor, nos infinitos fenômenos que o mesmo encerra.
Esta inteligência suprema causa primária de todas as coisas; esta fonte inesgotável de amor e vida se manifesta no Universo, insuflando a substância, plasma divino do Mesmo, com seus atributos.
A substância é a essência constitutiva de matéria e energia; matéria é energia em movimento, em aceleração, energia é matéria degradada, decomposta. As partículas que constituem a substância são os átomos, nas suas infinitas modalidades de ser.
Mas a substância encerra ainda em seu núcleo, a centelha divina do Criador, principio inteligente que será o eu diretor da matéria, pois sem esse princípio inteligente que anima a matéria, tanto quanto, a energia, na mutação que acontece ininterrupta na eternidade, esses elementos não registrariam as experienciações vivenciadas.
É esse princípio inteligente, que insuflando a matéria a faz fremer de vida, é Ele que arquiva todas as experienciações, e vivenciações, da substância em modalidades diferenciadas de ser, conduzindo-a a evolução na eternidade.
O átomo é um micro universo, que encerra em si potencialidades infinitas, potencialidades estas que encerram o eterno vir a ser do Universo. "Os extremos se tocam; a grande respiração do Universo é dada pela respiração do átomo".
Sendo o átomo, a partícula elementar da substância, em sua modalidade matéria, tanto quanto, energia; o vamos encontrar na condensação da nebulosa, quando esta se solidifica, a partir do hidrogênio, primeiro elemento na escala de peso atômico, denominado pai da matéria.
Outros elementos de maior peso atômico compõem a matéria, hélio, lítio, berílio, etc., até o urânio, que é o último elemento de peso atômico, onde a partir de então a matéria passa a viver os processos da radioatividade e se desintegra.
O encontramos na energia, pois o Universo espaço-tempo, que se supunha, fosse uma abstração, sabe se hoje que este espaço é constituído de prótons, nêutrons, elétrons, neutrinos, mésons e outras partículas que ainda não pudemos descobrir; tanto quanto, de antipartículas tais como; positron ou anti-elétron, anti-próton, anti-nêutron, anti-neutrinos, anti-méson e evidentemente outras que nos escapam a concepção.
Sabemos que o átomo, abastecido de energia, é a fonte principal da irradiação, é a agitação causada no espaço pelos mesmos. A esta agitação que se propaga em forma de movimento, para todos os lados, chamamos de ondas.
Jogamos uma pedra dentro d'água, e esta provoca uma agitação, que se propaga em forma de movimento, que chamamos ondas; quando batemos palmas, causamos inquietação no ar, esta se propaga em forma de ondas sonoras.
Corpos sólidos se agitam em ondulações, pontes oscilam, copos vibram, terremotos propagam-se do centro de suas origens em ondas. Temos ondas curtas, médias e longas, no entanto, elas se propagam com uma determinada velocidade, velocidade esta que depende da fonte, tanto quanto, do tipo de ondas que podem ser mecânicas ou eletromagnéticas.
A quantidade de ondas que saem por segundo da estação emissora, chama-se a frequência ou número de oscilações, o cumprimento da onda e a frequência, são inversamente proporcionais, pois quanto mais curtas forem as ondas, maior será o número de ondas para atravessar determinada unidade do trajeto, enquanto que, as ondas longas carecem de um menor número.
As mais compridas ondas que os átomos podem produzir são aquelas que movimentam átomos inteiros ou moléculas. As ondas atômicas longas, causadas pela excitação dos átomos e moléculas, geram calor.
Existem substâncias combustíveis, em que automaticamente propaga uma oscilação de átomos e moléculas, uma vez nelas iniciada; este acompanhamento oscilatório chama-se ressonância. Transmitindo-se ondas atômicas ao átomo, os elétrons do átomo, começam a oscilar no ritmo dessas ondas, tornando-se excitados, uma vez excitados emitem os mesmos comprimentos de ondas, excitando os átomos vizinhos, propagando desta forma a oscilação.
A luz que nos vem do Sol, devemo-la ao fato, de que os átomos de gás na sua superfície, oscilam excitados por oscilações que o atingem, provenientes do interior do Sol. Reações que se propagam automaticamente são chamadas de reações em cadeia; o fogo é uma reação em cadeia.
Depois de havermos visto, o átomo e as moléculas se movimentarem, gerando as ondas longas, o calor, vamos agora ver a luz, as ondas atômicas de comprimento médio, causadas pelos saltos dos elétrons dentro dos átomos.
O impulso inicial da luz é denominado de salto quântico, onde no átomo "excitado" por suprimento de energia, o elétron, amplia sua trajetória e sobe a degraus de energias mais elevados, voltando a sua primitiva posição de determinado comprimento. Os saltos quânticos afastam o elétron do núcleo atômico, segundo o quadrado dos números cardinais.
Quanto mais distante de seu núcleo, mais longo será o salto, mais comprida será também a onda produzida, portanto de pouca energia. Quanto mais próximo do núcleo estiver os elétrons, ao saltarem de suas órbitas, irradiarão ondas mais curtas e de maior energia.
A luz é, portanto, uma oscilação eletromagnética de comprimento de onda médio, que se irradia dos átomos, quando os elétrons, elevados a órbitas mais altas pelo suprimento de energia, recaem sobre suas órbitas primitivas, transmitindo sua energia de queda.
Mas para conseguir raios de energia, de comprimento de onda muito curto as chamadas ondas curtas, é preciso suspender de suas órbitas os elétrons das órbitas interiores dos grandes átomos. Para que os elétrons saltem das órbitas interiores dos grandes átomos, estes são levados a temperaturas muito altas, onde se obtêm oscilações curtas de alta frequência e de energia correspondentemente elevada.
A válvula de Roentgen é o aparelho clássico para a excitação de oscilações curtas, em que um forte feixe de elétrons é lançado sobre uma chapa de platina (78) ou tungstênio (74); em consequência, os elétrons desses grandes átomos, são fortemente excitados, até que saltam das órbitas internas, fornecendo assim oscilações muito mais curtas que as da luz, ondas estas, chamadas de raios-X por seu descobridor, o físico alemão Roentgen.
As ondas atômicas curtas, causadas pelos saltos dos elementos internos dos grandes átomos, os chamados raios x, ou Roentgen, penetram matérias leves, madeira, couro, vestimentas e também o corpo humano.
Os raios-X, tem sido de grande utilidade para a medicina, pois, com as chapas radiográficas, tem se diagnosticado úlceras, cálculos renais, tumores internos ao organismo, etc..; tem sido aplicado também na tecnologia com o nome de roentgenografia, como um valioso meio auxiliar no ensaio de materiais.
Os raios Roentgen, não permitiram somente a radioscopia dos materiais contra os quais eram dirigidos, mas algo de importância maior, a da própria matéria da qual provem, pois foi nos raios Roentgen, que se conseguiu reconhecer as leis dos saltos quânticos e a mudança dos degraus da energia.
No entanto, temos ondas atômicas mais curtas, causadas pela agitação dos núcleos atômicos; ao fazer-se oscilar o núcleo do átomo, provoca-se as oscilações muito mais curtas do que aquelas que se manifestam nos raios de Roentgen e, portanto, mais rica de energia, os raios gama.
Os raios gama, por aumentarem a energia na proporção do número de oscilações, possuem energia elevada e, são capazes de fazer oscilar não somente átomos leves, mas também átomos pesados. Estes raios penetram e atravessam muros de pedra, tanto quanto a parede da câmara de aço, que encerra um preparado de rádio.
Apenas o átomo de chumbo (82), o de número mais elevado e o mais pesado dos átomos inertes, não lhe sofre as oscilações, por isso que se encerram e transportam os preparados que fornecem raios gama, em cartuchos ou invólucros de chumbo.
Os raios gama são fatais aos seres vivos; por serem ondas muito curtas, provocam oscilações fortes dos átomos nos tecidos vivos, estes por sua vez, emitem como irradiação secundária, ondas térmicas de efeito escaldante, provocando uma espécie de calor frenação, que faz com que os tecidos do sangue, fervam e coagulem.
Mas temos ainda a irradiação cósmica, originada por partículas atômicas vindas do Universo. Einstein, com sua célebre equação da teoria da relatividade, afirmava que matéria era energia e que energia era matéria, em outras palavras, que a substância que origina matéria e energia é única. No entanto, os cientistas da época, por não poderem comprovar a priori, de forma matemática a tão questionada fórmula, onde (E=) energia é igual (M) massa vezes (C2) a velocidade da luz ao quadrado, refutavam esta hipótese. Porém vinte e cinco anos depois, quando os físicos se aperceberam que a pedra de rádio exteriorizava energia é que a teoria de Einstein foi aceita.
No entanto, o Universo, pretendia colaborar também com Einstein e a teoria da relatividade, pois a partir dos estudos realizados pelo físico alemão Gockel a radiação cósmica foi descoberta.
A radiação cósmica é a energia resultante, de partículas de núcleos atômicos, prótons, que provindos do Universo, penetram a atmosfera, induzindo nos átomos do ar, fortíssimas oscilações de comprimento de onda muito curto. Os feixes de energia dessas oscilações são chamados de fótons, são frenados pelos átomos do ar e transformam-se em pares gêmeos de elétrons, positivos e negativos, bem como num feixe de mésons.
Esses mésons ao serem frenados, se transformam novamente em irradiação aparecendo um fóton, que por sua vez se dissolve em elétrons e mésons. Esse processo de transformação de matéria em radiação e de radiação em matéria se repete por doze vezes até que seja atingindo o solo, ai, os mésons e os elétrons, perfuram tudo o que se lhes opõe e a sua presença, ainda pode ser comprovada a grande profundidade da terra; portanto a radiação cósmica é a onda mais curta que conhecemos.
Já vimos que o átomo, abastecido de energia, é a fonte principal da irradiação, esta irradiação é causada no espaço pelos mesmos. É o átomo ao mesmo tempo, o elemento constitutivo da energia com que se abastece, tanto quanto, ao sofrer a agitação que é causada no espaço por si mesmo, vive uma mutação, passando a ser fonte principal da irradiação. No entanto, não existem oscilações de átomos, ou ondas, sem que haja uma fonte que provoque uma agitação.
Deus é o centro da irradiação de todas as manifestações que a vida apresenta nas suas infinitas modalidades de ser.
Deus é a fonte geratriz da energia, que se manifesta em forma de ondas, a partir da maturação da substância, na exteriorização do psiquismo, que é a individualização desta energia.
Sendo a substância, plasma divino do Criador, está à mesma, impregnada de vida imanente, que Dele se manifesta, como inteligência, amor, sexo, e infinitos outros atributos, sendo desta forma fonte de abastecimento de energia, tanto quanto, fonte de irradiação da vida, a exteriorizar-se na maturação desta mesma substância, no despontar do psiquismo.
Sendo eterna a fonte geratriz da vida, pois em o tema "Concepção de Deus", falamos com clareza, da eternidade de Deus; não há como haver interrupção, na exteriorização da irradiação psíquica, que acontece a partir da maturação da substância.
O Universo é eterno, tanto quanto Deus, pois para que o Universo houvesse sido criado em um determinado momento na eternidade, Deus teria que se haver demorado incrustado em si mesmo, sem manifestar seus atributos divinos de inteligência e de amor.
No entanto, a própria razão nega-se a conceber Deus sem Universo, tanto quanto, Universo sem Deus, pois o infinito "espaço-tempo", sabemos hoje ser energia, constituída de partículas atômicas, algumas já conhecidas pela ciência, outras que ainda não podemos conceber.
Mesmo no que diz respeito ao Universo matéria, na constituição de planetas e sóis, não há como imaginar-se o Universo "espaço-tempo", existindo sem que estes existissem. Hoje se sabe com Einstein que a matéria é a energia em movimento, em aceleração, em outras palavras, a matéria é a condensação da energia.
Aceitando a hipótese, de que por um período da eternidade, os mundos e sóis, não existiram, temos que adotar como premissa, que as leis que regem os destinos da vida no Universo, hajam deixado de se manifestar, onde o processo de evolução que se faz apresentar na condensação da energia, tanto quanto, na decomposição da matéria, que tem como resultante a maturação da substância e o despontar do psiquismo, neste período da eternidade não haja acontecido.
Mas, mesmo que o Universo matéria, não existisse desde a eternidade, como entender Deus, ausente ao Universo infinito, ou seja, "espaço-tempo"?
Se o Universo infinito é constituído de átomos e estes átomos são as partículas que formam a substância, plasma divino do Criador, não seria este, o "corpo" energético em que o mesmo atua?
Pelo que podemos ver, para que aceitemos a hipótese de que Deus criou o Universo em um determinado momento na eternidade, temos que aceitar a teoria do niilismo, onde nada existia e a partir deste nada, Deus criou o Universo e a vida, no entanto, o nada é inconcebível.
O psiquismo se demora latente nas mais variadas modalidades de ser da matéria, pois é ele, a gênese do espírito, o eu diretor da mesma, animando-a numa simbiose fecunda; a matéria freme insuflada de vida pelo impulso psíquico.
A partir do reino mineral, o psiquismo, resultante de um processo de maturação da substância, depois de haver se demorado por bilênios muitos, ora como matéria, ora como energia, caminha de encontro à individualização.
O psiquismo que tem como fonte de irradiação a energia, não conhece limites de espaço ou de tempo, é a resultante das mutações infinitas que se fazem na substância, no eterno vir a ser que esta encerra, acontecendo a todos os momentos, nos infinitos pontos do mesmo.
Lógico de que o psiquismo não é a resultante da maturação do elemento matéria e energia contida no núcleo da substância, como o interpretam alguns espiritualistas, principalmente os ubaldistas.
O psiquismo é a resultante da maturação da centelha divina de Deus, que também está contida no núcleo da substância, é o princípio inteligente, o eu diretor da matéria, o principio inteligente do universo, conforme nos informa Kardec em “O Livro dos Espíritos”.
No reino minério o psiquismo se demora em estado latente, manifestando as forças de atração e coesão com que as moléculas se ajuntam em sistemas cristalográficos característicos.
No reino vegetal, o psiquismo mostra maiores aquisições, onde a sensibilidade neste reino desperta, pois as plantas memorizam, sentem a sensação da dor, manifestam o amor, tanto quanto, a inteligência .
No reino animal, o psiquismo amplia suas potencialidades, somando a sensibilidade, a inteligência e ao amor, o instinto. Os animais sentem a dor, manifestam a inteligência, vivem o amor e atuam em grande parte de suas experiências, guiados pelo instinto.
No reino hominal, esta irradiação psíquica, depois de haver se manifestado por bilênios e bilênios, arquivando experiências, apresenta ao Universo a obra prima do Criador, "o espírito", fruto da elaboração da vida no seio da natureza. No entanto esta onda (espírito) que tem como fonte de irradiação "Deus" é eterna.
O espírito, resultante da maturação da irradiação psíquica, é eterno, tanto quanto infinito em suas potencialidades, encerra em si um eterno vir a ser, nos atributos divinos, herdados do Criador.
Tendo o psiquismo como fonte de irradiação "Deus", percorre pelos reinos inferiores da natureza, a partir da maturação da substância, um caminho que o leva a individualização.
No entanto, esta individualização, não implica em dissociação ou rompimento com a fonte originária; houvesse esta dissociação e dar-se-ia a morte do mesmo.
O espírito é eterno, porque tem em Deus, a fonte infinita de irradiação e sustentação da vida, somos vidas irradiadas da suprema vida. Analisando a manifestação do psiquismo, no fenômeno da vida, em que ele insufla a matéria na formação dos mais variados seres, no caminho que percorre rumo à individualização, que principia no animal para completar-se no homem, nos apercebemos que esta irradiação é única.
Qualquer livre pensador, que se proponha auscultar, os fenômenos que a natureza nos apresenta, sem pensamentos pré-concebidos, se aperceberá do sequencial evolutivo no campo da inteligência, do amor, da sensibilidade e do sexo, onde a irradiação psíquica amplia suas potencialidades, numa linha diretiva única.
Sem que nos apercebamos, ao defendermos a tese de iniciação da vida humanoide, isto é, do espírito no seu despertar para a razão, na condição de uma mônada, ou energética sublimada, estamos criando duas linhas paralelas na evolução.
Ambas têm como fonte de irradiação Deus, que como visto é eterno, no entanto, uma chega a um patamar evolutivo e estaciona, esta irradiação psíquica é o animal; a outra parte da mesma fonte, no entanto, num patamar evolutivo superior ao do animal, esta vai ao infinito em evolução, é o homem.
Suster essa irradiação imanente de Deus que é a fonte originária da vida, onde o princípio evolução fosse cerceado na condição animal, seria matar o psiquismo. A evolução, mecanismo que determina a Lei Divina, pelos princípios da palingenesia ou reencarnação, não se firmaria, pois se demoraria comprometida por uma dissociação caprichosa e parcial. Onde o animal, dotado dos atributos, da sensibilidade que lhe propicia a dor, da inteligência, do amor e do sexo, tanto quanto, o homem, somente que em menor potencial, estaria fatalizado a ser sempre, um ser irracional. Enquanto que, ao homem, seria concedido o favoritismo de iniciar a vida, com a vantagem da inteligência desenvolta, agraciado ainda da benção de evoluir ao infinito.
A Lei Divina, para ser sábia amorosa e equitativa, não pode manifestar-se com parcialidade, sustentando duas linhas paralelas de evolução, que encerram uma similitude profunda em seu desenvolvimento, em sua maturação, cerceando ao reino animal a possibilidade de evolução, concedendo ao reino humanoide a evolução ao infinito na eternidade.
A manifestação da vida se faz a partir da irradiação psíquica na maturação da substância, onde o átomo é ao mesmo tempo energia e irradiação; quando em forma energia é a fonte de alimentação, no entanto, ao sofrer a agitação que é causada no espaço por si mesmo, passa a ser a fonte principal da irradiação.
No entanto, estes átomos que compõem a substância, não atuam no Universo, impulsionados por uma força cega, casual, estão eles submetidos a um princípio inteligente, princípio este que absorve todos os elementos que constituem a vida, sendo que o átomo, nas suas infinitas modalidades de ser, compõe estes elementos.
Relembramos a analogia apresentada por Kardec em "A Gênese", quando diz que o Universo está para Deus, tanto quanto nosso corpo está para nosso espírito, destacando, no entanto, a analogia entre a substância e o plasma sanguíneo.
A substância está para Deus, tanto quanto, o plasma sanguíneo está para o homem; os elementos que formam nosso plasma sanguíneo são os glóbulos vermelhos (hemácias), os glóbulos brancos (leucócitos), e plaquetas; os elementos que constituem a substância, emanação de Deus na vida, são os átomos.
Vós sois deuses, disse nos Jesus; sim nós somos deuses atuando no micro universo que é o ser, constituído de espírito, corpo energético e matéria. O espírito (deus) é a fonte geratriz das manifestações inteligentes, amorosas, sensuais, sensitivas, etc.; que no homem se manifesta.
Não existem dois espíritos , alimentando, dando vida e inteligência a matéria, tampouco existem dois "Deuses" a insuflar o Universo de vida.
Embora saibamos através de Humberto de Campos pela psicografia de Francisco Candido Xavier, de que existem fenômenos anormais, em que dois espíritos reencarnam ocupando um único corpo, com duas cabeças, e isto é possível.
Mas é impossível a dois espíritos ocuparem a sede da inteligência, a mente, se isto fosse possível, a mais desenvolta subjugaria a outra, desenvolvendo um processo obsessivo constante e a reencarnação perderia a sua finalidade.
Assim sendo, só existe uma inteligência a fazer se aplicável nos desígnios do Universo e da vida, determinando desta forma um princípio de unidade em que o pensamento de Deus se manifesta em princípio de lei.
Somos vidas, irradiadas da suprema vida, onde na maturação da substância, a irradiação psíquica, a partir da manifestação da vontade do Criador, inicia seu ciclo de evolução, na estrada eterna da vida, que nos conduz a perfeição infinita.
Não existem duas linhas paralelas de evolução, a evolução se faz nas experiências por que passa o psiquismo, nos ensaios diversos em que este se demora, no reino mineral, no reino vegetal, no reino animal, no reino humanoide, indo, porém ao infinito evolutivo. Repetimos com Denis: A alma dormita na pedra; sonha no vegetal; agita-se no animal; desperta no homem.
Sola
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