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Luiz Carlos Formiga |
Quando estamos envelhecendo o tempo
não passa, voa. Nossa resistência é menor. Estamos diante das doenças como o
Alzheimer e o Parkinson. O problema é
que queremos estar em condições de analisar e criticar construtivamente, a
sociedade de consumo.
Ainda bem que para o Mal de
Alzheimer e Parkinson temos promissoras pesquisas brasileiras capazes de
elucidar o “paradoxo do cálcio” e nos apontar a luz no fundo do túnel. (1)
A terapêutica do Lava-Jato não
deixa dúvida quanto à capacidade de nos proteger da nova espécie Polliticum
corruptiae, patogênico por excelência e que apresenta resistência múltipla a
antibióticos. A espécie também infecta ministros, que são médicos; governadores,
que são engenheiros; senadores, que são professores de direito, necessitarão
ser hospitalizados em Curitiba.
Acontecimentos recentes parecem
favoráveis à sobrevivência do microrganismo, embora os grandes esforços dos
Centros de Saúde Política, da República.
Ainda estamos no inicio deste
terceiro milênio, temos a vacina, mas para estabelecer este serviço é
necessário trilhar caminhos cheios de percalços, uma vez que temos que nos
vincular às mães, para administrar a vacina na idade apropriada; há
necessidades técnicas diversas e a fabricação, estocagem e aplicação não são
tão fáceis. (2)
Parece que não há solução porque
estamos no inicio do terceiro milênio e habitamos no olho do furacão.
Quando imunizarmos 85% da população
as chances de infecção serão muito menores. Candidatos a cargos eletivos serão
resistentes e teremos muitos vacinados entre os que os elegem. O eleitor
oferecerá votos sem a doença de Parkinson ou Alzheimer, pois mais bem
informados e menos inconscientes.
Muitos terão sido formados em
universidades agora não dominadas pelo materialismo, onde os docentes
pesquisadores já não terão que fazer esforço redobrado, para permanecer sadios.
A maioria desses docentes não é
composta por missionários. Somos apenas espíritos imperfeitos passando por provas
e expiações, embora tendamos ao bem.
Diante de uma epidemia, como essa
que insiste em nos devorar, analistas experientes apontam solução.
Essa se conformaria na instalação
de uma “força tarefa”. A medida repousa
na convocação de médicos especialistas
em doenças infecciosas, que não sejam portadores da dependência
química da bebida importada e do tabaco,
dos charutos de Havana.
Estes profissionais vacinados serão
o auxílio necessário para a prevenção de novos casos, prescrição de tratamento
e cura rápida da infecção, pelo agente da Pandemia Odebrechtiana .
O micróbio Polliticum corruptiae é muito virulento e possui grande poder de
comunicabilidade, muito maior do que a do vírus da gripe. Espirrou, contaminou.
Perigo. Profissionais de saúde, missionários, mesmo vacinados, podem adoecer. Todo
cuidado é pouco.
O que nos entristece é que os analistas
experientes dizem que nada disso, força tarefa, será feito, pois estamos ainda
sob a regência dos que já foram infectados. Alguns vivem como portadores do
vírus da AIDS e não sabem, não se importam, de sua condição, graças ao elevado grau
de inconsciência espiritual. Cazuza dizia que seus inimigos estavam no poder,
mas também que o tempo não para.
Vamos continuar orando, vigiando e treinando
a paciência, sem perder a esperança no médico missionário que já está entre nós
- o “Doutor Inesperado de Almeida”.
Emmanuel diz que há méritos celestes naquele que desce ao
pântano sem contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento. Em “O
Livro dos Espíritos” aprendemos que
certos espíritos mais evoluídos podem reencarnar em mundos inferiores, quando
estão em missão.
Deolindo Amorim,
no livro Análises Espíritas, diz que podem descer ao pântano com o objetivo de
auxiliar o progresso de uma criatura, de um grupo ou de uma coletividade
inteira. Assim, nem todos que estão na Terra estão em provas e expiações. Na
realidade esses espíritos vão aos escombros do pântano moral, mas não se
contaminam. Emmanuel concorda que a missão é difícil, delicadíssima, por causa
dos arrastamentos, mas também é extremamente nobre.
Amorim faz comparação.
Quando o médico, no cumprimento de sua missão entra em ambientes pestilentos,
sabendo que há doenças contagiosas, naturalmente já sabe de que recurso precisa
para a imunização. Antes de entrar nesses espaços corrompidos moralmente
aplica-se a vacina tríplice da prece, da vigilância e do esforço constante para
não se deixar infectar. Assim são capazes de suportar os costumes desregrados e
conviver com a degradação, nos locais onde precisam trabalhar, auxiliando o
progresso, a saúde moral dos indivíduos infectados.
Amorim, no
capítulo3, Missão e Opção, admite a possibilidade de fracasso, mesmo dos
espíritos mais elevados, quando diz que nem
todos, porém, aguentam a experiência e, por isso, desertam ou saem
contaminados. (3)
Fiquei arrepiado!
Amorim diz que alguns desses
missionários se dedicam ao trabalho de espiritualização e que podem enfrentar
resistências e até zombaria, mas terminam deixando sementes. Diz ainda que sua
atuação pode parecer à primeira vista um procedimento estranho ou esquisito, no
entender de muita gente. Comenta que não chegam ao exagero ou saem dos padrões
de naturalidade, uma vez que não necessitam de apresentações exóticas, nem
tampouco de viver em furnas como se fosse homem das cavernas.
Pelo visto, não é fácil identificar
um espírito missionário e parece que isso não lhes interessa. Por outro lado,
Amorim afirma que se sentem felizes, quando se realizam no gênero de vida a que
se dedicam. Desafiamos encontra-lo no executivo, no legislativo ou no
judiciário. Mais fácil encontrar ratos nas piscinas, verificou o Cazuza.
Deixemos o tempo passar tendo
cuidado com o “cuidar” para permitir que sementes germinem. Não temos data anunciada
por videntes para comemorar. Os confiáveis não marcam datas. Esperemos sem
complicar, “o tempo não para”. (4)
Impossível não
perceber que umas instituições estão “fazendo água”. Peça de arte quebrada pode
ser recuperada com resina e ouro em pó, mas demora uma dinastia para chegar a
ter o mesmo valor. Um supremo tribunal não deveria passar por isso. Mesmo que
ministros não tenham a legitimidade do voto, tenham sido “indicados”, precisam ter
competência e credibilidade, para poder oferecer segurança jurídica. Muito
antes de colocar o “manto sagrado”, precisam receber vacinação completa.
Num período de “umbral
político”, aquele fácil de identificar
pela existência de salários altíssimos e acima do teto, de delinquência
intelectual, onde o bandido quer prender o xerife, onde o ministro é inimputável,
onde o presidente é réu por peculato e a norma jurídica está sem prestígio,
temos que orar.
Nessas horas
difíceis, que fragilizam é importante lembrar Ariano Suassuna e a literatura de
cordel. (5)
Recentes acontecimentos parecem
favoráveis à sobrevivência do micróbio patogênico. Preocupo-me com meus pares.
A universidade está dominada pelo materialismo e o professor terá que fazer
esforço redobrado para não se fragilizar. Afinal não somos missionários e esses
mesmo nesta condição não estão livres das agressões. Amorim é de arrepiar: nem todosos
espíritos missionários aguentam a experiência e, por isso, desertam ou saem
contaminados.
Agradecer aos NEUs, particularmente
ao PPE da UERJ. Pequeno Posto de Esperança. (6)
Depois de alguns medos, muitas dores,
chegaremos ao objetivo. Certamente vamos sorrir como Fernanda Keller. (7) Na
espiritualidade vamos dizer: “valeu à pena participar, mesmo sem ser
missionário.”
Referências
3. Amorim, D. Análises Espíritas, 23° edição,
1993. FEB. Livro compilado por Celso Martins, com plena concordância de Delta
Santos Amorim e ajuda prestimosa de Enéas Pereira Dourado, Zilda Alvarenga e
Yedda Macedo Sampaio.
1 Comentários:
Vigiar e orar.
A melhor oração é o trabalho no bem.
Façamos a nossa parte.
Marcos Fonseca
Por Marcao, às 12 de dezembro de 2016 às 11:36
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