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sábado, 9 de maio de 2015

O Imbatível Amor Materno (Sonia B. Formiga e Luiz Carlos D. Formiga)

Sonia B. Formiga 
Estamos diante de um grande problema - Amar os inimigos. Não é apenas pedir demais como é impossível, diria alguém. Talvez por isso o educador tenha dito que o possível faria naquela hora, mas o impossível demoraria mais um pouco. Estamos realmente diante de um problema ou da solução?

Luiz Carlos D. Formiga 

Existem doenças que resistem ao tratamento cientifico, durante muito tempo. O paciente precisa seguir cuidadosamente as recomendações médicas e ser “paciente”. Cada doente é um caso particular. O antibiótico é o mesmo. Os micróbios, embora da mesma espécie, podem demonstrar resistências diferentes. Aos microrganismos mais fortes, infernais, mais resistentes, patogênicos por excelência, precisamos contrapor uma imunidade estimulada, melhor elaborada. Nesse particular, a vacina é recurso preventivo genial.

Comenta Emmanuel (1) que "o homem, geralmente, quando decidido ao serviço do bem, encontra fileiras de adversários gratuitos por onde passe. Às vezes, porém, é defrontado por inimigos mais fortes que se transformam em constante ameaça à sua tranquilidade”.

Momentos do livro Libertação (2) nos fazem concluir que o amor de mãe é um dos mais poderosos agentes de cura. Nos capítulos “Precioso Entendimento” e “Reencontro”, encontramos dois espíritos em estágios evolutivos diferentes. Matilde habita regiões luminosas e Gregório vive nas sombras. Apesar de distantes, existem entre eles laços afetivos, pois foram mãe e filho. Os capítulos são generosos em informações sobre o plano espiritual.

Num determinado momento de sua vida, de espírito desencarnado, Gregório se prepara para atacar um desafeto que lhe causara baixas em sua fileira, pois havia conquistado para a regeneração alguns de seus principais colaboradores, entediados da ignorância e do ódio, da perversidade e da insensatez.

Matilde verifica que, com auxílio do Instrutor de André Luiz e de outros trabalhadores da luz, teria clima vibracional para materializar-se e voltar aos olhos do filho, míopes pela intoxicação pelo ódio. Desta forma, poderia realizar o tão aguardado reencontro espiritual.

Gregório, que de nada suspeitava, surgiu no campo de batalha acompanhado de dezenas de comandados e de animais com aparência monstruosa. Inicia a investida através de palavrões, que se caracterizavam pela dureza e violência. Se André Luiz não tivesse sido avisado, com antecedência, teria debandado, diz ele.

Depois de diversas agressões verbais e intimidações, o espírito vingativo tenta ir adiante desafiando o Instrutor de André Luiz, um dedicado espírito-médium de materialização. Lança-lhe a luva à face, para o combate e aguarda a reação. Depois de novos impropérios, demonstrando acentuado desapontamento, em face dos insultos sem resposta, o terrível diretor de legiões sombrias abeirou-se, mais estreitamente do Instrutor e bradou:

- Levantar-te-ei, por mim mesmo, usando os sopapos que mereces. Antes, porém, que conseguisse ligar o intento à ação, escuta a voz cristalina e terna de Matilde, exortando-o, com amorosa firmeza. Tem novo desenrolar o embate, a luta entre a luz e a treva. Podemos adiantar que depois do espantoso choque, um deles não resistiu.

Deixamos ao leitor convite a leitura do pequeno capítulo do precioso livro, que já está na WEB (2), Afirmamos que, chegando ao final da leitura, uma furtiva lágrima lhe descerá pela face.

No capítulo anterior, Matilde socorre uma filha ainda encarnada padecente de uma doença, que Kardec chamou de obsessão. Nesse “precioso entendimento” ela faz revelação surpreendente à filha, o que nos permite concluir que se o ódio imanta, o amor une.

Quando estamos reencarnados na Terra a mãe evangelizadora permite o salto de qualidade para o pleno desenvolvimento da inteligência espiritual. A cognição, a intelectualidade, podemos deixar como tarefa para os colégios e universidades. 

Cultura e santificação representam forças inseparáveis da glória espiritual. A sabedoria e o amor são as duas asas dos anjos que alcançaram o Trono Divino, mas, em toda parte, quem ama segue à frente daquele que simplesmente sabe. (3) Como só a realização do bem é capaz de curar a doença infernal, a evangelização é vacina que devemos tomar urgente para a regeneração planetária. Nesse particular, o amor materno será sempre imbatível!

Por que o codificador da Doutrina Espírita fez a opção pelo ensino moral do Cristo? Kardec nos oferece um código de ética espírita. Alguns só conseguem ver a sua utilidade quando sentem uma dor profunda.

O desenvolvimento da inteligência espiritual é fundamental inclusive para uma ética atuação profissional. Importante em qualquer profissão, mas em particular no exercício da medicina, que lida com a vida de pessoas. Lembremos que cientistas descrevem no cérebro uma área nos lobos temporais, o “Ponto de Deus”, que nos impulsiona a buscar um significado para a vida e os valores éticos. Qualquer profissional sem valores éticos é uma mente muito perigosa. Na Revista de Psiquiatria Clínica (36(4): 153-161, 2009 resultados descritos apontam para o desenvolvimento da inteligência espiritual e sua associação à alta amabilidade e conscienciosidade.

Apesar de passarmos por doenças que intoxicam o coração, como o ódio, ou o fígado, como uma dependência ao álcool, a inteligência espiritual pode nos acender uma luz lá no fundo do túnel.

O coração, domínio afetivo, é um campo vasto para a semeadura e a obtenção de boas colheitas. A recíproca é verdadeira, quando plantamos o mal. Valorizemos o pequenino, mas generoso, gesto de carinho e de solidariedade. Ele pode ser o inicio de profundas mudanças na imortal alma humana. Assim como o uso de água e sabão podem fazer a diferença nos leitos hospitalares, onde micróbios resistentes a antibióticos costumam se alojar (4), a mãe portadora da vacina do amor pode realizar verdadeiros prodígios, no mínimo prevenindo obsessões na idade adulta.

O Dia das Mães é sempre “hoje”. No dia 7 de maio de 1988 Sonia B. Formiga enviou esse presente. 


Mãe (5)

Mãe triste, mãe contente! Mãe sem filhos, mãe de toda gente!
Mãe serena, mãe nervosa; mãe que grita, mãe que chora.
Mãe casada, mãe sozinha; mãe pequena, mãe gigante,
Mãe escrava, mãe rainha, mãe pertinho, mãe distante.


Mãe que implora, mãe que ri; mãe que pede, mãe que dá.
Mãe que fica, mãe que vai; mãe daqui, mãe de acolá.
Mãe de verdade, mãe emprestada, mãe madrasta, mãe madrinha,
Mãe tão nova!Mãe velhinha!


Minha mãe!

Te agradeço mãe querida, pelo muito que me deste.
Pela benção desta vida, pela alegria que há
Na beleza do caminho que estou a palmilhar.

Graças te dou, mãe querida, por me abrigar no teu seio,
Por teu colo, teu carinho, as noites de aconchego.

E peço a Deus que te cubra com as bênçãos da Redenção.
Que te pegue pela mão e te faça caminhar
Por estradas luminosas, onde nunca exista treva.

E onde eu possa te encontrar
Num dia talvez distante,
Te abraçar e confiante, tudo recomeçar...



Leitura complementar


(1) Pão Nosso. Emmauel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier
(2) Libertação.
(3) Jesus no Lar. A mensageira do Amor. Neio Lúcio, psicografia de Psicografia de Francisco Cândido Xavier
(4) Condição Microbiológica dos Leitos Hospitalares. Revista de Saúde Pública 34(2): 163-169, 2000.
(5) Mãe. Poesia de autoria de Sonia B. Formiga (07/05/1988), socializada através do Programa Interativo “Educar Para Crescer”, produção e apresentação de Marilena Motta Carvalho, na Radio Rio de Janeiro, RJ, no dia 05 de maio de 2015.

2 Comentários:

  • O amor contagia. Não existe ideia fixa que não seja superada pelo amor verdadeiro, como de uma Mãe.
    E o maior exemplo de "Libertação" que já encontrei é o relatado no livro que é muito bem representado pelo título. LIBERTAÇÃO de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.
    Marcos Fonseca

    Por Blogger Marcao, às 11 de maio de 2015 às 13:46  

  • Ao ler este Artigo, fiquei tomada pela emoção!"Só Sei que nada Sei", como disse o Filósofo. Mas, de uma coisa eu Sei:Tudo que aprendi e tudo que sou, devo à Mãe que Deus a Ela me enviou, para o necessário resgate.
    Parabéns!

    Por Blogger Unknown, às 13 de maio de 2015 às 18:43  

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