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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

EVANGELHO E CORRUPÇÃO



Luiz Carlos Formiga

Tags: Evangelho, Lei de Causa e Efeito, Reencarnação, Operação Lava-Jato, Petrolão.

Quando é conveniente desvendar o mal e divulgar a imperfeição do próximo? No Evangelho encontramos a resposta dizendo que depende. Mas, como assim? Divulgar o mal já não é o próprio mal a propagar-se? Haverá vantagens?


A verdade é que os livros psicografados, de médiuns confiáveis, estão repletos de situações narradas com detalhes que fazem inveja a filmes de horrores. Alguns filmes, de origem espírita, desvendam e divulgam as imperfeições humanas. Quais as vantagens e inconvenientes?

As obras espíritas examinam principalmente as consequências de nossas ações, contrárias ou não ao bem, diante da inexorável Lei de Causa e Efeito e suas implicações nas posteriores reencarnações.

O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), cap. X, item 21, diz que “Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever.”

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, torna explícita a reencarnação. Na universidade laica brasileira, contaminada por ideias materialistas ou religiosas, a reencarnação é estigmatizada, como uma Lepra. No entanto, pode também ser encontrada como objeto de pesquisa, em países do primeiro mundo. (1) Apesar das resistências, além das mudanças nas áreas da psicologia e psiquiatria, a hipótese científica da imortalidade e reencarnação será incorporada à genética, como lei natural.

Uma vez desencarnado o espírito pode desejar comunicar-se com os que lhe são caros, mas ainda na condição de encarnados. Desta forma utilizam-se de pessoas que são chamadas de médiuns. Vamos examinar uma carta psicografada. Creio adequado utilizar recentes ocorrências, no aqui e agora, para não exigir muito das máquinas de esquecer (memória).

Lembram de João Hélio? (2) Um menino que, aos seis anos, foi arrastado pendurado num automóvel por assaltantes, no RJ.RJ.Brasil,em 07/02/2007.

Sua carta indica que os resultados de nossas ações podem se expressar muito tempo depois. Através do médium Henrique Leite, ele narra suas próprias imperfeições, aquelas que deram origem a tragédia vivenciada, muito tempo depois.

Perfeição não é obra do acaso. Não existem pessoas perfeitas como aquela citada na questão 625, de “O Livro dos Espíritos”. Em qualquer comunicação haverá influência do médium, ainda imperfeito.


Narra o espírito: "Nasci na Gália no ano de 22 AC e desencarnei na Líbia no ano 20 da era Cristã. Fui oficial da Legião dos Leões que estava na Líbia, Núbia. Como governador de Al Katrim, me comprazia atrelar na minha biga, que era puxada por dois cavalos velozes, crianças, homens, mulheres, novos e velhos, eram arrastados através da estrada seca e pedregosa daquela região da África.”

Não me dei ao trabalho de pesquisar a existência desse personagem, o que pode ser feito. Aguardo o resultado, que, mesmo sendo negativo, não invalidará as pesquisas feitas no exterior e realizadas na universidade (1), sobre imortalidade e reencarnação.

Continua o espírito: “Os corpos se despedaçavam e eu era exaltado pelos meus pares... Morri em combate com tropas egípcias e me deparei em uma região profunda, talvez uma caverna.”

Poderia ser este estado de espírito uma espécie de prisão psíquica preventiva? 

Muitos gritos aterradores me esperavam. Fui levado a um estado de total animalidade por 1.500 anos quando servos de Maria me resgataram.Sendo levado para outro plano, fui aos poucos tendo meu espírito reajustado, minha mente normalizada e meus pensamentos corrigidos E compreendi os horrores que cometi Que tristeza Deus!

Marlene Nobre, presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil, responde a questão da inexorabilidade da Lei Natural (3) dizendo que inexorável é uma palavra um pouco forte, tendo em vista que podemos modificar o destino a cada passo. O cumprimento da lei se faz. No entanto, somente espíritos muito evoluídos são capazes de julgar os nossos atos e permitir as reações que serão menos pesadas, conforme nosso merecimento.

Os princípios que regem os nossos destinos e a nossa vida universal são os mesmos, mas tudo aquilo que envolve comportamento está sujeito à nossa conduta moral e ao nosso livre-arbítrio, de modo que pode haver modificações nas formas de pagamento ou de reajuste perante a lei.

Devemos fazer as pazes com o passado para que ele não estrague o presente? O futuro? O que a Espiritualidade nos propõe?

Na verdade é nossa consciência que se angustia ante o mal praticado e procura reencarnar, visando produzir ações que vão trazer o reequilíbrio. Dessa forma, somos nós que escolhemos, juntamente com os mentores, a nova existência tendo em vista o apaziguamento de nossa consciência.

Pensando nessa Justiça incorruptível surge uma interrogação. Onde e como ficarão corruptos e corruptores? Não podemos esquecer que nesta Justiça “a corda não arrebenta só do lado do mais fraco”.

João Hélio escreve: “por 300 anos permaneci em preparo para reencarnação e pedi a graça de receber para desencarne o mesmo destino dado por mim a outros. No ano de 2001 após busca incessante por quem me recebesse como filho, um casal tiranizado por mim aceitou. Reencarnei Agora em comoção generalizada, como irmão Joãozinho, desencarnei... e agradeço ao Pai ter me atendido dando destino igual ao que dei às minhas vítimas. Estou em paz, estou na luz Resgatei um pouco do meu passado, outros momentos virão. Confio em Deus."

Após a desencarnação o espírito atualiza a consciência, com fatos das experiências de vida na carne, numa fase chamada de “escolaridade”. Adquire novas energias e reestuda novos procedimentos. Mais adiante, chegará à fase de “planejamento” de uma nova reencarnação, dentro dos limites das possibilidades, dos seus méritos e das Leis das probabilidades. Pode-se sintetizar. “Fatalismo, não. Determinismo relativo, sim.” Mais consciente percebe que se a verdade liberta é a pacificação que o redime.

Prisioneiro de si mesmo? Herdeiro de si mesmo? Podemos dizer, utilizando a legislação humana que a prisão preventiva deve ser proporcional à complexidade da instrução criminal, sem ultrapassar as fronteiras a partir das quais fica configurada a antecipação de pena.

Vamos pensar um pouco utilizando a Operação Lava-Jato, o Petrolão. Podemos encontrar espíritos afins reencarnados formando quadrilhas ou bandos, que adquirem muitas dívidas, diante das Leis Naturais. Esta família espiritual permanecerá imantada (só o amor une). Existem entre eles afinidades, antipatias, falsidades, delações, premiadas ou não. Ficarão em presídios para diminuir as facilidades que possuem para interferir no “processo”. Mas, mesmo presos são muito engenhosos e os que estão do lado de fora “mechem seus pauzinhos”, procurando ajudá-los.

Chico Xavier, em desdobramento, visitou uma “‘cidade espiritual” onde os espíritos apresentavam uma relativa liberdade, na prisão. Muitos daqueles espíritos já estão reencarnados fazendo “verdadeiros carnavais” com “propinas em escolas de samba”. (4, 5, 6)

Na complexa “Operação Lava-jato”, para o bom andamento da instrução criminal, tivemos várias prisões preventivas. Encontramos inúmeros réus, suspeitos, partidos políticos, autoridades, grandes empresas enredadas, contratos fraudulentos, operações financeiras sofisticadas, tanto aqui como no exterior, e uma série de lacunas ainda não preenchidas. (7) Essas pessoas em liberdade poderiam sumir com provas, fugir para o exterior, interferir politicamente no processo e protelar ao máximo depoimentos e testemunhos.

A corrupção possui efeito corrosivo, compromete a democracia, o Estado de Direito e ainda permite que o crime organizado prospere. Eleitores frustrados descobriram-se vítimas de falsificação de software e também que já existe o dia internacional contra a corrupção. (8)

Existem evidências científicas sugestivas da reencarnação? O caso João Hélio não foi tão complexo como está sendo o petrolão, pois não havia a existência de quadrilha ou bando e o poder já tinha sido conquistado e estava consolidado.

Vai ser difícil para um mero bacharel em direito pensar os desdobramentos do petrolão conjugado aos postulados da Doutrina dos Espíritos, como imortalidade da alma, reencarnação e Lei de Causa e Efeito. Como devem ser evoluídos os ministros do Supremo Tribunal Federal! No plano espiritual, claro!

Uma observação que aponta na direção da imortalidade da alma é o caso Lydia. Ela, em hipnose, foi levada a fazer regressão de memória.

Lydia - “em transe” - começou a falar, mas os pesquisadores não conseguiam entender o que ele/ela dizia. Foram chamados linguistas suecos para traduzir as declarações dessa nova personalidade que se dizia atender pelo nome "Jensen Jacoby".

“Ele”, Jensen, falou em sueco medieval, língua totalmente estranha para a jovem Lydia hipnotizada. Perguntas foram feitas em sueco e respostas foram dadas em sueco do século XVI.

O que "os resultados sugerem“? Todas as outras hipóteses levantadas foram afastadas, somente sobrou a reencarnação, para explicar o fenômeno. O que acha?

Essa experiência nos conduziu ao livro “Entre Verdades e Sorrisos”. Nele encontramos observações preciosas. O professor Newton G. de Barros dá destaque à mensagem de Bezerra, onde este espírito, por meio da mediunidade de Chico Xavier, cria um neologismo – Kardequizar.

O espírito-espírita-médico não empregou os verbos educar, evangelizar, cristianizar ou espiritizar, porque kardequizar é tornar explícita a reencarnação, uma verdade axiomática. (9)



(1) http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/EVID

_CIENT_SUGESTIVAS_DE_REENCARNACAO_LCF.html

(2) http://www.espiritbook.com.br/forum/topics/menino-jo-o-h-lio-um-

testemunho-do-al-m?page=2&commentId=6387740%3

AComment%3A2034038&x=1#6387740Comment2034038

(3) http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF
CAUSA_E_EFEITO_LCF.html

(4) http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2012/12/chico-revela-cidade-estranha.html

(5) http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/SEXTA-FEIRA_13_LCF.html

(6) http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2014/12/tons-de-cinza.html

(7) http://www.oantagonista.com/posts/abuso-e-dizer-que-sergio-moro-abusa-da-prisao-preventiva

(8) http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2014/12/dia-internacional-contra-corrupcao-9-de.html

(9) http://www.oconsolador.com.br/ano8/369/especial

1 Comentários:

  • O que posso comentar é que o Formiga foi brilhante nesse artigo. Nada a acrescentar, apenas sugerir que leiam e reflitam.
    Costumo dizer que a Doutrina Espírita é a solução para o acabar com a corrupção, como assim? Eles agem por interesse pessoal, se soubesse as consequências, por interesse pessoal não fariam. Simples assim.
    Marcos Fonseca

    Por Blogger Marcao, às 28 de fevereiro de 2015 às 03:58  

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