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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Algumas reflexões adicionais sobre a Associação Roustaing-Ubaldi


Leonardo Marmo


Leonardo Marmo Moreira
            A partir dos comentários suscitados em função da publicação de meu artigo denominado “Roustaing e Ubaldi: Uma estranha união de forças cismáticas”, reuni alguns pequenos esclarecimentos para que os confrades possam ter mais subsídios sobre a respectiva questão.
1)    De maneira nenhuma, uma suposta desmaterialização de Jesus indica que seu corpo físico era fluídico. Yvonne Pereira, Fábio Machado e pesquisas de Alexander Aksakov e Gabriel Delanne, entre outros, com diversos médiuns, demonstram que tal fenômeno era comum para médiuns com grande potencialidade em termos de ectoplasmia. Será que Jesus teria menor capacidade? É óbvio que não. Se os corpos de Dona Yvonne, de Fábio Machado, entre outros, não era fluídicos, por que Jesus, que tinha todas as qualidades elevadas ao grau máximo, precisaria desse recurso para gerar fenômenos semelhantes?! Portanto, essa argumentação é muito fraca para defender que o corpo de Jesus era fluídico.
            Dona Yvonne do Amaral Pereira se desmaterializou, inclusive com desaparecimentos de partes com corpo, como, por exemplo, os braços. Fábio Machado, certa vez, desmaterializou seus membros inferiores, de maneira que foi gerada certa apreensão por parte dos confrades que participavam da referida reunião. Só com muita dificuldade suas pernas foram inteiramente “rematerializadas”. Vale, igualmente, citar os trabalhos de Alexander Aksakov e Gabriel Delanne, envolvendo materializações e desmaterializações.
2)    Orgulho e vaidade são paixões humanas que apresentam grande leque de nuances em termos de manifestação. Alguém pode ser desapegado de bens materiais e altamente vaidoso intelectualmente, a ponto de jamais pedir desculpas e/ou modificar um ponto de vista, mesmo contra as mais explícitas evidências. Aliás, no movimento roustainguista temos vários exemplos desse tipo de comportamento. Logo, desapego material não significa humildade intelectual. O fato de Pietro Ubaldi ser, pressupostamente (conforme nosso confrade defende), desapegado dos bens materiais é questionável porque consta que Pietro Ubaldi não doou os direitos autorais de nenhuma de suas obras. Aliás, se eram obras mediúnicas (atribuídas a “Sua Voz”) e se Ubaldi fosse espírita, conforme também afirma nosso confrade, então definitivamente ele não poderia ficar com os direitos autorais da obra. A mediunidade gratuita é ponto de honra do Espiritismo, e trata-se de princípio que não pode jamais ser relativizado sob quaisquer argumentos. Qualquer neófito em Espiritismo sabe disso (aliás, mesmo que a obra não fosse mediúnica, um espírita consciente deveria doar os direitos autorais). Ainda sob a questão da vaidade, Pietro Ubaldi recomendou fortemente que sua obra fosse adotada pelo movimento espírita, pois o mesmo, incluindo Kardec, estaria ultrapassado (o que por si só, já é suficiente para não considerá-lo espírita); segundo Ubaldi, Kardec precisava ser atualizado. Vejamos o que Jorge Rizzini relata a respeito do famoso debate entre Ubaldi, crítico de Kardec e do Espiritismo, e o Professor Herculano Pires, “o metro que melhor mediu Kardec” (vide “Herculano Pires, O Apóstolo de Kardec”):


CASO PIETRO UBALDI
Jorge Rizzini
Escritor e sensitivo nascido em Gúbio (Itália) em 1886 e desencarnado no Brasil aos oitenta e cinco anos de idade, Pietro Ubaldi celebrizou-se com a obra A Grande Síntese, cujas páginas recebera intuitivamente da Alta Espiritualidade e cuja Entidade ele fazia conhecer com o pseudônimo de “Sua Voz”. Elogiada por cientistas, entre os quais Albert Einstein e Enrico Fermi (inventor da pilha atômica) e intelectuais do porte de Ernesto Bozzano, que a considerava “a mais extraordinária, concreta e grandiosa mensagem mediúnica”, foi A Grande Síntese, primeiramente, traduzida para o nosso vernáculo por Guillon Ribeiro e publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira. Mario Corbioli também traduziu-a e dez anos depois a editora Lake de Batista Lino lançou-a (outros livros de Ubaldi foram publicados pela Lake, mas apenas A Grande Síntese era mediúnica) conquistando a intelectualidade espírita de norte a sul e recebendo elogios, inclusive, do Espírito Emmanuel através da psicografia de Chico Xavier, que a chamou de “O Evangelho da Ciência”. Mas, terminada a fase de namoro com esses livros as lideranças espíritas notaram que alguns conceitos ubaldinos conflitavam com o espiritismo, e os livros de Pietro Ubaldi passaram a ser vistos com reserva... Herculano Pires, com seu infalível bom-senso, porém, escreveu estas palavras a respeito de Pietro Ubaldi:
“Simplesmente humano, ele é um espírito da maior amplitude, aberto às altas indagações da mais pura filosofia espiritualista. (...) O fato de Ubaldi não se dizer espírita, não se filiar à doutrina, não tem a menor importância, pois o que define a sua posição é a natureza da sua obra e não a sua opinião pessoal. Tanto mais, que ele afirma estar fora da sua consciência normal, sempre que trabalha os seus livros.”
Herculano Pires, admirador de A Grande Síntese (ele possuía a terceira edição impressa na Itália) foi, no entanto, o primeiro a apontar, publicamente, “falhas de percepção e alguns desajustamentos” na obra máxima do sensitivo italiano. E mais tarde assumiria atitude enérgica em relação às pretensões e críticas de Pietro Ubaldi à obra da codificação. O fato deu-se por ocasião do VI Congresso Espírita Pan-americano realizado em outubro de 1963 em Buenos Aires. Ubaldi enviara ao congresso uma tese (vide o Libro del Sexto Congreso, pp. 296-304, editado pela Confederação Espírita Pan-americana em 1964) cujo teor absurdo os ubaldistas de São Paulo divulgaram antes pela imprensa profana e cujas conclusões insólitas são estas:
1. O espiritismo estacionou na teoria da reencarnação e na prática mediúnica.
2. Não possuindo “um sistema conceptual completo”, não pode ele ser levado a sério pela cultura atual.
3. A filosofia espírita é limitada, não oferece uma visão completa do todo e “não abrange todos os momentos da lei de Deus”.
4. O espiritismo não construiu uma “teologia espírito-científica, que explique o que a católica não explica”.
5. O espiritismo corre o perigo de ficar parado no nível Allan Kardec, como o catolicismo ficou no nível São Tomás e o protestantismo no nível Bíblia.
E para “salvar” o espiritismo Pietro Ubaldi propunha que seus livros fossem adotados pelo movimento doutrinário...
Herculano Pires, com a rapidez que o assunto exigia, redigiu um artigo que fez publicar no Diário de São Paulo e na Revista Internacional de Espiritismo¹, do qual destacamos o seguinte trecho (ele ignorava, até então, que o congresso de Buenos Aires rejeitara a proposta de Ubaldi):
“A sua crítica ao espiritismo, resumida nos cinco pontos acima, coincide com a dos adeptos menos instruídos na doutrina, e pode ser respondida, ponto por ponto, por qualquer adepto de inteligência e cultura medianas, que conheça a doutrina espírita. Por outro lado o oferecimento de suas obras ao espiritismo revela desconhecimento da natureza da nossa doutrina e das exigências metodológicas para a aceitação da proposta, que não cobre essas exigências.
“Ubaldi desenvolveu suas faculdades mediúnicas à margem do espiritismo. Seu primeiro livro, A Grande Síntese, apresenta curioso paralelismo com o espiritismo, o que lhe valeu a simpatia e a amizade dos espíritas brasileiros. Na Itália ou no Brasil, porém, Ubaldi recusou-se sempre a integrar-se no movimento espírita, filiando-se à península na corrente Ultrafania, do prof. Trespioli, que pretende haver superado a concepção espírita. Em seu livro As Noúres, Ubaldi nos oferece a concepção ultrafânica da mediunidade, na qual enquadra o seu caso pessoal. É uma pretensiosa concepção de mediunidade cósmica, fugindo à naturalidade e simplicidade das comunicações espirituais entre espíritos desencarnados e médiuns. As pretensões de Ubaldi transformaram-no, de simples médium, em autor messiânico, agora arvorado em reformador do espiritismo.
“Respondemos aos itens de sua crítica da seguinte maneira: 1) O espiritismo é uma doutrina evolucionista, como provam as suas obras fundamentais e o seu imenso desenvolvimento em apenas cem anos de existência; 2) O sistema conceptual espírita é completo, e sua síntese está em O livro dos espíritos; 3) A filosofia espírita não pode abranger o Todo e muito menos ‘todos os momentos da lei de Deus’, porque isso não está ao alcance de nenhuma elaboração mental, no plano relativo da vida terrena; 4) A teologia espírita é limitada às possibilidades atuais do conhecimento de Deus, segundo ensina Allan Kardec, e essas possibilidades não admitem ainda a criação na Terra de uma teologia-científica, nem dentro nem fora do espiritismo; 5) O ‘nível Allan Kardec não é o do espiritismo, mas sim o nível Espírito da Verdade’, de quem Kardec, segundo dizia, foi um ‘simples secretário’.”
E Herculano Pires assim encerra seu artigo:
“Não sabemos ainda como o Congresso de Buenos Aires recebeu a proposta de Ubaldi. De nossa parte, não obstante o respeito que votamos ao médium e sua obra, altamente inspirada, não poderíamos dar-lhe outra resposta, além da que apresentamos nestas linhas. Se Ubaldi tivesse lido O livro dos espíritos, certamente jamais faria a proposta que fez. Mesmo porque a sua obra, como a de Flammarion, a de Delanne, a de Denis, a de Bozzano, e tantas outras, longe de completar o espiritismo, apenas procura desenvolver alguns dos grandes temas que o espiritismo levantou e sustenta no mundo moderno.”
Informemos ainda que a comissão redatora dos anais do VI Congresso Espírita Pan-americano (congresso presidido pelo filósofo Humberto Mariotti) respondeu às críticas e pretensões de Pietro Ubaldi transcrevendo, integralmente, os cinco itens acima redigidos por Herculano Pires. Posteriormente, outros confrades refutaram a proposta de Ubaldi, inclusive, Mariotti, de maneira brilhante.²
 Oito anos depois Hermas Culzoni, então presidente da Confederação Espírita Pan-americana, encontrou-se em São Paulo com Herculano Pires e convidou-o a participar do próximo congresso da CEPA.
“Não sei se irei à Argentina (escreveu em 9 de novembro de 1971 ao amigo Deolindo Amorim). Meu encontro com o Culzoni deixou-me aborrecido. O homem quis impor-me condições. Tem um programa que deve ser cumprido à risca. As conclusões a que o congresso deve chegar já estão fixadas. Advertiu-me, sem muita tática, de que não devia tratar do problema religioso, que eu considero (e lhe disse isso) fundamental. Preferi não aprofundar o assunto, mas vi que a situação lá não me será favorável. Além disso, não posso fazer a viagem por minha conta. Eles custeiam tudo e isso me constrange ainda mais. Não, não irei. Estou escrevendo a eles agora mesmo sobre isso.”
E Herculano Pires não foi. Aliás, nunca saiu do Brasil, pois tinha consciência que sua missão era aqui.
 ¹Edição de novembro de 1963.
²Vide folheto de Mariotti intitulado “Codificação Espírita Superada?”, traduzido por Conrado Ferrari e publicado em Curitiba (Paraná) em 1964.

3)     Nosso confrade alega que os Espíritas perseguiram Pietro Ubaldi. Tal informação também é, no mínimo, questionável, pois muitos Espíritas brasileiros ajudaram financeiramente a manutenção material de Pietro Ubaldi e de sua família. O que acontece é que Espíritas como o Professor Herculano Pires não aceitaram as imposições de Ubaldi e o escritor italiano ficou melindrado com isso. No entanto, Pietro Ubaldi sempre foi tratado com muito respeito e reverência pelo movimento espírita nacional, mesmo por aqueles que não concordavam com o conteúdo da sua obra. Daí a considerar Kardec ultrapassado e Ubaldi a atualização de Kardec vai uma imensurável diferença.
4)    A obra de André Luiz em nenhum momento chancela a queda espiritual ou qualquer postulado roustainguista. Tal informação carece de qualquer respaldo. Seria interessante para os confrades a releitura de toda a obra de André Luiz com mais atenção e com especial destaque para “Evolução em Dois Mundos”.
5)    Com relação à opinião de que Emmanuel e Chico Xavier teriam grande afinidade pela obra de Ubaldi com base no prefácio que Emmanuel escreveu para Pietro Ubaldi, temos que admitir que tal alegação constitui igualmente um argumento muito fraco. A partir do momento em que Chico Xavier e Emmanuel começaram a ganhar grande notoriedade no movimento espírita nacional, os mesmos foram muito solicitados, e até mesmo pressionados por autores que gostariam, obviamente, de ter suas obras respaldadas por ambos. Assim, muitos autores pediram prefácio para Emmanuel, através de Chico Xavier. E, obviamente, sobretudo nos tempos de maior saúde física e juventude, Chico não poderia declinar de todos os insistentes convites. Chico Xavier e Emmanuel comentariam negativamente qualquer obra espiritualista, mesmo que não concordassem com alguns conceitos dessas obras? É óbvio que não. Toda a vida de Chico Xavier e seu modus operandi no movimento espírita demonstra isso.
6)    Ainda sobre a questão de elogios, ninguém foi mais elogiado por Emmanuel do que o Professor Herculano Pires, chamado de “o metro que melhor mediu Kardec” e “a maior inteligência espírita contemporânea” pelo mentor espiritual de Chico Xavier. Detalhe, Herculano Pires foi o maior crítico de Roustaing durante vários anos. Aliás, Chico Xavier, Emmanuel e os Espíritos da equipe de Emmanuel publicaram cinco livros em parceria com Herculano Pires (“Chico Xavier Pede Licença”; “Diálogo dos Vivos”; “Astronautas do Além”; “Na Era dos Espíritos”; e “Na Hora do Testemunho”). E Chico Xavier prentendi manter a parceria em um número maior de livros, como fica claro em “Na Hora do Testemunho”. A desencarnação de Heculano, pouco tempo depois, além dos problemas que Herculano enfrentou na Federação Espírita de São Paulo (FEESP), vide “Na Hora do Testemunho”, contribuiu para que não tivéssemos mais obras dessa extraordinária parceria. Entretanto, seria de se questionar: Será que Emmanuel escreveria vários livros em parceria com um Espírita equivocado, que combatia tenazmente Roustaing e Ubaldi se esses dois autores fossem realmente atualizadores do pensamento espírita?
7)    Nosso confrade ironiza um dos mais importantes princípios espíritas, que é o “Princípio da Não-retrogradação Espiritual” (Revue Spirite). Sutilmente (ou não tão sutilmente assim) critica o Codificador do Espiritsmo. Sem repetir outros estudos que já foram amplamente discutidos por renomados espíritas do presente e do passado, o artigo intitulado “Princípio da Não-retrogradação Espiritual” foi escrito quando Kardec soube que uma obra “apócrifa” estava sendo redigida, no caso “Os Quatro Evangelhos” de J. B. Roustaing, a qual enfatizava que a encarnação pressupõe Queda Espíritual, e somente ocorre por Castigo Divino. Ver também Questões 132 e 133 de “O Livro dos Espíritos”. Tal princípio foi enfatizado por Allan Kardec. Vale citar também o item “Necessidade da Encarnação”, da “Instrução dos Espíritos”, do capítulo IV de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (Ninguém Pode Ver o Reino de Deus se Não Nascer De Novo).
8)    Poderíamos também questionar quais as evidências científicas encontradas na natureza da Queda Espíritual proposta por Roustaing e/ou por Ubaldi?! Ou, por outro lado, qual a citação de texto de autor doutrinário que situa Ubaldi como o “atualizador” da obra de Kardec?!
9)     Também não é possível concordar que a obra de Roustaing representa contribuição ao movimento espírita; a não ser que consideremos que todos os problemas, lutas, adulterações e cismas geradas tenham um aspecto de positivo para o amadurecimento da avaliação do conteúdo da mensagem mediúnica. Entretanto, a obra propriamente dita, representou, e infelizmente ainda representa, grande fonte de deturpações doutrinárias. É evidente que a obra foi ditada por Espíritos católicos inimigos do Espiritismo, fato este que já foi demonstrado exaustivamente por vários estudiosos da respectiva questão. Nesse aspecto, a obra de Ubaldi parece estar em patamar superior à obra de Roustaing (o que não quer dizer muito, isto é, não representa excelência com respeito ao conteúdo), pois não parece ter sido uma elaboração claramente urdida por Espíritos mistificadores. De qualquer forma, gostaria de citar o artigo do confrade Alexandre Fontes da Fonseca, que faz uma análise crítica da obra “A Grande Síntese”, cujo título é “Uma análise científica de algumas afirmações de “A Grande Síntese”. No resumo do respectivo artigo, publicado em  “jornal de Estudos Espíritas”, o autor afirma “Afirmações científicas contidas na obra A Grande Síntese, de Pietro Ubaldi, são analisadas aqui com base em conhecimentos atuais da Ciência. O nível dos erros científicos e de interpretação dos conceitos da Física contrastam com a pretensão do autor espiritual de estar com a verdade. Isso mostra que a obra não tem valor científico”.
10)   Por fim, gostaria de enfatizar que meu texto é focado, predominantemente, sobre o posicionamento de alguns roustainguistas, e não dos ubaldistas ou monistas, como prefere nosso confrade (em nenhum momento, pretendi distorcer o conteúdo contido nas obras de Pietro Ubaldi, mas achei que denominando “ubaldistas”, não causaria nenhum melindre nos estudiosos das respectivas obras. Também é importante considerar que o conceito de “monista” já esteve associado a outros autores e, portanto, geraria mais confusão do que elucidação). Realmente, alguns roustainguistas célebres no movimento começaram a recorrer a Ubaldi, alegando, com essa associação, suposto respaldo doutrinário às teses roustainguistas. Portanto, apesar de não aceitar a Queda Espiritual proposta por qualquer um deles, meus questionamentos estão direcionados fundamentalmente aos adeptos de Roustaing e não aos estudiosos de Pietro Ubaldi. Afinal, é a obra de Roustaing que se auto-denomina “Revelação da Revelação”, “Nova Revelação”, “Espiritismo cristão” etc. e a priori são os roustainguistas que têm recorrido a Ubaldi, forçando essa associação, e não o contrário.

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