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Luiz Carlos Formiga |
Numa mensagem do Irmão X verificamos que quatro velhos publicanos apareceram, de chofre, buscando o verbo reconfortante de Jesus.
Compadecido o Excelso Benfeitor chamou Simão.
- Pedro, nossos irmãos chegam à procura de renovação e de afeto... Rogo sejas, junto deles, o portador do Bem Eterno!... Ampara-os com a verdade, prossigamos em nossa tarefa de amor ...
O apóstolo relanceou o olhar pelos circunstantes e fez-se arredio e casmurro, esperando-lhes a manifestação.
Foi Eliúde, o joalheiro e mais velho dos quatro, que se ergueu e solicitou com modéstia:
- Discípulo do Senhor, ouvimos a Nova Revelação e temos o espírito repleto de júbilo!... Compreendemos que o Messias Nazareno vem da parte do Todo-Poderoso arrancar-nos da sombra para a luz, da morte para a vida... Dileto companheiro das Boas Novas, Que instruções e bênçãos nos dás? Temos sede do reino de Deus que o Mestre anuncia! Aclara-nos a inteligência, guia-nos o coração para os caminhos que devemos trilhar!...
Simão, contudo, de olhar coruscante, qual se fora austero zelador de consciências alheias, brandiu violentamente o punho fechado sobre a mesa, e falou, ríspido:
- Conheço-vos a todos, oh! Víboras!...
E, apontando o dedo em riste para Eliúde, aquele mesmo que tomara a iniciativa do entendimento, acusou-o, severamente:
- Que pretendes aqui, ladrão das viúvas e dos órfãos? Sei que ajuntaste imensa fortuna à custa de aflições alheias. Tuas pedras, teus colares, teus anéis!... que são eles senão as lágrimas cristalizadas de tuas vítimas? Como consegues pronunciar o nome de Deus?...
Voltando-se depois para o Moabe, Zacarias e Ananias, disse-lhes duras verdades. Depois, alçou os braços para o teto, como quem se propunha irradiar a própria indignação, e rugiu: - Súcia de ladrões, bando de malfeitores!... O Reino de Deus não é para vós!...
Nesse justo momento, Jesus reentrou na sala, acompanhado de alguns amigos, e, entendendo o que se passava, contemplou, enternecidamente, os quatro publicanos arrasados de lágrimas, ao mesmo tempo que se abeirou do pescador amigo, indagando:
- Pedro, que fizeste?
Simão, desapontado à frente daqueles olhos cuja linguagem muda tão bem conhecia, tentou justificar-se:
- Senhor, tu disseste que eu deveria amparar estes homens com a verdade...
- Sim, eu falei “amparar”, nunca te recomendaria aniquilar alguém com ela...
Assim dizendo, Jesus aceitou o convite que Jeroboão lhe fazia para sentar-se à mesa e, sorrindo, insistiu com Eliúde, Moabe, Zacarias e Ananias para que lhe partilhassem a ceia.
Irmão X continua a narrativa demonstrando que, para Jesus, a criatura humana é o maior “investimento divino”.
Teria Jesus falhado ao escolher Pedro?
Sabemos que Pedro teve um importante papel no início do Cristianismo e em João (1:42) Jesus predisse que ele demonstraria a fortaleza de uma rocha.
– Ora, Jesus caminhando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos Simão chamado Pedro e André seu irmão que lançavam suas redes ao mar porque eram pescadores, – e ele lhes disse: Segui-me e eu vos farei pescadores de homens. – Tão logo eles deixaram suas redes e o seguiram.
No livro A Gênese, Cap. XV. Vocação de Pedro, André, Jacó, João e Mateus, o Codificador da Doutrina Espírita aclara que Jesus não se equivocou ao convidar Pedro para compor a sua equipe.
Recentemente pudemos palestrar sobre esse item, numa reunião pública. Para o vídeo apontamos palavras-chave: vocação, talentos, vista-dupla, olhos da alma, mediunidade, Hanseníase, verdade e iatrogenia..
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