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Luiz Carlos Formiga |
Orientei doutorado de duas
médicas na Dermatologia e Doenças Infecciosas e de uma biomédica na
Microbiologia Médica. Por que estou falando do feminino? Para reafirmar que o
que vale é competência. (1)
A Professora
Marisa, Doutora em Ciência Política da Universidade de Brasília, comenta o
discurso de um britânico, Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia que o levou a
renunciar ao cargo de pesquisador universitário, encerrando a carreira
prematuramente.
Essa
declaração causou uma reação bem-humorada e irônica, na internet. A Dra
Marisa destacou da WEB frases: “fiz um transplante de fígado sem
chorar, estou tão orgulhosa!”. “Permaneci sexy, depois de todo um dia de
culturas de células”.
Dra
Marisa comenta que “apesar dos inegáveis avanços na promoção da igualdade de
gênero, sabemos que a participação de mulheres no campo da ciência continua
sendo minoritária.”
No Brasil não é diferente.
Ela enfatiza a importância do “Programa Internacional Para
Mulheres na Ciência (L´Oreal-UNESCO), que desde 1998 concede bolsas e dá
prêmios a mulheres cientistas (inclusive no Brasil),para ajudar a reverter essa
situação de desigualdade.”(2)
As
mulheres enfrentam outras dificuldades. O aborto é uma delas.
Em um debate entre duas
candidatas a cargo eletivo surgiram argumentos contra e a favor do aborto. Uma
delas já havia enfrentado um aborto espontâneo. Não eram religiosas, mas tinham
fé no niilismo, onde não existe vida após a morte. Essa tese é defendida sem
apoio científico. Ninguém provou que não existe vida depois da morte.
Uma diz que o aborto é um
direito e que a mulher pode recusar ter esse filho, pois seu corpo lhe
pertence. O contra argumento foi que, desta forma, o direito de um implica na
morte do outro e que não podemos nos atribuir a decisão de matar. Assim, isso
se torna apenas uma questão de poder, acumpliciado a uma licença ética. É
exatamente o que se dá com o político, que leva o povo à guerra; com o
terrorista, com o torturador.
Poder e ausência de
ética, associados, produzem perdas e danos, como o roubo, a censura, o
sequestro. O aborto não é um direito, é uma possibilidade, decorrente do poder
e da anestesia da consciência.
A primeira debatedora
retorna à luta, dizendo que a legislação do aborto é obsoleta, não dando à
mulher a autonomia sobre seu corpo e que é preciso entrar na modernidade.
Apresentando outro raciocínio, a segunda pergunta se não seria o caso de
ampliar a informação sobre anticoncepção. Usar do direito de não engravidar. E,
arremata lembrando que a eficiência dos anticonceptivos é próxima de 100%.
A primeira ironiza dizendo
que um dia a casa cai e ela aparecerá grávida.
Da ponta da língua vem a
réplica. Mas a culpa é do bebê? O óvulo é seu, o útero, também, mas o ovo
fertilizado é outra pessoa!
O leitor acha que seria
melhor investir numa estrutura adequada para gerar filhos, investindo em
creches e oferecendo orientação sobre contracepção? O país já possui os
sistemas de comunicação bem desenvolvidos é só questão de vontade política. Não
podemos colocar o aborto na lei e a consciência fora dela. (1)
Através dos argumentos,
podemos inferir que uma delas está mais avançada do que a outra no domínio da
inteligência espiritual (QS). Quando desencarnar estará próxima da felicidade
no Mundo Maior.
O Espírito Emmanuel diz que “O
alimento do coração, para ser efetivo na vida eterna, há de basear-se nas
realidades simples do caminho evolutivo. As sensações empolgantes da zona
fenomênica se tornam inúteis ao espírito, quando este não possui recursos
interiores suficientes para compreender as finalidades.”(3)
Quando Joanna de ângelis
oferece a sua visão sobre o assunto relaciona fetos anencéfalos ao suicídio.
(4) Qual será o comprometimento espiritual desta gestante, com esse
reencarnante? Escreve Deus por linhas aparentemente tortas?
A ideologia de gênero que o governo quer ver implantada nos planos municipais e estaduais de educação, até o fim de junho do corrente, não é mais uma política para a aprovação do aborto no Brasil? Alberto R.S. Monteiro não tem dúvida. (5)
Leitura eventual.
1. Eleição, mulheres e voto consciente
Rev. Internacional de Espiritismo, LXXV (5): 349-351, 2000.
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/ELEICAO-MULHERES_E_VOTO_CONSCIENTE_LCF.html
2. Mulheres, sexo e ciência.
http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2015/06/mulheres-sexo-e-ciencia.html
3. Livro Pão Nosso. “Nutrição Espiritual”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier – FEB.
http://www.acasadoespiritismo.com.br/livrosespiritas/PAO
%20NOSSO/134.htm
4. Anencefalia - psicografia de Divaldo Franco por Joanna de Angelis
http://www.redeamigoespirita.com.br/group/temas-espiritas/forum/topics/anencefalia
5. Governo quer impor ideologia de gênero nas escolas.
http://www.diariodoestadoms.com.br/noticia/2874,Governo
+quer+impor+ideologia++de+genero+nas+escolas
1 Comentários:
Brilhante artigo.
O que posso dizer para agregar é que todas as vezes que o Homem quis assumir o papel de DEUS: Decidir quem deve viver ou não. Ele cometeu os maiores crimes da humanidade, isso abrange cientistas e religiosos.
É só analisar os fatos históricos.
Uma vez eu fiz um estudo com famílias que vivem na faixa da pobreza e mostrei as fotos da miséria em países da África e fiz a seguinte pergunta: Não era melhor abreviar o sofrimento e tirar a vida deles.
Após reflexão fiz os seguintes questionamentos:
- Pergunte pra ele se querem morrer?
- E se um país onde 100% da população são ricos financeiramente e politicamente e ver essa miséria no Brasil, eles podem dizer não é melhor abreviar o sofrimento e matar?
- Nós queremos morrer...?
Volto a dizer não temos o direito de decidir quem pode ou não viver, principalmente um ser que não tem como se defender, totalmente dependente da Mãe.
Por volta de 2065, isso será lembrado como mais uma das atrocidades na história da humanidade, com consequências para os envolvidos que podem levar séculos de sofrimento e atraso na sua evolução.
Queremos isso?
Marcos Fonseca
Por Marcao, às 4 de julho de 2015 às 03:27
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