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domingo, 13 de junho de 2010

Ver para crer ou a fé que move montanhas



por Roberto Cury
robcury@hotmail.com

“Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. João, 20:24 e 25.

“E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.” João, 20: 27 a 29.

O homem, mesmo proclamando a fé, não a tem como um sentimento firme e definitivo. Há os que tudo duvidam e ainda subestimam a fé alheia, criando ensanchas mal-feridas que podem trazer mágoas profundas nos espíritos mais frágeis e vacilantes na construção do seu edifício espiritual.
Os que descrêem e, ainda, tripudiam sobre a fé dos outros, tornam-se responsáveis pelo retardo no crescimento espiritual alheio, além do prejuízo causado a si mesmo, pois que todas as ações ou omissões produzem efeitos imediatos e essas repercussões são-lhe creditadas para a sua própria infelicidade futura.
Há aqueles que não têm fé e que abandona todo e qualquer empreendimento porque não enxerga finalidade, pois acredita que o mundo e as pessoas não prestam.
Outras vezes, contesta suas próprias ações com acendrado orgulho, repudiando o “desonroso servilismo”. Ou, ainda, descartando honrosas posições de destaque, dizendo: “não mereço... sou indigno da honraria”.
Quando Jesus nos garante: “vou preparar-vos o lugar”. (João, 14:2), Ele credita ao cristão leal, a fé que move montanhas. Porém, no dizer de Emmanuel, Fonte Viva, item 44, “Tenhamos Fé”, que por destoar do comum da coletividade, sofre descaridosas humilhações: relaxado, covarde, tolo, orgulhoso, servil, incompetente, cruel, vaidoso, fingido, egoísta, personalista, oportunista e outras desairosas acusações.
No Evangelho segundo o Espiritismo, ao tratar do “Poder da Fé” Kardec escreveu: “considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo”. E logo, conclui: “A fé sincera e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim”.
Realmente, aquele que tem fé, tem certeza, confia.
Sempre tem Jesus como Guia, Irmão Maior, Caminho, Verdade e Vida.
Nunca derrama lágrimas de tristezas, sempre de emoções em face da beleza da Vida, da certeza da Justiça Divina, da Bondade de Deus refletida no Seu Amado Filho Jesus.
Sempre confia as dúvidas ao Mestre Amado que jamais deixa órfão nenhum cristão.
Sempre conta-lhe das dificuldades e Ele jamais deixa de apontar soluções.
Quando está nas encruzilhadas, Ele mostra os melhores caminhos a seguir com alegria.
Quando sorri para as pessoas, mesmo aquelas que estavam entristecidas por alguma razão, Ele já havia indicado que o sorriso era o remédio eficaz para curar feridas.
Quando se sente inútil, Ele fala sobre a utilidade das ações diante de fatos, circunstâncias e pessoas que necessitam de algum gesto. Então, nunca se sente perdido, porque sempre confia em Jesus e Ele, com a Graça dos Espíritos Puros, fá-lo levitar acima da gravidade da Terra como que antecipando a fase da angelitude a que todos chegarão.


“Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível.” (Mateus, XVII:20).

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