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Luiz Carlos Formiga |
Para-choque de caminhão: "você
faz parte do problema ou traz a solução?"
Recentemente, confessamos que
"Mainha Tinha Razão", (1) e citamos uma página psicografada (2) pelo
médium Divaldo P. Franco, em 1978, no Centro Espírita "Caminho da
Redenção", Salvador, Bahia, publicada no Reformador, em 1979. Foram
dois missivistas, José Petitinga e Vianna de Carvalho.
A correspondência foi enviada
chegando antes da fundação do NEU-Fundão (3).
Ao fazer nova leitura, ficamos
refletindo sobre determinado ponto. Duas questões esquentaram os dois
neurônios.
A primeira foi como interpretar o
que dizem sobre a aplicação no NEU? A
segunda foi sobre conteúdos adequados e estratégias, para chegar ao objetivo.
Abaixo, em negrito, o ponto referido.
"O Espiritismo revive o
Cristianismo, na sua pureza primitiva, em "espírito e verdade".
Nenhum pieguismo deflui deste
postulado, nem receio algum há quanto ao aproveitamento das atribuladas
conquistas tecnológicas. Indispensável, no entanto, tornar o indivíduo espírita
antes de outro qualquer tentame, ou seja, mais do que mero conhecedor dos
postulados doutrinários, a fim de poder contribuir com o seu conhecimento
técnico em favor de uma aplicação realmente valiosa."
Como tornar o indivíduo
espírita? Como contribuir com o conhecimento técnico? Como avaliar se
estamos diante de uma aplicação realmente valiosa?
Essas nos fazem pensar, como aquela
recomendação, que foi atribuída a Che Guevara:"Temos que eliminar
todos os jornais. Nós não podemos fazer a revolução com a imprensa livre".
Devemos eliminar a liberdade de
crítica da mídia independente? Devemos permitir que o governo controle os meios
de comunicação?
Um ministro do Supremo Tribunal
Federal diz que a liberdade de expressão tem "como
único paralelo, em escala de importância, o principio da dignidade da pessoa
humana, ao qual está relacionada." (4)
Na universidade, como incentivar um
individuo a tornar-se democrata? Como contribuir com o nosso conhecimento
técnico, para a valorização da dignidade da pessoa humana? Como descobrir
se uma aplicação é realmente valiosa?
A maioria, somos principiantes em
Política e em Espiritismo e por isso eventualmente nos sentimos com dois
neurônios em curto-circuito. Sofreremos no terreno inóspito da universidade, já
que ela não é para principiantes (5).
A "bateria fica arriada"
quando percebemos que o governante pode se eleger pela esquerda e governar pela
direita, podendo rotular-se como ético, utilizando a desculpa esfarrapada de
que todos roubam.
Por que será que é tão difícil
manter um Núcleo Espírita na Universidade?
Será importante, neste dias
politicamente complicados, insistir na manutenção de um NEU na universidade, ou
não devemos semear neste terreno inóspito?
Como responder com um
"NÃO", se o homem que já se entediou das substâncias deterioradas da
experiência transitória pede a luz da sabedoria, justamente afim de aprender a
semear o amor em companhia do Mestre?
Antes de nós, outros quando chegaram
não encontraram espiritas organizados. No futuro, na espiritualidade não
poderemos dizer o mesmo. Pelo menos os que transitaram pelas estradas da
educação espírita na UERJ, local onde o apagão espiritual (6) ainda não
aconteceu.(7)
Problemas foram enumerados, nenhuma
solução foi apontada de forma explicita, em termos de NEU ou de Democracia. No
entanto, vamos lembrar o que disse um Juiz, que recebeu o "Prêmio Faz
Diferença". Ele de perto é normal, sem arrogância, bravatas, onipotência
ou moralismos salvacionistas: "a democracia brasileira já enfrentou
desafios muito maiores no passado e nós vencemos”(8). E o Espiritismo?
(1) Mainha Tinha razão
http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2015/03/mainha-tinha-razao.html
(2) Carta aos Companheiros
http://legiaodosservosdemaria.blogs.sapo.pt/4504.html
(3) NEU-Fundão, um parto de AMOR...
http://www.recantodasletras.com.br/homenagens/1927017
(4) Pilar da democracia
http://oglobo.globo.com/blogs/blogdomerval/posts/2015/01/11/
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