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sexta-feira, 21 de março de 2014

Sinopse do livro Jardim da Infância - João de Deus

                                                 
José Sola

Nesta obra, o espirito maravilhoso de João de Deus, através da psicografia de Francisco Candido Xavier, nos mostra o carinho que a espiritualidade maior tem para com as crianças.
Sabemos de que esses espíritos de momento reencarnados como crianças, variam em sua condição evolutiva, temos alguns que já fizeram uma maturação maior, e a reencarnação lhes proporcionara uma evolução mais direta, isto é aproveitarão as experienciações e vivenciações melhor. 
Outros ainda imaturos, conservando a revolta, a inclinação para o mal, aproveitam a reencarnação de maneira diferente, vivendo uma vida de paixões torpes e de maldades, entretanto proveitosa, pois a vivencia dessas experiências no mal, lhes provoca uma reação vibracional, impulsionando-os através da dor e do sofrimento para a harmonia de que necessitam viver. 
O que não podemos nos esquecer é de que Deus é a harmonia do universo, e nós que somos vidas de Sua vida, estamos fatalizados a evoluir, então essas reencarnações aparentemente sem importância respondem ao mecanismo da evolução.
E a infância é o momento mais apropriado para orientarmos esses espíritos, pois nesta fase da existência os mesmos são mais acessíveis a assimilar as informações, e mesmo aqueles espíritos ainda imaturos, que nos parece que não vão aproveitar essas informações, também as assimilam é natural que os mesmos não vão se modificar de imediato, por faltar-lhes a maturidade, mas acontecera um momento em que  essas informações despontaram em suas vidas na eternidade, auxiliando-os na sua evolução. 
Importa realmente termos um carinho especial para com as crianças, pois as mesmas serão os homens do amanhã, e orienta-las é o nosso maior dever. 
Investir na educação da criança, - e eu não me refiro àquilo que chamamos de educação, quando lhes oferecemos cultura enriquecendo lhe o intelecto, embora estas informações façam parte da evolução do espirito, - mas importa informar-lhe muito mais lhe apresentando a moral que nos foi ensinada por Jesus.
Sem esta moral que nos educa a alma, através da reforma intima que realizamos, não acontece realmente a educação, mas a polidez, em que o espirito ainda deseducado, controla seus impulsos em momentos em que ele sabe que não deve agir de forma grosseira, porque será repreendido, e poderá mesmo prejudicar-se, mas que infelizmente em casa é um verdadeiro déspota para com seus familiares.
Educação é equilíbrio, é respeito ao próximo, é um comportamento constante em nossas vidas, é a resultante da evolução realizada da parte de  um espirito, que assimilou as lições inesquecíveis do Mestre Jesus.
Infelizmente nós, devido à inversão quase que absoluta de valores em que nos demoramos passamos orientações equivocadas as nossas crianças, pois as informamos quanto a necessidade de estudar, apreender, no intento de obter bens materiais, fazendo-as acreditar que a vida se resuma a conquista destes bens.
Ainda não compreendemos que a evolução do espirito eterno, se realiza na conquista dos valores materiais e espirituais, pois entendemos que buscando os valores materiais, o espirito desenvolve sua inteligência, desenvolve seus valores éticos, conquista o conforto necessário para si e para a sua família; mas será que os bens materiais, realmente propiciam a felicidade do eu eterno?
Nós que estudamos a doutrina espirita, não temos como dissociar o espirito da matéria, pois apreendemos que a partir da maturação da substância, quando a centelha divina do Criador, inicia sua caminhada em busca da individualidade no reino do minério, tem como berço a matéria e desta depende para maturar seu eterno vir a ser.
Então fica subtendido que matéria e principio inteligente, se demoram em simbiose infinita, pois como já vimos em nossos estudos à centelha divina, (principio inteligente), é quem propicia a evolução da matéria, pois não houvesse o principio inteligente a insuflar a matéria, e independente de viver a substância a mutação de matéria para energia, de energia para matéria infinitamente, não aconteceria a maturação desta, em outras palavras, a matéria não evoluiria. 
Como informado, não temos como dissociar o espirito da substância, pois num determinado momento de sua evolução, ele não mais retorna a matéria física, mas continua na eternidade se utilizando da substância em forma de energia, pois na evolução eterna que o espirito realiza, ele carece de habitat e de aparatos apropriados a sua condição vibracional, muito mais rarefeita e sutil em que se demora.
E a substância na mutação de matéria para energia, e de energia para matéria, através de bilenios, evoluí e não volve mais a condição de matéria solida, a partir de então a mesma continua sua evolução na condição de energia, mas como retro informado, continuara em simbiose com o  espirito em sua caminhada evolutiva na eternidade.
Isto apresentado vemos quanta inocência da parte dos cientistas de um lado, e do outro da parte dos religiosos ortodoxos, pois os cientistas entendem que a inteligência que se manifesta na vida, tem como causa a matéria, que não existe espirito, esta é elaborada pelas células neuronais, invertendo a causa pelo efeito, pois o espirito é a causa, as células neuronais agrupadas, não passam de um instrumento pelo qual o espirito manifesta sua inteligência. 
O espirito é o centro das manifestações e sensações que se manifestam na vida humana, o corpo é apenas um instrumento do mesmo, tanto é assim que quando do fenômeno denominado morte, o corpo de matéria não passa de um cadáver com a boca hirta e as mãos enregeladas, não tem percepção de sensação alguma.
Os espiritualistas por sua vez, entendem que a matéria é uma prisão para o espirito, é um instrumento de que Deus se utiliza para penitenciar o mesmo, longe estão de compreender de que a matéria é o berço em que a alma dormita, e que a mesma propicia a maturação do eu inteligente na eternidade, pois nada estaciona, tudo evoluí, a evolução é um mecanismo ininterrupto da vida no universo. 
Compreendendo que não existe esta dissociação de espirito e matéria, não aguardaremos a morte para então evoluir, compreenderemos que estando encarnados ou desencarnados, revestidos de um corpo de matéria físico, ou não, encontramos campo apropriado para fazermos a nossa evolução na eternidade.
Importa informar nosso s filhos dessas realidades eternas, pois na inversão de valores em que nos demoramos, e lhes apresentamos, lhes desenvolvemos a ambição, o egoísmo, a vaidade, pois lhe omitimos de que os verdadeiros valores do espirito eterno, são a inteligência e o amor, de que os bens materiais não passam de materiais didáticos que nos oferece o Criador da vida, na grande escola que é a terra, em que Jesus é nosso Mestre amado.
Necessário se torna, esclarece-los de que não levaremos em nossa caminhada eterna, os bens terrenos, mas unicamente as virtudes que hajamos praticado o amor que hajamos desenvolto em nosso coração, que os bens terrenos continuarão na terra, vivendo mesmo as modificações que o mecanismo da evolução determina.
É importante lembra-los de que assim como os matérias didáticos livros, cadernos, lápis, borracha, etc. de que se utilizarão para a conquista do aprendizado didático um dia desaparecera, e tornar-se-á esquecido mesmo, o mesmo sucedera para com os bens terrenos, restando apenas as experiências conquistadas na aplicação desses bens.
Mas assim como os materiais didáticos nos propiciaram a conquista do aprendizado, aprendizado este que nos propicia a oportunidade de vivermos nossa vida material de forma estável, e confortável mesmo, os bens materiais nos apresentarão um legado de evolução espiritual, de felicidade e de luz.
Não devemos nos esquecer de que os valores materiais, e mesmo a conquista da cultura, através do desenvolvimento do intelecto, não propiciam a felicidade, enquanto não hajamos desenvolto em paralelo, os sentimentos do amor e da moral, temos conhecimento de mansões suntuosas, em que a cultura esmera, os bens materiais sobejam, mas falta-lhes a moral do Cristo, falta-lhes o amor, tornando os bens materiais, e a cultura convencional ineficientes para a conquista da felicidade.
Estas mansões suntuosas acabam se transformando em mausoléus frios, em que os habitantes do mesmo, mais se assemelham a múmias caminhando incertas, indefinidas, aparentando em sorrisos forjados, uma alegria que não existe.   
Lógico, isto que aqui afirmo não é uma regra, existem lares abastados que vivem a felicidade, pois não é a condição social que propicia a felicidade ou a infelicidade, esta depende da condição evolutiva do espirito, isto esclareço para que não pensemos que eu me demore fazendo apologia a miséria.
Assim como existem mansões em que as famílias que as habitam se demoram infelizes, existem também casebres, em que as famílias vivem infelicitadas, e estas por entenderem de que para se sentirem realizadas, necessitam viver as condições sociais dos que habitam essas mansões, vero engano. 
Mas existem seres humanos, tanto abastados, quanto menos favorecidos pelos bens terrenos, que vivem felizes, por entenderem de que os bens materiais são transitórios, e que a família composta de esposos, filhos, filhas são um patrimônio sagrado que Deus nos propicia na vida, não existe um patrimônio que se iguale a esse.
Então vamos primar pela educação de nossos pequeninos, iniciando a mesma em nossos lares, nós que fazemos parte da doutrina espirita, procuremos acordar-lhes a mente e o coração para o evangelho de Jesus, pois como retro informado, a cultura, os conhecimentos adquiridos nas diversas ciências que fazem parte de nossa sociedade, não é educação, pois temos muitos homens que são doutos, mas infelizmente deseducados, embora sejam em sua maioria polidos. 
Este livro de João de Deus, é direcionado para a infância, aos pequeninos do corpo físico, mas não tenhamos duvidas de que o mesmo fala também as crianças espirituais, tal qual nos demoramos nós, ainda carentes de amadurecermos nossos valores espirituais.
Deixemos desabrochar a criança que ainda trazemos em nosso interior, permitamos que nosso espirito encontre a inocência dos pequeninos, ainda que por breves momentos, leiamos as poesias maravilhosas que nos foram escritas pelo espirito de João de Deus através das mãos inesquecíveis de Francisco Candido Xavier, e ouçamos a voz do Mestre Divino, a sussurrar-nos na acústica da alma; vinde a mim os pequeninos, porque deles é o reino de Deus. 
                                                               Sola

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