Por
Leonardo Paixão (*)
O
mundo da mediunidade é uma constante surpresa aos pesquisadores e estudiosos
atentos. O Codificador da Doutrina Espírita trouxe-nos as orientações precisas
para a pesquisa da fenomenologia espírita e, com sinceridade, chego a dizer que
em Espiritismo se havia dado a primeira palavra, mas não a última.
Pesquisadores
muitos surgiram no decorrer dos séculos e, muitos, recorreram a novas
nomenclaturas para o fenômeno mediúnico: Metapsíquica, Parapsicologia, Mentalismo,
etc. No avançar das pesquisas com sábios de renome como William Crookees,
Charles Richet, Ernesto Bozzanno. Enrico Imoda, Ferderic Myers, William James e
outros, vamos nos deparar com os fatos das materializações e também teremos os
casos de fotografia transcendental ou fotografia espírita. No Brasil, tivemos
pesquisadores como J. Herculano Pires, Cairbar Schutel, Deolindo Amorim, Carlos
Bernardo Loureiro, Odilon Negrão. Cairbar Schutel escreve em seu livro Histeria
e Fenômenos Psíquicos:
“A
existência do corpo astral já está mais que demonstrada e, para não nos
tornarmos fastidiosos, citamos, além de muitas provas, a dos Drs. Barlemont e
De Rochas obtidas pela fotografia do corpo de um médium e do seu duplo
momentaneamente separados.
A
placa, parece-nos, não pode ficar alucinada e nem está sujeita a ataques de
histeria”.
Apesar
de termos pesquisadores sérios dos fenômenos de fotografia transcendental com
William Hopes, Hanz Holzer, William Barret, Arthur Conan Doyle (ele mesmo, o
criador de Sherlock Holmes), muita fraude tem ocorrido, especialmente com a
evolução da tecnologia fotográfica e sobre fraudes espíritas, Kardec já
alertava sobre em O Livro dos Médiuns.
Uma amiga nossa, de nossa
cidade, Campos dos Goytacazes, RJ, a sra. M. F., mostrou-nos a seguinte
fotografia:
E nos
disse o seguinte: que ao mostrar esta fotografia a um sr. que dirige estudo de
O Livro dos Espíritos em casa espírita que frequenta, ele lhe disse que achava
se tratar de cordões fluídicos. Por minha vez lhe falei que o achismo não deve
entrar na pesquisa espírita e, como adverte Allan Kardec e o bom-senso, o
primeiro passo a dar nestes casos é buscar o parecer de um profissional
experiente e, com a autorização dela, isto fiz. O parecer do profissional, sr.
C. G. que é repórter fotográfico com mais de 20 anos de experiência foi o
seguinte:
“São
reflexos luminosos, devido o flash da câmera não ter sido usado e câmera com
sensor muito lento na hora das fotos, ele vai ler o ponto de luz e gravar e
acompanhar os dois fachos de luz ...”.
A sra.
M. F. alegou ainda que o flash estava funcionando, mas que era demorado tirar
fotos, ela tinha de pedir para as pessoas ficarem um tempo na pose senão a
máquina não registrava, apesar da máquina de boa tecnologia, logo, a lentidão
do sensor promoveu a distorção da imagem e fez aparecer reflexos luminosos.
O sr.
C. G. , enviou-nos as seguintes fotos com reflexos luminosos para compararmos:
Deixamos
aqui este relato para colocarmos o quanto devemos ter cuidado para não nos
levarmos pelo entusiasmo que o desejo de ter fatos vindos por nós que comprovem
a Imortalidade do Ser, e então nos colocar em posição de ridículo,
ridicularizando também a Doutrina de que
nos tornamos adeptos.
(*)
- Leonardo Paixão é trabalhador espírita em
Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando no Grupo Espírita Semeadores da Paz.
1 Comentários:
Querido Leonardo.
A Foto apresentada pela Sra M.F carece de mais atenção. Existe uma diferença entre a foto apresentada pela Sra e as fotos apresentadas pelo Sr C.G.
As fotos propostas pelo Sr C.G são uma técnica utilizada em baixa velocidade do obturador, captando o trajeto de um objeto luminoso, no caso específico os faróis dos carros que não aparecem nas fotos por estarem com a velocidade muito acima do registro da maquina.
No caso da Sra M.F. não visualizo a mesma técnica por não conseguir detectar nenhum objeto que faça a incidência direta do feixe de luz em direção ao obturador. Carecemos de uma pesquisa maior na referida foto
Por Di Donato:, às 14 de janeiro de 2015 às 18:33
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