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Luiz Carlos Formiga |
Usei a
palavra Amor em outras oportunidades. Em “Ciência com Amor”, na Universidade
Federal do Rio de Janeiro. (1) Depois em
“A Ciência do Amor”. (2)
Hoje
quero agradecer ao artista Fernando M. Correia. Se ele não existisse faria
muita falta. Seu trabalho me deu e ainda dá momentos de alegria diante da
beleza. É o belo produzindo o bem. Aconchego me lembra, com sua letra, a
reencarnação.
Aconchego
(*) é música popular brasileira que emprega
palavra de difícil tradução. “Estou de volta pro
meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade,
querendo um sorriso sincero, um abraço, para aliviar meu cansaço e toda essa
minha vontade...”
Para
falar de saudade temos que lembrar “A Lei
do Amor”. Este é titulo de novela neste outubro de 2016. Não é sobre a novela
que desejo falar, mas do amor e do “conselho de mãe”.
Sentindo
desconforto físico, sem causa aparente, uma dorzinha que parecia se originar na
alma recebeu rápido diagnóstico, feito pelo coração materno. “Isso é falta de
conexão com a espiritualidade, com a religiosidade.”
“Meu
filho vá tomar um passe no Centro Espírita”. Disse a senhora com amor de mãe ao
artista da MPB.
Refiro-me
a Fernando Manoel Correia, o autor de “Aconchego” e de outros grandes sucessos
musicais, aqui e no exterior. No final da entrevista o artista afirma
que a maior lei é “A Lei do Amor”.
Fernando
Manoel Correia fez as trilhas sonoras das novelas Tieta, Tropicaliente, Caras e
Bocas, Pedra sobre Pedra, Sexo dos Anjos, Roque Santeiro, A Indomada. Essas informações
foram dadas na 34º Semana Espírita de Feira de Santana. (3)
“Meu
filho vá tomar um passe no Centro Espírita”. Também recebi este conselho de
minha mãe. (4) Foi assim que o espírita Amazonas Hércules entrou na minha vida.
Fiquei estupefato quando nele verifiquei sequela da “lepra”. (5)
Mãe que
cumpre a lei, “A Lei do Amor”, sempre
está com a razão. Talvez por isso se diga que “coração de mãe não se engana”.
No final
da entrevista Nando Cordel fala do homem de bem e da caridade. O compositor
apoiou-se na máxima “Amar o próximo como a si mesmo”, que está no Evangelho
Segundo o Espiritismo, capítulo XI.
Nele, o
Espírito Protetor relembra que “a caridade sem a fé não seria suficiente para
manter entre os homens uma ordem social de fazê-los felizes, que a caridade é
impossível sem a fé”. “Podemos encontrar impulsos generosos entre as pessoas
sem religião, mas essa caridade austera, que só pode ser exercida pela
abnegação, pelo sacrifício de todo o interesse egoísta, só a fé poderá
inspirá-la, porque nada além dela nos faz carregar com coragem e perseverança a
cruz desta vida.”
“A vida terrena deve servir
unicamente para o nosso aperfeiçoamento moral, o qual se conquista mais
facilmente com a ajuda do corpo e do mundo material.” (ESE, IV, 25).
O médico desencarnado, Dr. Bezerra repete enfaticamente o que se
encontra no Evangelho, como que desejando fixar, em definitivo, o ensinamento precioso
na nossa máquina de esquecer.
“A história da
cristandade nos fala dos mártires que caminhavam com alegria para o suplício.
Hoje, na vossa sociedade, para ser cristão já não se precisa enfrentar a
fogueira do mártir, nem o sacrifício da vida, mas única e simplesmente o
sacrifício do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Triunfareis, se a caridade
vos inspirar e fordes sustentados pela fé.”(ESE,XI,
13)
Os que estão iniciando o estudo da Doutrina dos Espíritos costumam
perguntar se a encarnação é um castigo e se somente os espíritos culpados estão
sujeitos a sofrê-la, Seria um castigo reencarnar como cientista ou artista no Brasil?
Em sua
resposta, o espírito São Luis em 1859, lança luz dizendo que “a passagem dos Espíritos pela vida corporal é
necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os
desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, o que
lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência”.
“A encarnação é apenas um
estado transitório. É uma tarefa, quando iniciam a vida, como primeira
experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que a desempenham com zelo
transpõem rapidamente os graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus
labores Os que usam mal da liberdade retardam
a sua marcha e podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e
é assim que se torna um castigo.”
“Pela reencarnação Deus
também quis que os Espíritos, pondo-se novamente em contato, tivessem ensejo de
reparar seus danos recíprocos. Quis o Arquiteto Divino estabelecer sobre base
espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da
solidariedade, da fraternidade e da igualdade.”
“Ninguém poderá
ver o Reino de Deus se não nascer de novo”.
No Evangelho uma comparação nos faz compreender
melhor: “o escolar não chega aos estudos
superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que
até lá o conduzirão.”
“Não
tendes mais arenas, nem as cruzes, nem os empalhamentos, nem as fogueiras, mas
tendes as paixões internas a vencer.” Bezerra/Divaldo. Congresso. Portugal. Out.
2016.
Referencias:
1.
Ciência com Amor.
2. A
Ciência do Amor
3. A Lei
do Amor
4. Mainha
tinha razão
5.
Amazonas Hércules. Laços Afetivos
(* )
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