DROGAS E ESPIRITUALIDADE. Instituições Religiosas e Dependência Química
Luiz Carlos D. Formiga
Embora a inteligência espiritual coletiva seja baixa, na sociedade moderna e possamos dizer que vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, a maioria das comunidades terapêuticas é mantida por comunidades religiosas. Isso é fácil de explicar.
No prefácio da Revista de Psiquiatria, escrito pelo professor da Universidade de Duke, podemos verificar números. Uma pesquisa on-line na PsycINFO, uma base de dados que contém 2,3 milhões de pesquisas e artigos acadêmicos de 49 países em 27 idiomas, usando as palavras-chave “religion”, “religiosity”, “religious beliefs” e “spirituality”, revela algumas tendências interessantes.
Quando o professor restringiu os anos da busca de 1971 a 1975, foram identificados 1.113 artigos, mas ao repetir a pesquisa restringindo-a aos anos entre 2001 e 2005, obteve 6.437 artigos, havendo um aumento de mais de 600% em 30 anos. Assim, parece ocorrer um rápido incremento na pesquisa e discussão acadêmicas relacionadas à relação entre religião, espiritualidade e saúde mental.
Mudanças começaram a ocorrer na área da saúde mental na década de 1990 e na virada para o século vinte e um.
Investigações sistemáticas passaram a demonstrar que pessoas religiosas não eram sempre neuróticas ou instáveis e que indivíduos com fé religiosa profunda, na realidade pareciam lidar melhor com estresses da vida, recuperar-se mais rapidamente de depressão e apresentar menos ansiedade e outras emoções negativas que as pessoas menos religiosas.
Além disso, esses achados provinham não apenas de grupos de pesquisadores dos Estados Unidos, mas também de cientistas no Canadá, Grã-Bretanha, Irlanda, Espanha, Suíça, Alemanha, Holanda, outras áreas da Europa, Tailândia, Austrália, Nigéria, Egito, Oriente Médio e Índia.
O que se encontra sobre a religiosidade, a espiritualidade e o consumo de drogas?
A Revista de Psiquiatria, no seu suplemento de 2007, com Sanches, Z.M. & Nappo, S.A., nos informa que a “religiosidade e a espiritualidade vêm sendo claramente identificadas como fatores protetores ao consumo de drogas em diversos níveis.
Os dependentes de drogas apresentam melhores índices de recuperação quando seu tratamento é permeado por uma abordagem espiritual, de qualquer origem, quando comparados a dependentes que são tratados exclusivamente por meio médico. Concluem que “devido ao forte papel de assistência social das religiões no Brasil, a exploração deste tema no contexto brasileiro seria de grande relevância para a saúde pública.”
http://www.espiritualidades.
http://www.espiritualidades.
http://www.jornaldosespiritos.
RADIS Comunicação em Saúde nº 108, agosto de 2011, traz na página 5, uma súmula com o título: “Comunidades Terapêuticas No Apoio a Dependentes Químicos.
http://www4.ensp.fiocruz.br/
Nela podemos constatar que as entidades religiosas são importante recurso comunitário de apoio ao tratamento da dependência química no Brasil, embora alguns espíritas insistam em apontar em outra direção. Estes espíritas não estudaram o assunto e remam contra a maré, nos fazendo lembrar alguns elementos do governo e o ditado que diz “que a inteligência é pecado sem perdão, quando mediocridade tem poder de decisão”.
Nossos políticos estão oferecendo maus exemplos e nossas crianças vão acabar achando que corrupção é coisa normal.
http://orebate-jorgehessen.
Infelizmente nas nossas famílias também vamos encontrar maus políticos em relação a drogas socialmente aceitas. O depoimento que vem da secretária da Associação Médico Espírita (AME-Carioca) é revelador:
"Ando bastante preocupada, pois como realizo avaliação neuropsicológica, acabo me deparando com alguns transtornos nas crianças/adolescentes, cujos responsáveis fizeram ou fazem uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas e a consequência é que os filhos estão abrindo cada vez mais cedo transtorno de conduta e comportamento anti-social, dentre outras coisas. Estou assustada."
Afinal, o exemplo arrasta.
http://www.espiritualidades.
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