|
Luiz Carlos Formiga |
“Pelo seu poder
moralizador, por suas tendências
progressistas,
pela amplitude de suas vistas, pela
generalidade das questões que abrange,
o Espiritismo é mais
apto, do que qualquer outra doutrina a
secundar
o movimento de regeneração” (4)
Emmanuel
afirma que o Espiritismo solicita uma
espécie permanente de caridade, a caridade de sua divulgação (1). Em
outro livro, nos fala de responsabilidade, dizendo que “toda religião apregoa o bem como preço do paraíso, mas só a Doutrina
Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever; toda religião fala de penas e recompensas,
mas só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação
que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina.”
O mentor espiritual de Chico Xavier pede que a dignifiquemos, pois nos
consola e liberta. Afirma ainda que a
Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo e que é a nossa
responsabilidade mais alta. Lembra-nos que dia virá em que seremos convidados a prestar-lhe contas. (2)
Ainda hoje, diversos beneficiários do
Espiritismo se recusam a participar da sua divulgação e usam o argumento de que
não devemos fazer proselitismo, não devemos interferir no livre arbítrio.
Divulgar postulados espíritas além de nossas fronteiras é importante e
premente?
Deveremos divulgar por todos os meios e modos dignos ao nosso alcance?
Seria tarefa prioritária também entre todos os beneficiados? A verdade é
que o equilíbrio, demonstrado pelo adepto, não fica apenas evidenciado quando diante
da morte de entes queridos.
Seria justo ficar indiferente, diante da possibilidade de levá-lo também
ao próximo?
Divulgar para espíritas seria inútil?
Como popularizarmos o Espiritismo?
Kardec orienta, no Projeto 1868 – Obras Póstumas: “dois elementos concorrem
para o progresso do Espiritismo. O estabelecimento teórico da Doutrina e os
meios para popularizá-la.”
Estamos sendo tímidos ou indiferentes em relação à importância da
divulgação aos não-espíritas?
Com as
peças teatrais os princípios espíritas são divulgados aos não-espíritas,
percorrendo todo nosso País. Filmes espíritas começam a surgir. A mídia
impressa descobre o Espiritismo.
Um amigo nos
faz pensar: “nós espíritas estamos falando para nós mesmos”. O fato é que fazemos palestras para espíritas, congressos para espíritas, eventos para espíritas. Kardec deixa claro
que o objetivo essencial é o nosso desenvolvimento espiritual, no entanto, o
Espiritismo veio para propiciar as bases para uma nova sociedade.
Alkíndar (5) deixa questionamento: será que
não nos está faltando ousadia para quebrarmos os limites físicos dos nossos
Centros Espíritas e levarmos a mensagem espírita além-paredes? E chega a uma
conclusão: na ausência de nossa atuação eficaz na divulgação aos não-espíritas,
a espiritualidade toma a iniciativa e induz não-espíritas a produzirem sérias
reportagens em revistas de grande circulação; novelas com cunho espírita;
filmes sobre temas espíritas.
Alguns
mentores espirituais pedem para refletirmos diante de algumas questões:
1. A publicidade, numa larga escala, feita nos
jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais
recuados, o conhecimento das ideias espíritas? Faria nascer o desejo de
aprofundar os novos conhecimentos, e, multiplicando os adeptos, imporia
silêncio aos detratores, que logo cederiam diante do ascendente da opinião?
(a)
2. Os
espíritos desejam que levemos as suas palavras a toda parte. Aqueles que possam
fazê-lo devem transmiti-la através dos meios de comunicação, contagiando a
sociedade com forças positivas, para que o país cresça e caminhe no rumo do
progresso? (b)
3. Diante da informática, o espírita pode disfarçar
a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação, usando pretextos
pueris? (c e 6)
4. Considerando
que a base é indispensável, para qualquer edificação, deveremos divulgar o
Espiritismo em cada programa de rádio
e televisão, ou programas outros de expansão doutrinária, conceitos e páginas
das obras fundamentais do Espiritismo?(d)
Uma importante observação
de Alkíndar: a divulgação do Espiritismo aos
não-espíritas não pode ter o objetivo de convertê-los. “O Espiritismo não será a religião do futuro, mas, o futuro das
religiões”. Assim todos devem ter conhecimento dos postulados espíritas,
pois são leis naturais (5)
“Os maus
são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos.”
Depois de
nos tornamos beneficiários da Doutrina Espírita o que devemos fazer com Ela?
(a) Allan Kardec;
(b) Eurípedes Barsanulfo; (c) Vianna de Carvalho; (d) André
Luiz
(1)
Emmanuel. Estude e Viva,
psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB.
(2)
Emmanuel. Religião dos Espíritos. Doutrina Espírita. Francisco Cândido Xavier FEB.
(3) Allan
Kardec. Projeto 1868 – Obras Póstumas. FEB
(4) Allan Kardec. A Gênese. capítulo
XVIII. FEB
(6) NEU-UERJ
comemora 15 anos de divulgação
1 Comentários:
A fronteira está no momento em que não respeito o outro, na sua maneira de pensar.
Devemos divulgar com todos os recursos disponíveis sem tirar o direito do outro. Promover palestras, peças teatrais, filmes, shows com arte espírita abertas ao público em geral nos Centros Espíritas e nos locais públicos adequados. Não nos omitirmos quando solicitados a expressar a nossa opinião, respeitando a todos.
Marcos Fonseca
Por Marcao, às 29 de agosto de 2013 às 05:58
Postar um comentário
<< Home