Interessante a notícia sobre a descoberta de uma minúscula esfera metálica repleta de um líquido biológico viscoso advinda do espaço sideral. O material [1] foi capturado através de balões que coletam partículas na estratosfera (numa altitude de 27 quilômetros). A ideia de que a vida na Terra tenha surgido a partir de cometas ou de outras formas semelhantes é chamada de panspermia, e apesar de ainda encontrar resistência no meio científico, foi amplamente defendida por cientistas como Francis Crick, um dos descobridores da estrutura do DNA, e também pelo astrônomo Carl Sagan. [2]
Estamos diante de um tema envolvente e excitante, porque aborda a genealogia humana e fluxo evolutivo na Terra, o que nos leva a matutar acerca de nossa pequenez ante as majestosas e perfeitas leis que imperam no micro e no macrocosmo. Quantas vezes já questionamos como iniciou a vida na Terra? Aprendemos no monumental livro “A Caminho da Luz” que foi o Excelso Carpinteiro quem organizou a vida na Terra. A soberba ciência não conseguiu identificar as mãos augustas e sábias do Governador do Globo, vitalizando o organismo terrestre. Substituíram-Lhe a providência com a expressão “natureza”.
O livro Gênese do Antigo Testamento garante que no princípio dos tempos Deus criou, simultaneamente, todas as plantas e animais superiores, a partir da matéria inerte. Deus, do pó da terra, forma o primeiro homem- Adão -, sopra-lhe as narinas e lhe dá vida. Retira-lhe uma de suas costelas e cria a Eva. Esta é tentada pela serpente e come, juntamente, com Adão o fruto proibido - a maçã. Literalmente considerada, esta noção é mitológica e antropomórfica. Dá-se a impressão que Deus é um ceramista que manuseia os seres criados por Ele. [3]
Allan Kardec esclarece-nos com precisão a linguagem figurada da Bíblia. Adão e Eva não seria o primeiro e único casal, mas a personificação de uma raça, denominada adâmica; a serpente é o desejo da mulher de conhecer as coisas ocultas, suscitado pelo espírito de adivinhação; a maçã consubstancia os desejos materiais da humanidade. Assim, a visão da Bíblia sobre a origem da vida na Terra não deve ser simplesmente rejeitada e sim estudada como sendo “a história da infância dos povos”. Em suas alegorias há muitos ensinamentos velados cujo sentido oculto deve ser pesquisado; por outro lado devem ser submetidos à razão e à Ciência, apontando-se-lhe os erros. [4]
Na formação do Terra, quando serenaram os ambientes do orbe nascente, quando a luz solar tocava, em silêncio, a beleza dos primitivos continentes e dos mares, “Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se, então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso.”[5] Após algum tempo, “nas crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra. Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada.” [6]
Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara o Ungido do Senhor à superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens. “A massa viscosa que cobria toda a Terra era o celeiro sagrado das sementes da vida. O protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre e, se essa matéria, sem forma definida, cobria a crosta solidificada do planeta, em breve a condensação da massa dava origem ao surgimento do núcleo, iniciando-se as primeiras manifestações dos seres vivos.” [7]
Os cientistas são quase unânimes em afirmar que a vida de fato se originou a partir da formação do protoplasma, matéria elementar das células vivas. O protoplasma evolui para as bactérias, vírus, amebas, algas, plantas, animais até chegar à formação do homem. Para o Espiritismo, a vida é o resultado desta complexa evolução comprovada pela Ciência. Allan Kardec, em A Gênese, André Luiz, em Evolução em Dois Mundos e Emmanuel, em A Caminho da Luz, atestam para a formação da camada gelatinosa, depois das altas temperaturas e resfriamento pelo qual passou o nosso planeta, na época de sua constituição, há quatro bilhões e meio de anos.
O Messias comandou todo processo de evolução terrestre. Com a Sua Supervisão, “o princípio inteligente gastou, desde os vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou menos quinze milhões de séculos [1 bilhão e meio de anos], a fim de que pudesse, como ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar as suas primeiras emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos.” [8] Infelizmente o hermético e arrogante ambiente acadêmicos desconhece essas arrebatadoras revelações.
Notas e referências bibliográficas:
1 Comentários:
Aguçou-me a curiosidade.Vi o endereço na página da Juli Lima e estou conferindo. Aplausos pela beleza de informação. Excelente aula.Adoro esse assunto.
Por maugustapoetisa, às 10 de junho de 2021 às 14:45
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