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Luiz Carlos Formiga |
Diz o espírito Hilário
Silva que após a pergunta de João, Jesus sorriu e declarou: - “a resposta está
aqui mesmo em vossas lamentações. O mais difícil é ajudar em silêncio, amar sem
crítica, dar sem pedir entender sem reclamar... A aquisição mais difícil para
nós todos se chama paciência.” (1)
“Manda quem pode e
desobedece quem tem juízes”
Esta frase circulou
na WEB depois que o Oficial de Justiça não conseguiu notificar uma pessoa “poderosa”.
Quanta paciência!
Coloquei o adjetivo
entre aspas, porque existe outra leitura, com a qual concordo, que é de Martha
Medeiros. (2)
“A aquisição mais
difícil se chama paciência”, deve ter pensado o mensageiro depois da longa
espera. Por outro lado, a paciência do povo brasileiro parece ter acabado e não
conseguimos imaginar o futuro.
De imediato me
veio à mente a frase da atriz Denise Fraga: “o
humor passa pela inteligência e é um poderoso ingrediente para a reflexão”.
(3)
Vamos lembrar que
o intelecto é apenas uma parte do ser multifacetado. A reflexão facilitará a
compreensão do mundo social, cultural e espiritual, direcionando o ser para
zonas mais superiores. A reflexão espírita, com a noção de imortalidade que o
Espiritismo faculta ao homem, eleva-o a um estado de consciência desperta,
lúcida, chamado de cidadania espiritual, fazendo desabrochar uma escala
elaborada de valores éticos.
“Humor espírita”,
como fazê-lo de forma a não ferir o companheiro de jornada?
Hilário Silva, através
da psicografia, trilhou esta estrada correndo riscos. Este é o pseudônimo de um
espírito que foi parceiro de trabalho e estudo do espírito André Luiz.
Para popularizar a
Doutrina Espírita ele pensou em uma nova forma de pensamento para apresentar e
ensinar caminhos que ajudassem na reflexão e na transformação interior.
Hilário sabia que
o humor não poderia se apartar do amor, tanto que em “Almas em Desfile”,
psicografia de Chico, lembra que “a fila anda”.
"Toda
vez que te inclines para esse ou aquele caminheiro, estende o coração e as
mãos, em forma de entendimento e de amor, porque todas as filas prosseguem
adiante, com encontro marcado no túnel da morte. E do túnel da morte cada alma
em desfile surgirá no Outro Lado para receber, no Posto de Pedágio do Destino,
segundo o próprio merecimento".
“Manda quem pode e desobedece quem tem juiz”
é severa advertência de quem perdeu a paciência, mas não perdeu o humor.
Hilário lembra que “a fila anda” e que
temos encontro marcado. Quando haverá luz no fundo do túnel da morte? Ele
responde dizendo que temos que “estender
o coração e as mãos, em forma de entendimento e de amor”, mesmo que o
companheiro tenha mais de uma dezena de processos parados no “Supremo”.
Em “O Imbatível Amor Materno”, dissemos
que estávamos diante de um grande problema que era “amar os inimigos”. Problema
ou solução? (4)
O que pensa uma pessoa, sobre a vida após
a morte, nos permite avaliar se há luz no fim do túnel. É possível manter o bom
humor diante da morte? Humor é o estado de espírito de um indivíduo? O que é um
“espírito”? Seria um estado de ânimo ou desânimo, bem estar ou mal estar
emocional, psicológico, apenas?
A luz surgiu no fim do túnel para Tomé com
Jesus. Para nós a Doutrina Espírita acendeu potente refletor. (5)
Quando se diz “sem foro é com Moro”,
estamos diante de humor, ironia, sátira?
Podemos não saber as diferenças, mas não
temos dúvida que “passa pela
inteligência, e é um poderoso ingrediente para a reflexão”, como a
descoberta de grampos instalados na sala do político, do juiz ou do Bessias,
aquele do “salvo conduto”.
Messias de Mello adaptou e desenhou as
histórias com humor publicadas por Hilário Silva, um lançamento da editora
Marca de Fantasia. São adaptações dos livros Almas em Desfile e A Vida Escreve.
Necessário extravasar indignações para não
enfartar, por isso escrevo.
Impotentes, precisamos remover tensões, controlar
proibições internas, aquelas que nos sugerem obedecer aos instintos mais
primitivos.
Vamos enganar as nossas tensões, driblar
medos, brigar com a censura e produzir alívio. Não vamos chegar a insultar nossos
adversários como se estivéssemos brincando, mas vamos refletir com o “manda
quem pode”.
Não devemos tentar insultar nem a morte.
Aliás, seria tarefa impossível. Ela é fria e calculista. Possui numerosos
gêneros de micróbios cumplices e ainda instala grampos na nossa tela mental, como
doença hereditária.
João Moreira da Silva nos diz, e eu confirmo
profissionalmente, que “quando ela, a morte,
vem de Cima, vem por Divino Decreto, encontra no micróbio um forte agente
secreto.” (6)
Ela está no fim do túnel. Mas temos o Refletor,
O Consolador Prometido. Elevada é sua missão.
Na vida, depois da morte,
Quem serve, dia por dia,
É que obtém passaporte
Para o reino da Alegria. (6)
Não conseguiremos “dar as costas”
para o micróbio que é “Oficial de Justiça”, porque assinamos a notificação, antes
da concepção. Outro ponto muito importante, necessário enfatizar, é que não temos
como fugir da Justiça Divina.
Entra em acordo depressa com teu adversário, enquanto
estás com ele a caminho do tribunal. (Mateus, 5:25).
Apiede-se do político, como Gregório. Ainda
bem que existe o Imbatível Amor Materno! (4)
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