Carta aos amantes da Verdade Cristã
Louvado seja Deus! Os trabalhadores da primeira e segunda hora, receberam o selo dos sacrifícios corporais.
Através da fé, o mundo assombrou-se com a capacidade de resistência ao mal que os golpeava, exigindo-lhes sucessivos testemunhos de confiança na paternidade divina.
O sangue que coloriu de rubro a terra, as chamas que devoraram-lhe o corpos exaustos, as navalhas queretalharam-lhes os membros, pareciam o triunfo definitivo do mal, fincando nas ruínas humanasa bandeira do orgulho enlouquecido, agitada pelos falsos ventos das conquistas ilusórias.
As ordens de Cesar glorificavam os deuses de pedra. Do circo do martírio, homens, mulheres e jovens deixavam a vestimenta física, sob o aplauso delirante da ignorância.
Mas, dos cânticos de dor, silenciados pelos golpes da brutalidade, desdobrou-se sobre o mundo a música da mensagem cristã. A aparente derrota na cruz, transformava-se em vitória para os séculos futuros.
Todavia, o atraso espiritual da humanidade, cobriu de sombras a claridade do Evangelho Libertador.
A igreja, antes, refúgio e asilo das almas cansadas e esquecidas, ressuscita os falsos deuses, renascidos, não mais do mármore brilhante com que eram apreciados, e sim em moldes de carne, na figura de homens perversos, embriagados pelo vinho da vaidade
Da cadeira de Pedro, novo sopro de morte física e espiritual abate a Terra. Novamente, tornou-se necessário o mergulho das almas heróicas no
cativeiro do corpo. Acendem-se as fogueiras das torturas. Perseguições, humilhações e sofrimento eram o prêmio doloroso da fé que, se antes recusava-se a curvar-se diante de estátuas mudas, vestidas de falsa perfeição, agora, recusava-se a dobrar-se diante de homens falíveis que guindaram-se a si mesmo ao patamar de Deus !
As lágrimas silenciosas desses irmãos, eram o elemento preciosa que faltava na argamassa da esperança, possibilitando a Jesus, levantar as bases de um novo edifício social.
O que a reforma protestante iniciou, coube ao Consolador Prometido terminar.
E, hoje, meus amigos, sereis novamente sondados pelas potências infernais que transitam livremente em vosso meio. As máscaras da caridade, afiveladas ao rosto, ocultam a verdadeira face da hipocrisia.
Sereis chamados, novamente, ao testemunho de amor ao Altíssimo. Sim, quem sois vóis, senão aqueles mesmos campeões da verdade que, em tempos passados, não hesitaram em morrer por amor ao Pai ?
As fogueiras foram apagadas e as feras do circo já não encontram repasto em vossos corpos. Entretanto, os instrumentos de tortura são mais sutís. Deslocaram-se das oficinas que os elaborava para a boca dos homens. E o ferro que os modelava passou a ser a palavra de calúnia com que procuram sepultar os vossos esforços.
O inimigo tornou-se mais poderoso e inteligente. O lobo ameaçador, confundiu as ovelhas. Ocultou as garras assustadoras e aprendeu a seduzir pela voz mansa, prometendo felicidade em discursos vazados de promessas e garantias fantasiosas. E, assim, o rebanho vai marchando para o matadouro, sonhando com a vida e sendo surpreendido com a morte.
Amigos, sois, indiscutivelmente, os trabalhadores da última hora, revividos pelo fenômeno da reencarnação. A batalha apenas inicia-se.
Vosso corpos serviram de adubo para os campos do cristianismo nascente. Entretanto, será o suor do vosso trabalho atual que fertilizará a lavoura do bem, para que o alimento da verdade não faça-se ausente das mesas simples.
Não vos incomodeis com os dardos venenosos da mentira. Continuem marchando. Forças invisíveis vos protegem.
Unam as mãos espirituais de todos aqueles que revelam nas mesmas, as marcas do trabalho rude e ingrato, no socorro aos campos atacados pelas ervas daninhas da idolatria de vivos e mortos.
Infelimente, encontramos cegos que se comprazem na escuridão dos próprios olhos. E outros cegos que, mesmo capacitados para enxergar, preferem caminhar na mesma zona de sombras pelo qual transitam os primeiros. O destino de ambos, Jesus já mencionou...
Sedes fortes, pacientes, tolerantes e fujam dos braços convidativos do comodismo e do desânimo. O momento reclama energia na serenidade e serenidade na energia.
Apontar uma solução imediata para o delicado momento, seria retirar dos encarnados a possibilidade de conquistar a coroa da sabedoria.
A oração será sempre o poderoso veículo de comunicação dos filhos na Terra, com o Pai no céu.
O que não deveis fazer, jamais, é posicionar os próprios passos em labirintos de discussões estéreis ou resvalar para o terreno perigoso do personalismo.
Sede prudentes. Escutai as vozes dos sábios da espiritualidade que vos falam através dos livros da Codificação Espírita e cumpríreis o destino que os fez renascer no mundo.
O ódio pode tecer negras redes em torno de vocês, em fios de difamação, entre sorrisos de ironia.
Somente pela força do amor ágape e do perdão sincero é que saíreis ilesos dessas armadilhas ardilosas e cruéis.
O Senhor é conosco e, nós, devemos ser com Ele !
Do irmão de sempre,
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