Por Ricardo Gaz*
Introdução: À Paz
Em âmbito coletivo, muitas
se não todas as nações sérias e democráticas propõem a paz; diversas se não
todas as religiões, doutrinas e filosofias espiritualistas preconizam a paz; vários
grupos de pessoas, organizações não governamentais e governamentais, movimentos
sociais também sérias e competentes se proliferam sobre o planeta com o mesmo
objetivo.
Em âmbito individual, será
que cada um de nós está em paz interna: verdadeira e definitivamente?
O que seria essa paz,
divulgada, promovida, objetivada, desejada por tais grupos, países,
coletividades de todo o planeta Terra?
E o que seria uma paz
interna verdadeira definitiva? Isso existe?
Mais ainda, será que
todos falam da mesma língua e conceitos assim como práticas de paz
verdadeiramente tanto no nível coletivo quanto pessoal?
Esse texto parte do
pressuposto moral: psíquico e espiritual, de que um ser humano é uma alma em
evolução de consciência e, portanto, todo(a) aquele(a) que encontra-se no plano
ou estado psicológico e comportamental irritadiço, irascível, agressivo e rebelde
nunca conseguirá alcançar tal paz nem tampouco conseguir compreender ou
perceber que ela pode existir.
O texto a seguir irá
apresentar uma estrutura “mais técnica”, mas focando-se na questão fundamental
sobre a necessidade de elevação de consciências e sua contínua progressão, ao
qual independe de discordâncias: psicossociais, culturais, religiosas, étnicas,
entre outros.
São feitos
questionamentos sobre “paz”, define-se o processo de seu alcance e faz-se um
desenvolvimento integrando paz interna da paz externa além de contextualizar,
indo ao encontro dos relacionamentos existentes da maioria dos seres humanos:
cônjuge, profissional e organizacional.
O objetivo é fazer com
que cada um de nós faça uma tomada de consciência (interna) de modo a se
autoavaliar para depois sim poder avaliar o seu exterior.
Outrossim, é trazer à
tona essa conscientização no nível interno, moral, espiritual, psicológico,
progressivamente para que haja uma elevação de consciências individuais,
coletivas, planetária.
Questionamentos
de ordem prática sobre a Paz
Nós estamos em paz
(interna e externa), durante nossas atividades diárias? O que é a paz
humana? Como produzirmos uma paz de consciência? É possível gerarmos a paz
verdadeira entre grupos/setores em uma organização ou entre organizações? Será
possível chegarmos à paz derradeira das organizações no planeta Terra?
Algumas
considerações e definições de apoio à Paz
O processo de paz real em um ser humano perpassa no plano
psíquico e origina-se fundamental e verdadeiramente na alma que despertou ou
numa expansão de consciência concretizada, sendo algo maior e mais sublime,
ainda na própria Terra, sem que seja preciso a morte física (para valorização
do ser que foi e/ou para que o próprio ser que deu passamento e vive
encontrando-se em sua dimensão extracorpórea aprenda tais questões).
Por definição, esta
consciência expandida é uma alma amadurecida. Vale dizer por definição também
que a alma é algo existente em todo ser humano e contém nela uma centelha
divina. Mas, a centelha divina fica “apagada” enquanto não for ativada.
A ativação dessa
centelha divina ou o despertar da consciência humana é um fenômeno que
ocorre/ocorrerá com todos os seres humanos, em algum tempo/espaço, provocando o
entendimento inclusive das dimensões extrafísicas ou um conhecimento de ordem
espiritual.
Detonação
do Processo ou Ativação para a Paz
A ativação ou expansão
da consciência pode ser dada através de uma intensa e contínua exposição de
imagens-cenários-fatos, palavras-sons-expressões e ações-realizações para o
belo, para o bom e para o bem.
É colocar a alma que
está no planeta recheada de esperanças, com percepções positivas em seu dia a
dia, da possibilidade de concretizar seus sonhos, de clarear e esclarecer modos
de caminhar para realizarem-se e se felicitarem, entre outros.
Seletividade
Moral-Psíquica rumo à Paz
Uma alma educada nesse
padrão positivo adquire habilidades e competências tais que podem chegar ao
ponto de “cargas informativas” exteriores e interações cotidianas não sadias
serem reduzidas ou mesmo expelidas como se estivessem sintonizando essa ou
aquela onda de rádio por sua própria vontade.
Quer dizer, uma
consciência desperta, e já amadurecida ou treinada nesses valores ou padrões, cria
um processo natural psíquico de seleção/proteção e de maturidade/equilíbrio
alijando e limpando toda “sujeira” vinda tanto do meio ambiente quanto dos seus
próprios maus pensamentos-sentimentos ainda existentes já que todos nós, até
chegarmos à condição de seres mais puros e espiritualizados, temos em nós:
luzes e sombras.
Muitos de nós podemos
estar pensando: isso pode ser aplicado no cotidiano?
Aplicação
Universal: Pessoal e Organizacional: Rumo à Paz
Em termos
pessoais/interpessoais, uma consciência desperta, educada e treinada na e para
a paz, capacita à inteligência humana a:
1. Ser sempre pró-ativa, bem-humorada e
libertadora de estados infelizes e sem esperanças.
2. Responder estímulos destrutivos e
situações negativas mediante uma atitude contrária e sempre positiva, de modo
pacífico embora se possa ser enérgico e firme, com determinação.
3. Produzir palavras de construção e de
diálogos sadios ao invés de ter uma reação competitiva e de ameaças/ofensas
verbais a título de sair “vitorioso” ou orgulhoso disso.
4. Gerar pensamentos-sentimentos
direcionados ao bem, transformando todo mal sentido ou recebido, ao invés de
fornecer uma resposta em mesma direção e de (má) qualidade ou ainda tornar-se
rebelde por não estar ainda em paz interior completa.
5. Admirar, respeitar e seguir modelos
de pessoas, independente de crenças, cores, tradições e religiões, que já
conseguem ativar este processo de pacificação ao invés de contraexemplificar,
ridicularizar de alguma forma ou mesmo invejá-los às escondidas.
6. Exemplificar com seus próprios atos,
sentimentos, pensamentos e palavras todos os cinco itens mencionados.
Em termos
profissionais/interprofissionais, toda consciência desperta ativa talentos e
competências, aprimorando e desenvolvendo sua essência universal numa
organização, tais como:
1.
Ter
agilidade e capacidade de responder de modo adequado para aquilo que conhece e
rapidez no aprender e desenvolver coisas novas.
2.
Integrar
diferentes áreas do conhecimento humano, criar novos conhecimentos e aprofundar
conhecimentos especializados.
3.
Produzir
alternativas de solução eficazes e eficientes para os problemas em geral assim
como solucionar de forma empreendedora problemas considerados intrincados e
complexos.
4.
Compreender/respeitar
a pluralidade de opiniões, a multiplicidade de identidades, o diferente, as
diferenças, além de se autogerenciar nessa transculturalidade.
5.
Motivar-se,
sempre, rumo ao crescimento e desenvolvimento nas mais diferentes tipologias
organizacionais.
6.
Capacitar
outros a também serem (na prática: todos os itens do aspecto pessoal e
profissional) o mesmo, embora sabendo que cada um tem seu próprio estilo e
individualidade.
Integração
- Paz Interior/Derradeira e Expansão da Consciência: Meditação/Oração/Boas
Ações
Qual a relação do
processo de despertar de consciência com a paz interior?
Partimos do
pressuposto, baseado no conhecimento e em experiências (por outros que já
conseguiram atingir a paz de consciência) que uma pessoa pacífica, com um
estado interno e comportamental pacífico, mesmo que provocado ou vivendo em
meios às turbulências/ameaças/acusações, entre outros, consegue sobrepor-se e
permanecer em paz interior.
A esse processo de
reação natural, pacífica e equilibrada ou até mesmo mais sábia, atrelamos ser
um estado de consciência expandida, isto é, uma pessoa com ações não comuns,
sem reatividade, ativas e dinamicamente mais inteligentes sem prejudicar o seu
ofensor, por exemplo, é uma consciência desperta.
É importante
considerar que o despertar da consciência ocorre de modo natural e espontâneo, não
é algo obrigado ou pressionado por outrem nem por si mesmo, não sendo também alcançado
de um dia para o outro.
Isso requer esforço
próprio contínuo e não se trata de uma luta com os mesmos recursos e forças
negativas que somos e estamos sujeitos rotineiramente.
Por outro lado, esse
esforço feito com real intenção e prática cotidiana, detona uma pacificação
interior, sentida gradualmente, tornando-se caminho e meta ao mesmo tempo do
caminhante.
É claro que para cada
estado de pacificação interior atingido, novos desafios são encontrados/deparados.
Consequentemente, ou vice-versa, novos degraus na escalada infinita evolutiva ou
de expansão de consciência naturalmente ocorrem, ou vice-versa: a expansão de
consciência promove um estado de paz, de pacificação.
Refletir, analisar e
meditar em atos – passados, presentes e/ou futuros, são alguns modos em que
todos nós podemos realizar no dia a dia, de modo que possamos estar
progressivamente mais refinados e autoaperfeiçoados, em consciência desperta e
expansão contínua da consciência.
Também realizar boas e
sábias ações com honestidade e integridade, sem precisar ser reconhecido ou
recompensado, visto ou exteriorizado para outrem, é um ato sagrado e caminho
para uma paz interior e exterior. Isso é algo que ocorre em uma consciência
desperta e em expansão de consciência.
Promover orações individuais
e coletivas, com fervor, sinceridade e propósitos de gerar, por exemplo,
energias balsâmicas, curativas, pacíficas, nos outros são também mecanismos
profiláticos e corretivos nas almas ainda adormecidas ou nas consciências não
despertas rumo ao seus despertares.
E a cada ação, oração
e/ou meditação dessas, certamente apresentados serão proposital e
proporcionalmente competências até então desconhecidas por nós mesmos, a ponto
de serem desenvolvidas ao longo do tempo e em determinados espaços desse
Planeta.
Em outras palavras,
assim como numa escada colocada até os céus psíquicos, estalos sublimes e de
paz de consciência vão ocorrendo naturalmente, com o desenvolvimento de
competências e habilidades também, mas estabelecendo sempre e progressivamente
um padrão moral-espiritual mais evoluído de ser, de receber/emitir informações
e de (não)realizar coisas, em prol da coletividade e sem se prejudicar.
E a pergunta
prossegue: então será possível que a paz interior e o despertar da consciência
podem promover uma paz exterior definitiva e concreta?
Algumas
Respostas - Dilema/Solução: Paz Interior x Paz Exterior
Como desdobramento,
conforme apresentado nas partes anteriores, um problema da carência de paz
exterior: individual ou coletiva torna-se sempre um problema resultante, de
partes psíquicas existentes no ser humano (uma consciência não desperta) ou da
interação entre dois ou mais seres humanos (consciências não despertas), no que
diz respeito à carência de uma paz interior. Isso seria um contraexemplo de
“dentro para fora”.
Por outro lado, decerto
que um ambiente de paz externa verdadeira também promoverá no ser humano que
ali se encontra, ou inicia seu pertencimento, algum processo de pacificação ou
de paz interior. Isso seria um exemplo de “fora para dentro”.
Todo ser humano com
uma consciência desperta inicia espontaneamente sua pacificação interior e
certamente provoca, de algum modo, em seu ambiente exterior uma pacificação
exterior.
Quer dizer, uma pessoa
com sinceridade de propósito, de sentimentos e de ação pode realmente provocar
uma mudança de pensamentos e de atitude no outro, sempre para benefício real dela,
de seus amigos ou de outrem (até mesmo de um inimigo!).
O dito popular (e
sábio!): “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, corrobora isso.
Em nível mais amplo, com
mais consciências despertas no mesmo ambiente atuando em prol de uma pessoa e
ambiente, naturalmente constrói uma pacificação exterior, ou deveria pelo menos
ser encontrada. E o seu inverso também é verdadeiro.
No entanto, uma pessoa
não desperta, com intenções realmente maléficas, etc., dentro de um ambiente com
outras consciências despertas, mas sem o devido treino para identificar tal
pessoa mal intencionada, pode ser considerada uma maça podre em meio às várias
maças e culminar no apodrecimento das outras, realmente pode também ocorrer.
Em âmbito coletivo
também: inteligências nocivas podem contaminar outras inteligências, e embora
haja consciências despertas, muitas vezes, estas, ainda não experimentadas no
processo de visualização e reconhecimento de almas mal intencionadas, podem ser
influenciadas e errarem.
Mas, a regra áurea
vale: todo ato sincero, produzido com consciência no bem, intenções puras e
verdadeiras, de coração limpo e mente sã e sábia pode conduzir processos
pessoais, interpessoais, profissionais, interprofissionais, organizacionais e
interorganizacionais a fim de tocarmos e elevarmos todas às consciências, rumo à
felicidade e paz – interna e externa.
A seguir apresentamos
uma contextualização com objetivo de ajudar nesse toque e elevação de
consciências, rumo aos enfrentamentos e fortalecimentos necessários de tais
situações/cenários: à paz.
Contextualização:
Pessoa-Pessoa, Profissional-Organização e Organização-Organização
Questões sobre o
processo de pacificação podem advir de “fora para dentro” e de “dentro para
fora” e serão contextualizadas por três tipos de relacionamentos a seguir:
1. Um casal.
Um casal feliz é
aquele que sempre está intencionado e conscientizado a não negarem o outro
(leia-se também: o diferente, o desconhecido, o não identificado), buscam
sempre uma compreensão mútua. Estarão esforçando-se, de ambas as partes, a não
apenas tolerar, mas a gerenciar de modo inteligente o desconhecido - de si e do
outro.
Para tanto, é preciso
ocorrer um desarme psicológico ao ponto de ver o outro como parte de si mesmo,
um complemento e/ou um agente que ative algo bom e não o seu contrário.
Por exemplo, este
desconhecido (o outro) pode ser algum aspecto do cônjuge que aparece em
determinadas situações inesperadas, não controladas e de nível elevado de
complexidade para solucionar um problema.
É também possível
desse desconhecido ser algo obscuro (ainda), existente em nós mesmos, e vir à
tona em tais situações negativas, de dor ou mesmo desesperadoras, requerendo
assim uma conscientização – “de dentro para fora”, um refinamento progressivo
próprio e mediante criativas ações (pró-atividade).
Neste contexto, seguem
alguns exemplos práticos de pró-atividade para criarmos um relacionamento
saudável interno: em si mesmo e noutro, assim como externamente.
·
Não
gritar mesmo quando o outro grita e esperar seu relaxamento para dialogar de
modo franco e encontrar um ponto comum e soluções;
·
Não
reagir e observar/escutar mesmo quando incitados ou acusados de algum erro ou
falha, verdadeira ou não – buscando o autoaperfeiçoamento e expondo em outro
momento o que pensou ser certo ou não, até chegar a um consenso e harmonia;
·
Criar
novas soluções para os problemas recorrentes diários, compartilhar com o(a)
companheiro(a) as soluções e/ou mostrar as alternativas de solução para os
problemas.
Outrossim, amar o
outro - e o nosso desconhecido psíquico, ao ponto de sabiamente responder uma
agressão do outro - nosso desconhecido psíquico ou o outro cônjuge propriamente
dito, com uma reta e positiva ação, está além de louvável ou santificável,
torna-se uma profícua e sadia solução derradeira.
Dessa forma, em termos
generalizantes, uma (auto)gestão contínua e sustentável desse eclodir do
desconhecido a partir de situações obscuras, difíceis, embaraçosas, complexas e
até mesmo traiçoeiras, mediante atitudes positivas-(des)construtivas, poderão
trazer amadurecimento a cada cônjuge, e até mesmo edificar no casal uma
blindagem para futuros “ataques externos”.
2. Profissional e
Organização.
A relação entre
profissionais e empresa também é (ou deveria ser) um casamento. Se o
profissional vê ou identifica a empresa em que trabalha como um desconhecido
(outro), o mesmo processo de pró-atividade, criatividade, competências e
talentos devem existir de modo que haja mudança para melhor e haja o encontro (casamento)
entre o “eu” e o “desconhecido” (outro).
Para tanto, é preciso
também um desarme verbal, psicológico, de ações para que mais cedo ou mais
tarde não se perpetue em processos jurídicos, brigas, violência ou até mesmo
crimes, entre outros.
Vale também
ressaltarmos que todo sistema, tecnologia, ferramenta e/ou método implementado
numa organização deve vir acoplado ao fator humano.
Isto é, de nada vale
termos um processo eminentemente técnico se o ser humano da organização em que
atua não está capacitado, não é culturalmente adaptado, entre outros.
Em termos
humanísticos, se há uma cultura organizacional positiva e propícia - “de fora
para dentro”, certamente um profissional no bem irá inserir e praticar também (“casar”),
conseguindo mostrar toda sua positividade (talento).
Mais ainda, se a
cultura organizacional não é propícia, negativa em seu aspecto
funcional-estrutural e relacional, os esforços no bem direcionados de modo
apropriado, por parte de cada profissional existente nela – “de dentro para
fora”, poderão resultar em uma transformação ou mesmo exclusão dessa
negatividade ambiental.
De um modo geral, a
regra é simples, embora profunda e tocando inclusive dimensões extrafísicas:
quanto mais consciências despertas ou expandidas e agindo no bem dentro e em
nome da determinada organização, maior é o seu grau-positivo energético
acumulado. E na prática, as pessoas daquela organização sentem o clima, as
interações, a forma como são tratadas etc.
Diferente de uma visão
imediatista, exclusivista, separatista, materialista e egoísta, quanto mais
energias positivas, quanto mais energias pensantes e agentes no bem dentro da
organização, mais propícia e rica se torna a sua cultura.
Embora seja invisível
esse acúmulo no âmbito terreno, pode servir de “estoque de positividade” capaz
de gerar perceptivelmente em seus profissionais, e através de ações potentes e criativas
dos profissionais em prol da organização na Terra, concretizando-se em
resultados econômico-financeiros positivos em longo prazo.
Mas é preciso
vivenciar essa positividade – percebendo as ativações de “dentro para fora” e
de “fora para dentro”, para ver-acontecer, pois crermos apenas ou teorizarmos
em palavras de nada adiantará.
Portanto, o item três
aborda os mesmos conceitos e práticas em termos de organização com organização.
3. Organização e
Organização.
Em um nível de coletividade, entre uma organização e outra(s), o processo que se dá é também o mesmo, embora com uma dimensão e proporção bem maior já que de modo geral envolve um número maior de profissionais.
Neste contexto, há
técnicas, métodos e ferramentas próprias para uma medição organizacional,
inclusive podendo-se observar a origem dos resultados – negativos ou positivos.
Sendo resultados não
positivos ou não construtivos entre as partes envolvidas de um sistema
organizacional, alguma falha houve no componente processual pertencente ao
sistema, podendo não ter sido “colocado” ou se apresentado de forma apropriada.
Em tese, uma das
partes que não intenciona saudável e positivamente criar mecanismos de cooperação,
de ajuda e de união com a outra parte é um exemplo de termos resultados
negativos ou se positivos, alguém será prejudicado. Dessa forma, haverá sempre
alguém “armado”.
Nesse caso, o processo
de paz exterior mútuo fica estancado e a competitividade destrutiva torna-se
certa, gerando um clima desagradável e conflitante, e promovendo a cultura da
desconfiança, da mentira e até mesmo da corrupção!
Este clima negativo
interprofissional em âmbito organizacional global gera no mínimo um sistema de
ganha-perde (para algumas partes) e no limite destrutivo completo de
perde-perde (para todos).
Sendo essa organização
uma nação, todos seus cidadãos perdem assim como todos seus fornecedores,
clientes, parceiros (aliados, coligados..).
Em particular, quando
se trata de uma organização com finalidade lucrativa, o processo competitivo
interno e externo pode aparecer de forma natural e considerada “justa” por
todos.
Todavia, observamos
também organizações sem fins lucrativos que onde há pessoas há egos e mecanismos
para que possam se projetar (mercadologicamente) e a competição acaba também
imperando.
Então a questão rumo
às soluções fica sendo: há competição saudável? E um desdobramento concatenando
o processo de pacificação – interior e exterior: considerando que exista uma
competição saudável, ela é capaz de gerar um processo de pacificação interior
ou exterior, constante e verdadeiro?
Qualquer ser humano
esclarecido sem precisar atinar muito e sem precisar estar emocionalmente
envolvido, responde a segunda questão, rápida e facilmente: não, nunca!
Talvez, essa
“competição saudável” sirva para a consciência desperta sair daquele local ou
fazer com que outras consciências despertas se integrem e mudem esse paradigma
considerado normal.
Alguém em sã
consciência ou em consciência desperta já vivenciou a competição na pele e poderia
dizer que é salutar e prazeroso existir uma competição saudável? Ou, a
competição saudável não traz um ambiente estressante e conflitante ao ponto de
mexer com sua saúde (física ou mental) ou a do seu “oponente”? Quem conseguiu
triunfo, que traga a(s) resposta(s). Mas alguém que realmente não ficou afetado
com sua saúde ao longo do tempo, nem tampouco afetou a dos outros!
Assim, fica
translúcido: lucidez na dimensão física e extrafísica, que uma organização que
preserva exclusivamente uma estratégia e fins lucrativos e aquela organização
que é só fachada em termos de ação social, inexistam pessoas psicologicamente
saudáveis e inexista uma cultura de competência essencial - humana e
profissional, uma cultura empreendedora: criativa, justa, equânime, com a
devida qualidade e socialmente responsável.
Ressalta-se ainda que
uma qualidade devida e a responsabilidade social atualmente vivem integradas
nas ações de uma organização, de modo a apoiar na obtenção e continuidade da
certificação de qualidade e do seu estabelecimento no mercado internacional.
Todas as consciências
despertas refletem em maior ou menor proporção a Consciência Criativa Maior - “Criador”,
pois suas centelhas divinas estão ativadas.
E essa ativação das
centelhas é sinônimo de uma (auto)produção/transformação de consciências: Um
Salto Quântico Rumo à Paz Derradeira Pessoal/Organizacional.
Em termos práticos, dessa
forma, apresentamos a seguir cinco “criações” onde todas as consciências
despertas certamente desejarão realizar:
1. Criação de novos paradigmas –
Consciências despertas
ativam potências empreendedoras e assim
organização/profissionais/pessoas/líderes empreendedores: todo ser humano tem
potenciais empreendedores, mudam para novos paradigmas, criadores e
cultivadores de um sistema ganha-ganha.
2. Criação de novos mercados –
Consciências despertas
transcendem estratégias de nichos competitivos de mercado, e rumam sempre para um
paradigma criador incessante de públicos-alvo novos, com vistas às
necessidades/oportunidades de maior qualidade.
3. Criação de novos comportamentos –
Consciências despertas
buscam sair de discussões improfícuas, conflitos desgastantes, disputas sem fim.
Em termos mercadológicos, saem, por exemplo, da guerra medíocre de preços e da
mediocridade de competências, potencializando estratégias empreendedoras,
oferecendo soluções sadias e mais atrativas do que um mero consumismo
superficial.
4. Criação de novos atributos –
Consciências despertas
irão se coadunar com atributos tais como: perseverança e sabedoria, amor e
compreensão, equilíbrio e maturidade, de exemplo e ações inteligentes
contínuas.
5. Criação de uma consciência desperta –
Consciências despertas
tendem a ajudar consciências adormecidas, a acordarem. É uma regra natural e
lei eterna. Por isso que a elevação de consciência, do despertar de
consciências se torna um mecanismo universal Ad infinitum.
A progressiva elevação
de consciências se torna sinônimo de aumento de processos de paz e isso
acarreta na prática ações características do fazer o bem e não (apenas) de
combater o mal: sem competir, excluir, destruir, matar...
Esta elevação de
consciência progressiva em cada consciência desperta educa integralmente o ser
humano, fomentando uma transcendência das crenças cegas ou dogmáticas, de
subjugações psicológicas por parte de lideranças autoritárias ou falsas, e de
convenções humanas exclusivistas de alguma forma - de grupos contra grupos etc.
Com tudo isso
ocorrendo em todo o planeta, é possível irmos do inicial despertar ao estado
perene de lucidez (espiritual), uma luz plena de paz e geradora do mesmo em
outrem.
Destarte, engendrar
uma produção de (auto)consciências despertas é realizar um salto quântico rumo
a um estado de paz derradeira pessoal/organizacional.
(*)* Professor de graduação e pós-graduação; engenheiro e doutor em Ciências da Engenharia de Produção; escritor e autor de quatro livros, formação em chefia e liderança; formação em planejamento estratégico; auditor interno para ISO 9000.
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