|
Luiz Carlos Formiga |
“Medo vá para longe de mim. Meu
destino eu mesmo vou fazer e será bem feliz. Trago a marca de quem me criou e
comigo tenho o Seu amor. Nada pode me deter no mal, nem a noite escura, nem o
temporal.” (1)
Confesso que sinto medo, quando penso nas crianças. Afinal, não sou de
ferro. Sendo espírita imperfeito diante do quadro na tela mental pensamos no sofrimento
cristão. Os adversários dominavam e impunham dores físicas e morais. Naquela
época, as notícias das perseguições chegavam rápido, de boca a ouvido, e os
deixavam apreensivos, diante das horas que se avizinhavam. Eram dias de voto
inconsciente. O povo ficou entre Jesus e Barrabás. Quem era o bandido?
Agora, elas chegam instantaneamente, pelo correio
eletrônico. O governo brasileiro, com 80%
de mentira e 20% de malandragem, dá um grande passo para facilitar a
realização de abortos no Brasil. (2) Sabemos quais são as graves consequências.
“Medo, vá pra longe de mim”. Procura-se estimular a consciência lúcida. Advertem-nos
que estamos sendo manipulados. Ainda não acordamos para pegar no laço as mentiras
e as malandragens da nova classe dominante. Religioso oferece no You Tube aula sobre “socialismo”. (3) “Medo vá
para longe de mim. Trago a marca de quem me criou e comigo tenho o Seu amor.”
Que o país atravessa hora muito grave não se pode negar.
Li diversos textos que falam disso. Destaco três: o primeiro de um jornalista,
não espírita; outro de uma médium escritora e, finalmente, o de um espírito
desencarnado. O jornalista Nelson Motta publica “Emoções
perigosas”(4). Nele, diz que nós nunca precisamos tanto de razão e serenidade,
diante da crença de que os fins justificam os meios e vândalos impedem
manifestações pacíficas. Lembra que existem pessoas dependentes de drogas,
sexo, jogo, internet e os viciados no poder e que nele querem se perpetuar - o
poder neurótico. (5) “Medo vá para longe de mim. Meu destino eu mesmo vou
fazer. Nada pode me deter no mal.”
Razão e serenidade nos leva à escritora
espírita, Suely Caldas Schbert. Ela escreve (6) sobre uma entrevista de José
Saramago, quando esteve em Belo Horizonte, em novembro de 1997. O autor, depois prêmio Nobel de literatura, fala
do tema de seu livro. Este é uma parábola que nos questiona se somos detentos
de uma razão cega, de uma razão que não é guardiã da vida, mas que é usada em
seu potencial destruidor. (2)
Suely conclui que “a cegueira
maior, mais profunda e prejudicial é a da fé”. Diz que “o objetivo de Saramago
é evidenciar que, apesar de todas as luzes que a razão acendeu, ainda assim, a
Humanidade prossegue tateando nas sombras.”
Por outro lado, não esquece que o
progresso intelectual sempre se efetua e antecede o progresso moral e que o
Espiritismo proporcionará uma nova visão aos que estão cegos. Cegos, mesmo
pesquisando nas Universidades ou fora dela, onde procuram, nos templos, desenvolver
a religiosidade. Ambos, não conseguem perceber a possibilidade da aliança da
Ciência e da Religião.
Com a fé cega temos, como
consequência, o materialismo, o ceticismo, a descrença, como resposta da razão.
Não que fé e razão sejam antagônicas, mas a razão não pode aceitar fatos
duvidosos e inconsistentes. Kardec registrou que a “Fé inabalável só o é a que
pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade”. Com os
Espíritos, surge a fé raciocinada.
Com o terceiro texto (7), que é
de um espírito desencarnado, podemos perceber que indubitavelmente passaremos
pela noite escura, pelo temporal. “Mudanças se fazem necessárias, mas que a
prudência nos conduzirá ao equilíbrio”.
Assim, brandos
e pacíficos, seremos incluídos no grande programa dos trabalhadores do Bem. O
Senhor nos ajudará e com a fé raciocinada (6) chegaremos à serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar. (8)
Revista Reformador (FEB),
junho 1999, página 166.
1 Comentários:
Esse artigo me lembrou dum fato que ocorreu ontem 27/05/2014: Eu fui pagar a taxa de inscrição do ENEM da minha filha no BB, pois nos obrigam a pagar no BB, cheguei 10h05min, fui surpreendido com a Agência vazia no lado de dentro e no lado de fora uma filha de mais ou menos 30 pessoas no terminal eletrônico para retirar a senha, pois é a única forma de ser atendido nesse banco, e não tinha funcionário para auxiliar os idosos a operar a máquina.
Quando vencemos essa barreira, só tinha dois caixas operando, um prioridade e outro os demais, com toda lerdeza de todos os órgãos públicos a qual nos “acostumamos” e em dado momento uma pessoa ficou travada no caixa, por mais de 15min, devido algum problema que deveria ser resolvido por outro funcionário e o outro caixa continuou atendendo a senha prioritário como se nada estivesse acontecendo, em vez de chamar um de cada.
Levantei-me dirigi a Gerência o funcionário que me atendeu, disse que havia duas gerências uma de assuntos gerenciais e outra de caixas e que a de caixa ficava internamente, e que eu deveria me dirigir ao caixa e pedir que o chamasse, não entendi, mas assim o fiz, e qual a minha surpresa o caixa disse que não poderia se levantar, me dirigi ao mesmo funcionário que havia me atendido, que não estava fazendo nada, e o mesmo disse que não poderia chamar porque era outro Departamento.
Resumindo a minha esposa me repreendeu porque eu estava influenciando os demais e só fui atendido 11h15min.
Conclusão: Argumentei com a minha esposa, que uma das pessoas mais pacíficas era Gandhi e que não confundiu “PAZ” com “NEUTRALIDADE”. Gandhi inconformado com a imposição que os Ingleses tiranizavam aos Indianos, protestou de forma pacífica com atitudes firmes, que iniciou com a queima das cartilhas em praça pública e só parou quando conseguiu liberar o povo daquela repressão.
“Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras.”
Marcos Fonseca
Por Marcao, às 28 de maio de 2014 às 04:16
Postar um comentário
<< Home