Médicos, Médiuns “de Bem” e o Aborto.
LUIZ CARLOS FORMIGA
A maneira pela qual os dedos do médium repousam sobre os objetos desafia a mais consumada destreza de sua parte no intervir, de qualquer modo, no traçar das letras. Mas, admitamos que a alguém, dotado de maravilhosa habilidade, seja isso possível e que consiga iludir o olhar do observador; como explicar a natureza das respostas, quando se apresentam fora do quadro das idéias e conhecimentos do médium?
Pode-se demonstrar que certas comunicações são completamente estranhas aos pensamentos e conhecimentos dos médiuns, às opiniões dos assistentes, que essas comunicações são espontâneas e contradizem idéias preconcebidas.
Outros dizem que são manifestações do “espírito do mal”, isso é admitir a comunicação. Resta explicar porque Deus permite sem nos dar por contrapeso os conselhos dos bons Espíritos?
Temos um problema. Um fato demonstrado é o de que os Espíritos inferiores muitas vezes adotam nomes respeitados. Desejam assim adquirir credibilidade, atendendo ao programa de qualidade. Essa é uma das dificuldades do Espiritismo prático (1).
Diante do aborto, como se posicionam médicos, médiuns, “de Bem”
Em “Ensino, pesquisa e ética”, na revista Tendências do Trabalho, (Editora Tama), 312 (agosto): 8-10, 2000, comentamos que o progresso tecnológico da biomedicina levanta problemas éticos, que requerem da bioética uma reflexão prática. A questão “o que posso fazer?” deve estar acompanhada das perguntas do imperativo ético “o que devo fazer? o que é bom fazer? qual é o bem a ser preservado e o bem a ser promovido”.
No Hospital Universitário (UFRJ) um dos princípios básicos do Programa da Qualidade é a satisfação do cliente. Surgiu assim a Caixa de Sugestões como "um canal de aferição da satisfação." Além de auxiliar no diagnóstico da qualidade ela "é um meio para fazer valer os direitos dos clientes como cidadãos na busca da qualidade na instituição"(2)..
Uma vez por mês, os formulários são analisados e compactados em forma de relatório e enviados às divisões, coordenações e à Direção Geral. Os relatórios respondidos são encaminhados ao Comitê da Qualidade.
Como no hospital o Centro Espírita também cuida da prudência, diligência e perícia. No entanto, já vimos pessoas solicitando ajuda e que foram encaminhadas ao "desenvolvimento mediúnico" com o diagnóstico de "problemas de mediunidade". Encontrei uma em visível desequilíbrio fazendo entrevista, no "apoio fraterno". Posteriormente, fui encontrá-la como médium-passista.
Nem sempre a teoria exposta no planejamento das atividades é encontrada na prática, fazendo lembrar Emmanuel: "entre saber e fazer há uma grande diferença".
Um Redator nos chamou a atenção para o texto "Reputação Médica" encontrado na Revista do Conselho Federal de Medicina, maio-junho de 2000. Dr. Gallo escreveu que "a boa reputação é a pedra de toque de seu poder de cura. Nenhuma outra profissão exige maior credibilidade que a médica..." Recordando Chico Xavier fizemos transferência: nenhuma exige maior credibilidade que a de médium. Enquanto Gallo comentava e íamos pensando no fenômeno mediúnico.
"A exigência de boa conduta transcende aos atos médicos. Não há como dissociar o pessoal do profissional. Se agir mal como pessoa, será grande a repercussão através da mídia."
Não sei se Gallo exagerou: "nenhuma outra profissão exige maior credibilidade", Senadores talvez não concordem. E a mediunidade?
Credibilidade é fundamental em qualquer lugar, assim como competência, por isso, discutimos a importância da prudência, da diligência e da perícia na medicina laboratorial (3)
Médiuns que são visitados pelo orgulho e pela vaidade não são competentes.
Na medicina, há aqueles socialmente respeitáveis, mas deficientes na formação profissional, que prescrevem terapias inadequadas e (ou) danosas a seus clientes, cometendo um erro médico. Em mediunidade um fator complicador é a obsessão, quando ele não mais se esforça para resistir diante das suas inclinações menos éticas(4).
Hipócrates deixou um corpo de doutrina em que demonstrou preocupação com o desempenho de seus discípulos e firmou as bases das normas éticas para os médicos. Allan Kardec firmou as bases éticas para o médium, quando estudou o "Homem de Bem" (6).
Você é Médium “de Bem”?
Faça auto-avaliação, mas não esqueça que esta resposta exige raciocínio do domínio cognitivo, que é sempre influenciado pelo afetivo.
Como em algumas provas do vestibular, espíritos desencarnados adversários ajudam a obter “nota falsa” mais alta.
Para realizar a tarefa vamos precisar de "gabarito". Quais são os caracteres do “Homem de Bem”, encontrado em Kardec. Consulte rapidamente o link de nº 6.
Anteriormente, comentando causa de evasão de jovens, lembrei que
eles acabam aprendendo a avaliar a fé dos familiares. Com pais espíritas de fachada, o que é pregado não é vivenciado, sentem-se frustrados. Aprendem que devem amar ao próximo, mas os pais não vivem de acordo com esse preceito, se sentem traídos (5). Um bom modelo é como o do programa de televisão: “Um Homem Chamado Amor”.
O que orienta Chico Xavier, no Pinga-Fogo? (7)
(1) O Livro dos Espíritos. Introdução. FEB. 34ª ed.
http://files.dropbox.com/u/
(2) Médicos e Espíritas Verdadeiros. FRATERNIDADE, (Lisboa), 464: 3-8, 2002.
http://www.iqm.unicamp.br/~
http://www.recantodasletras.
(3) Um "centro de referência" na UERJ: prevenindo demandas judiciais.
(4) Médium: Cuidado Perigo! Rev. Intern. de Espiritismo (RIE), Ano LXXIV, Nº 3, 1999.
http://www.iqm.unicamp.br/~
http://www.espirito.org.br/
(5) Deixe Claro Para seu Filho.
http://www.iqm.unicamp.br/~
http://www.aeradoespirito.net/
(6) http://www.juli.
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