.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O centro espírita pode funcionar num casebre



Sérgio de Jesus Rossi

Brasília-DF

Caro Jorge,

Acabei de ler o artigo inteiro e concordo plenamente.

Lembro-me de que, há pouco tempo, ouvi espíritas comentando, com entusiasmado apoio, que o movimento espírita se tornaria gradativamente mais “atuante” na divulgação de suas idéias e realizações.

Há realmente portais na internet que advogam essa postura, e criticam, com muita ênfase, a “mania” dos espíritas tradicionais de, segundo eles, “ficarem muito na sua”, escondidos, enquanto outras religiões, que, de concreto talvez produzam menos, estão sempre presentes nos meios de comunicação.

São muito mais visíveis pelo público do que o Espiritismo.

Lembro-me também de ter ouvido comentários sobre a “necessidade” de apoios externos na consecução de determinados objetivos; algo como “afinal, há políticos em todas as posições relevantes da administração pública e alguns direitos somente são reconhecidos quando se tem a pessoa certa no lugar certo”.

As palavras são minhas, mas reproduzem o sentido das frases que ouvi.

Respondi a um amigo para explicar que eu discordava dessa possível postura mais “agressiva”; dizia eu que ficaria muito triste se, em algum futuro indesejável, acabasse assistindo a nossa doutrina a disputar espaço nas redes de televisão, em concorrência com irmãos que advogam outras crenças, e, na verdade, já dominam muitos horários.

Disse que preferia a divulgação pelas obras, segundo o ensinamento primevo e magistral de Kardec, pelo qual se conheceria o espírita pelo seu esforço pessoal em se reformar e evoluir.

Em termos mais simples, o centro espírita pode funcionar num casebre, talvez não consiga ajudar a toda uma comunidade, mas auxiliará alguns a obter uma vida mais equilibrada e produtiva.

Segundo Paulo de Tarso, a fé sem obras é morta, e sabemos que a menor ação concreta em favor do irmão necessitado, por ínfima que seja, é suficiente para que ela – a fé – se mantenha viva e presente.

Não tenho mais o texto que escrevi, mas recebi a resposta de que as coisas mudariam, era só esperar.

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home