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segunda-feira, 7 de julho de 2014

MEDIUNIDADE – DE PENTECOSTES AOS NOSSOS DIAS



Por Leonardo Paixão (*)
Após Jesus ter se elevado e desaparecido (Atos 1:9-11), a mediunidade manifestou-se perante um público internacional, era o Dia de Pentecostes, também chamado de Festa da Colheita, comemorado 50 dias após a Páscoa, era uma festa de ação de graças pelas colheitas e judeus de várias nações se reuniam em Jerusalém pela Festa de Pentecostes, como nos relata Lucas no livro de Atos 2:1-6:
“Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua”.

Estava cumprida a profecia de Joel 2:28-29 e o desejo de Moisés (Números 11:29). Ocorreram três fenômenos no dia de Pentecostes, dois de efeitos físicos – “som, como de um vento veemente e impetuoso” e “línguas..., como que de fogo” – e um de efeito inteligente: “começaram a falar em outras línguas”, fenômeno de xenoglossia em que o médium sob a influência do Espírito fala em idioma que desconhece. Para um estudo aprofundado de tão empolgante assunto, aconselhamos a leitura do livro Xenoglossia, de Ernesto Bozzano, edição da FEB.
Após Pentecostes, a mediunidade estava tão difundida pelas igrejas que, em locais como Corinto, os ciúmes em relação à capacidade mediúnica estava dividindo a Igreja. Paulo, no capítulo 12 da primeira epístola aos Coríntios, explica a distribuição de dons e no versículo 31 exorta: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”. O que ocorreu na comunidade cristã de Corinto ocorre no meio espírita, há médiuns que querem ser dotados de todas as faculdades mediúnicas, não se contentando com a que Deus lhes outorgou, esquecendo-se da advertência de Paulo e do Espírito Sócrates:
“Quando existe o princípio, o gérmen de uma faculdade, esta se manifesta sempre por sinais inequívocos. Limitando-se à sua especialidade, pode o médium tornar-se excelente e obter grandes e belas coisas, ocupando-se de todo nada de bom obterá. Notai, de passagem, que o desejo de ampliar indefinidamente o âmbito de suas faculdades é uma pretensão orgulhosa, que os Espíritos nunca deixam impune. Os bons abandonam o presunçoso, que se torna joguete dos mentirosos. Infelizmente, não é raro verem-se médiuns que, não contentes com os dons que receberam, aspiram por amor próprio, ou ambição, a possuir faculdades excepcionais, capazes de os tornarem notados. Essa pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de médiuns seguros” ( O Livro dos Médiuns – 2° Parte, cap. XVI, item 198).

É assunto para reflexões mais sérias.
 (*)  Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, poeta, tem críticas literárias publicadas no site orientacaoespirita.org e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos no jornal eletrônico O Rebate. Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo de mensagens esclarecedoras, poesias e cartas consoladoras.


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