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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Proselitismo e Divulgação, Onde A Fronteira?


Luiz Carlos Formiga


“Pelo seu poder moralizador,  por suas tendências progressistas,
 pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange,
o Espiritismo é mais apto,  do que qualquer outra doutrina a secundar
 o movimento de regeneração” (4)

Emmanuel afirma que o Espiritismo solicita uma espécie permanente de caridade, a caridade de sua divulgação (1). Em outro livro, nos fala de responsabilidade, dizendo que “toda religião apregoa o bem como preço do paraíso, mas só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever;  toda religião fala de penas e recompensas, mas só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina.”
O mentor espiritual de Chico Xavier pede que a dignifiquemos, pois nos consola e liberta.  Afirma ainda que a Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo e que é a nossa responsabilidade mais alta. Lembra-nos que dia virá em que seremos  convidados a prestar-lhe contas. (2)
 Ainda hoje, diversos beneficiários do Espiritismo se recusam a participar da sua divulgação e usam o argumento de que não devemos fazer proselitismo, não devemos interferir no livre arbítrio.
Divulgar postulados espíritas além de nossas fronteiras é importante e premente?
Deveremos divulgar por todos os meios e modos dignos ao nosso alcance?
Seria tarefa prioritária também entre todos os beneficiados? A verdade é que o equilíbrio, demonstrado pelo adepto, não fica apenas evidenciado quando diante da morte de entes queridos.
Seria justo ficar indiferente, diante da possibilidade de levá-lo também ao próximo?
Divulgar para espíritas seria inútil?
Como popularizarmos o Espiritismo?
Kardec orienta, no Projeto 1868 – Obras Póstumas: dois elementos concorrem para o progresso do Espiritismo. O estabelecimento teórico da Doutrina e os meios para popularizá-la.”
Estamos sendo tímidos ou indiferentes em relação à importância da divulgação aos não-espíritas?
Com as peças teatrais os princípios espíritas são divulgados aos não-espíritas, percorrendo todo nosso País. Filmes espíritas começam a surgir. A mídia impressa descobre o Espiritismo.
Um amigo nos faz pensar:  “nós espíritas estamos falando para nós mesmos”. O fato é que fazemos palestras para espíritas, congressos para espíritas, eventos para espíritas. Kardec deixa claro que o objetivo essencial é o nosso desenvolvimento espiritual, no entanto, o Espiritismo veio para propiciar as bases para uma nova sociedade.
 Alkíndar (5) deixa questionamento: será que não nos está faltando ousadia para quebrarmos os limites físicos dos nossos Centros Espíritas e levarmos a mensagem espírita além-paredes? E chega a uma conclusão: na ausência de nossa atuação eficaz na divulgação aos não-espíritas, a espiritualidade toma a iniciativa e induz não-espíritas a produzirem sérias reportagens em revistas de grande circulação; novelas com cunho espírita; filmes sobre temas espíritas.

Alguns mentores espirituais pedem para refletirmos diante de algumas questões:
1. A publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das ideias espíritas? Faria nascer o desejo de aprofundar os novos conhecimentos, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores, que logo cederiam diante do ascendente da opinião? (a)
2. Os espíritos desejam que levemos as suas palavras a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo devem transmiti-la através dos meios de comunicação, contagiando a sociedade com forças positivas, para que o país cresça e caminhe no rumo do progresso? (b)
3. Diante da informática, o espírita pode disfarçar a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação, usando pretextos pueris? (c e 6)
4. Considerando que a base é indispensável, para qualquer edificação, deveremos divulgar o Espiritismo em cada programa de rádio e televisão, ou programas outros de expansão doutrinária, conceitos e páginas das obras fundamentais do Espiritismo?(d)
Uma importante observação de Alkíndar: a  divulgação do Espiritismo aos não-espíritas não pode ter o objetivo de convertê-los. “O Espiritismo não será a religião do futuro, mas, o futuro das religiões”. Assim todos devem ter conhecimento dos postulados espíritas, pois são leis naturais (5)
“Os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos.”
Depois de nos tornamos beneficiários da Doutrina Espírita o que devemos fazer com Ela?

(a)  Allan Kardec;  (b) Eurípedes Barsanulfo;  (c) Vianna de Carvalho; (d) André Luiz

(1) Emmanuel. Estude e Viva, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB.
(2) Emmanuel. Religião dos Espíritos. Doutrina Espírita. Francisco Cândido Xavier FEB.
(3) Allan Kardec. Projeto 1868 – Obras Póstumas. FEB
(4) Allan Kardec. A Gênese. capítulo XVIII. FEB
(5) Alkíndar de Oliveira. Desenvolvimento Espírita, Editora Truffa .  http://neu-uerj.zip.net/
(6) NEU-UERJ comemora 15 anos de divulgação







1 Comentários:

  • A fronteira está no momento em que não respeito o outro, na sua maneira de pensar.
    Devemos divulgar com todos os recursos disponíveis sem tirar o direito do outro. Promover palestras, peças teatrais, filmes, shows com arte espírita abertas ao público em geral nos Centros Espíritas e nos locais públicos adequados. Não nos omitirmos quando solicitados a expressar a nossa opinião, respeitando a todos.
    Marcos Fonseca

    Por Blogger Marcao, às 29 de agosto de 2013 às 05:58  

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