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terça-feira, 27 de maio de 2014

Exorcizando o Medo

Luiz Carlos Formiga

“Medo vá para longe de mim. Meu destino eu mesmo vou fazer e será bem feliz. Trago a marca de quem me criou e comigo tenho o Seu amor. Nada pode me deter no mal, nem a noite escura, nem o temporal.” (1)
Confesso que sinto medo, quando penso nas crianças. Afinal, não sou de ferro. Sendo espírita imperfeito diante do quadro na tela mental pensamos no sofrimento cristão. Os adversários dominavam e impunham dores físicas e morais. Naquela época, as notícias das perseguições chegavam rápido, de boca a ouvido, e os deixavam apreensivos, diante das horas que se avizinhavam. Eram dias de voto inconsciente. O povo ficou entre Jesus e Barrabás. Quem era o bandido?
Agora, elas chegam instantaneamente, pelo correio eletrônico. O governo brasileiro, com 80% de mentira e 20% de malandragem, dá um grande passo para facilitar a realização de abortos no Brasil. (2) Sabemos quais são as graves consequências. “Medo, vá pra longe de mim”. Procura-se estimular a consciência lúcida. Advertem-nos que estamos sendo manipulados. Ainda não acordamos para pegar no laço as mentiras e as malandragens da nova classe dominante. Religioso oferece no You Tube aula sobre  “socialismo”. (3) “Medo vá para longe de mim. Trago a marca de quem me criou e comigo tenho o Seu amor.”
Que o país atravessa hora muito grave não se pode negar. Li diversos textos que falam disso. Destaco três: o primeiro de um jornalista, não espírita; outro de uma médium escritora e, finalmente, o de um espírito desencarnado. O jornalista Nelson Motta publica “Emoções perigosas”(4). Nele, diz que nós nunca precisamos tanto de razão e serenidade, diante da crença de que os fins justificam os meios e vândalos impedem manifestações pacíficas. Lembra que existem pessoas dependentes de drogas, sexo, jogo, internet e os viciados no poder e que nele querem se perpetuar - o poder neurótico. (5) “Medo vá para longe de mim. Meu destino eu mesmo vou fazer. Nada pode me deter no mal.”
Razão e serenidade nos leva à escritora espírita, Suely Caldas Schbert. Ela escreve (6) sobre uma entrevista de José Saramago, quando esteve em Belo Horizonte, em novembro de 1997.  O autor, depois prêmio Nobel de literatura, fala do tema de seu livro. Este é uma parábola que nos questiona se somos detentos de uma razão cega, de uma razão que não é guardiã da vida, mas que é usada em seu potencial destruidor. (2)
Suely conclui que “a cegueira maior, mais profunda e prejudicial é a da fé”. Diz que “o objetivo de Saramago é evidenciar que, apesar de todas as luzes que a razão acendeu, ainda assim, a Humanidade prossegue tateando nas sombras.”
Por outro lado, não esquece que o progresso intelectual sempre se efetua e antecede o progresso moral e que o Espiritismo proporcionará uma nova visão aos que estão cegos. Cegos, mesmo pesquisando nas Universidades ou fora dela, onde procuram, nos templos, desenvolver a religiosidade. Ambos, não conseguem perceber a possibilidade da aliança da Ciência e da Religião.  
Com a fé cega temos, como consequência, o materialismo, o ceticismo, a descrença, como resposta da razão. Não que fé e razão sejam antagônicas, mas a razão não pode aceitar fatos duvidosos e inconsistentes. Kardec registrou que a “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade”. Com os Espíritos, surge a fé raciocinada.
Com o terceiro texto (7), que é de um espírito desencarnado, podemos perceber que indubitavelmente passaremos pela noite escura, pelo temporal. “Mudanças se fazem necessárias, mas que a prudência nos conduzirá ao equilíbrio”.
Assim, brandos e pacíficos, seremos incluídos no grande programa dos trabalhadores do Bem. O Senhor nos ajudará e com a fé raciocinada (6) chegaremos à serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar. (8)
Leitura adicional
(1)
(2).
 (3)
(4)
(5)
(6)
Revista Reformador (FEB), junho 1999, página 166.
(7)
(8)

1 Comentários:

  • Esse artigo me lembrou dum fato que ocorreu ontem 27/05/2014: Eu fui pagar a taxa de inscrição do ENEM da minha filha no BB, pois nos obrigam a pagar no BB, cheguei 10h05min, fui surpreendido com a Agência vazia no lado de dentro e no lado de fora uma filha de mais ou menos 30 pessoas no terminal eletrônico para retirar a senha, pois é a única forma de ser atendido nesse banco, e não tinha funcionário para auxiliar os idosos a operar a máquina.
    Quando vencemos essa barreira, só tinha dois caixas operando, um prioridade e outro os demais, com toda lerdeza de todos os órgãos públicos a qual nos “acostumamos” e em dado momento uma pessoa ficou travada no caixa, por mais de 15min, devido algum problema que deveria ser resolvido por outro funcionário e o outro caixa continuou atendendo a senha prioritário como se nada estivesse acontecendo, em vez de chamar um de cada.
    Levantei-me dirigi a Gerência o funcionário que me atendeu, disse que havia duas gerências uma de assuntos gerenciais e outra de caixas e que a de caixa ficava internamente, e que eu deveria me dirigir ao caixa e pedir que o chamasse, não entendi, mas assim o fiz, e qual a minha surpresa o caixa disse que não poderia se levantar, me dirigi ao mesmo funcionário que havia me atendido, que não estava fazendo nada, e o mesmo disse que não poderia chamar porque era outro Departamento.
    Resumindo a minha esposa me repreendeu porque eu estava influenciando os demais e só fui atendido 11h15min.
    Conclusão: Argumentei com a minha esposa, que uma das pessoas mais pacíficas era Gandhi e que não confundiu “PAZ” com “NEUTRALIDADE”. Gandhi inconformado com a imposição que os Ingleses tiranizavam aos Indianos, protestou de forma pacífica com atitudes firmes, que iniciou com a queima das cartilhas em praça pública e só parou quando conseguiu liberar o povo daquela repressão.
    “Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras.”
    Marcos Fonseca

    Por Blogger Marcao, às 28 de maio de 2014 às 04:16  

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