“Que
tenham vida, e a tenham com abundância.”
João 10:10
Por
Jane Maiolo
“Setembro amarelo” é a campanha de
conscientização sobre a prevenção ao suicídio e tem como objetivo alertar a
população a respeito da trágica realidade demonstrada estatisticamente pelo
relatório da OMS- Organização Mundial de Saúde.
Segundo dados da OMS, cerca de 804.000 pessoas
cometem suicídio anualmente, ou seja, a cada 40 segundos uma pessoa se suicida
no mundo e no Brasil os números são impressionantes, são cerca 32 suicídios por
dia.
As
causas que motivaram esses atos extremos contra o próprio instinto de
conservação são variadas, porém na sua quase totalidade o comportamento suicida
está associado às patologias de ordem mental que talvez nunca sejam
diagnosticadas.
De
cada 10 casos de suicídio 9 são preveníveis, e após o início dessa campanha,
que acontece a nível internacional, há de se esperar que o paradigma do
Tabu/Suicídio seja alterado de maneira positiva. Hoje é possível maior
esclarecimento quanto a essa psicopatologia. Esquadrinhar protocolos de
respostas mais assertivos é medida extremamente urgente. Prevenção salva vidas.
Sentir-se
triste durante a maior parte do dia não é um comportamento normal, embora há
quem defenda que o seja. Não descobrir a vivacidade nas relações sociais e na coexistência
com as pessoas demonstra um comportamento psicoemocional corrompido. Sentir-se
sem energia vital, irritadiço e trazer pensamentos negativos, em tempo integral
ou na maior parte do tempo, são reforçados indícios de que é hora de falar
sobre as “angústias armazenadas ao longo de um período”, pois falar ainda é a melhor solução!
O amor
a si mesmo e as coisas da vida devem ser procurados por todos nós. Procurar
ajuda clínica, humana e religiosa são iniciativas valiosas para que se possa
sentir-se integrado a um grupo social. O sentimento de pertencimento deve ser
construído na formação de nossa identidade social, pois compõe uma rede de
proteção contra a ideação suicida.
Quando
se adoece psiquicamente o julgamento de terceiros deve ser evitado, pois o
doente precisa de acolhimento, amparo e “colo”. É como a ave que após a
tempestade quer retornar ao ninho. O “ninho familiar” deve ser o porto seguro
onde a proteção e o carinho sejam evidentes.
Precioso
lembrar que o suicida não quer morrer, ele quer livrar-se da extrema dor moral
e emocional que o acompanha. Em períodos de crise sua percepção da realidade
está totalmente distorcida, então ele não tem o discernimento que os outros têm.
Para ele, sua dor é intolerável, o futuro lhe parece um sofrimento inescapável
e sua angústia será interminável. Ilude-se no torvelinho do desespero e planeja
sua retirada da vida, assim, sem um “adeus” ou se lançando em despedidas
justificadoras sem o lastro lógico da própria consciência trânsfuga.
Verbalizar
os nossos estados emocionais é um recurso terapêutico a disposição de todos. Procuremos
os amigos, escancaremos o coração e protejamos a nossa oportunidade de viver a
vida em plenitude, até porque a vida é
um dom e viver é a única alternativa!
*Jane
Maiolo – É professora de Ensino Fundamental, formada em Letras e pós-graduada
em Psicopedagogia. Vice-presidente da Sociedade Espírita Allan Kardec de
Jales/SP. Pesquisadora do Evangelho de Jesus. Colaboradora da Agenda Brasil
Espírita- Jornal O Rebate /Macaé /RJ – Jornal Folha da Região de Araçatuba/SP
–Blog Bruno Tavares Recife/PE-Articulista da RAE e colaboradora do site
www.kardecriopreto.com.br- Apresentadora do Programa Sementes do Evangelho da
Rede Amigo Espírita. janemaiolo@bol.com.br -
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