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José Sola |
No organismo do Universo,
manifesta-se um mecanismo, regido por um princípio inteligente e amoroso, que
interage aos infinitos fenômenos que o compõe.
Este princípio de inteligência e de
amor é o pensamento de Deus a manifestar-se em forma de lei, determinando e
regulamentando os fenômenos que constituem a vida no cosmo.
Esta inteligência e este amor, ao
manifestar-se no Universo, geram um campo de harmonia absoluto, onde a
Consciência cósmica atua como parâmetro de aferição, quanto ao equilíbrio e a
ordem reinante no mesmo.
Havendo um Deus único a reger o
Universo, apenas um pensamento se manifesta no mesmo, e embora dissociemos os
atributos do Criador, esta dissociação não existe, os mesmos se manifestam em
unicidade de princípios.
A harmonia cósmica é a resultante de
uma simbiose de inteligência e de amor, onde a Inteligência se manifesta
através de um princípio racional, que transcende a mais lúcida razão humana, enquanto
que, o amor é o berço em que a vida imanente de Deus nasce, desenvolve-se e
sublima-se.
Sendo Deus, fonte de manifestação da
inteligência e do amor ao infinito, é a Suma perfeição, por isto que, a
harmonia do Universo é absoluta, pois, para que haja harmonia, há que haver
ordem e equilíbrio, atributos estes, que só a perfeição infinita pode
propiciar.
A Consciência cósmica do Universo
manifesta-se no infinito do mesmo, como um princípio de lei que determina a
manifestação da vida, em suas modalidades, evolução, inteligência e amor, tendo
como resultante a harmonia de conjunto.
Vidas derivadas da suprema vida de
Deus trazemos em estado latente, na condição de um eterno vir a ser, herdados
do Criador, seus atributos de inteligência e de amor, o que nos torna, imagem e
semelhança do Mesmo, não na configuração física, antropomórfica, mas virtual.
Herdamos do Criador seus atributos
divinos, e dentre os infinitos atributos que herdamos esta o da consciência,
que nos permite aferir nossa harmonia ou desarmonia com a harmonia que se
manifesta de Deus no universo.
O psiquismo ou centelha divina está
contido na substância, que é o plasma divino do Criador, como um eterno vir a
ser, isto é, encerra em si as potencialidades infinitas que se manifestam de
Deus no Universo.
No entanto, inicia sua
individualização a partir do reino mineral, onde a partir de então, exterioriza
seus potenciais pelo processo da maturação, princípio que determina a lei da
evolução.
O eterno vir a ser, que encerra os
potenciais contidos na substância, e, que no reino mineral, vegetal e animal,
denominamos de psiquismo, quando no reino humanoide, é o inconsciente puro.
O inconsciente puro é o núcleo das
potenciações infinitas que se demoram em estado latente, aguardando o momento
de maturação para manifestar-se.
O inconsciente puro é o centro da
vida, ponto de partida das energias diretivas do espírito, a distribuir-se por
toda a estrutura do psiquismo.
O inconsciente puro é a fonte de
todas as iniciativas, psíquicas ou intelectivas, que se manifestam da parte do
Eu eterno, é o ignoto, o eterno vir a ser.
Esta energia desenvolve-se a
princípio, através das maturações nos reinos inferiores da natureza; em
seguida, quando o psiquismo se individualiza, pelas experiências em que este se
demora, no entanto, em qualquer das circunstâncias tem como berço a matéria.
Entretanto, o inconsciente puro, não
se manifesta isoladamente no campo de forças do ser, temos outras camadas ou
zonas, que denominamos inconsciente passado ou arcaico, inconsciente presente
ou atual, superconsciente e consciente.
O inconsciente puro é o elaborador
das demais manifestações, seja nas camadas do inconsciente ou do consciente,
pois são estas a resultante da maturação e vivenciação de experiências vividas
da parte do espírito.
O inconsciente passado ou arcaico é o
arquivo de todas as maturações e experiênciações, vividas pelo Eu eterno, na
multimilenar caminhada, percorrida pelo mesmo, nos reinos inferiores da
natureza.
Esta camada do inconsciente é a
responsável por determinados automatismos com que nos manifestamos na vida,
dizemos determinados, porque há automatismos que se manifestam no campo do
consciente, sendo um automatismo de superfície e não de profundidade.
O ato de caminhar, ou ainda de falar,
não o desenvolvemos no campo do consciente, pois o consciente se manifesta no
desenvolvimento de nosso cotidiano, é intelectualismo e análise, e não se
apreende a falar, nem tampouco a caminhar, no curto espaço de tempo de uma
reencarnação.
É através do processo palinginético,
nas infinitas experiências e vivenciações, realizadas pelo espírito, que se
conquistam estes automatismos de profundidade.
No entanto, existem automatismos de
superfície que se desenvolvem no campo do consciente, ou seja, são a resultante
de atos que se automatizam pelo excesso de repetições vividas no cotidiano,
como por exemplo: dirigir.
Toda experiência ou movimento, quando
consolidados da parte do espírito, penetra a zona do inconsciente passado, onde
permanece ativando os impulsos ou movimentos autômatos que se manifestam no
ser.
Quanto mais haja vivenciado o
espírito, maior será o lastro de experiênciações adquiridas, pois esta zona do
inconsciente arquiva todas as experiências realizadas pelo Ser, através dos évos.
Podemos afirmar que, é no
inconsciente passado que os vórtices energéticos do espírito se encontram
enraizados, absorvendo experiências da zona consciente e, por processo inverso
nutrindo a vida material, através dos impulsos vibratórios, que se manifestam
em forma de tendências e aptidões.
O inconsciente presente ou atual é a
zona que se encontra mais próxima ao consciente, é nesse campo de vibrações que
se manifestam os efeitos psicológicos, tais como: neuroses, psicoses,
depressões, etc. Seria ainda neste campo de vibrações energéticas, que aconteceria
o extravasar das vibrações deseqüilibrantes que se exteriorizam no consciente
em forma de loucura.
O pensamento, energia ideoplasmática,
tem como fonte originária o inconsciente puro (espírito), neste núcleo de
irradiação da vida é que nasce esta energia.
No entanto, sofre mutações e
adaptações das camadas do inconsciente passado e atual, revestindo-se das
energias vibracionais que se demoram nesses núcleos de potenciações,
manifestando através do consciente as informações assimiláveis ao nosso conceptual.
O homem (espírito) é tal qual um
gerador energético, que funciona em circuito fechado, ou seja, gera energia e
se auto alimenta desta mesma energia; o inconsciente puro é o princípio gerador
da ideoplastia, enquanto que o consciente devolve esta energia trabalhada pelas
experiências adquiridas, para o campo do inconsciente passado.
O consciente é o campo de manifestação dos
inconscientes puro e passado, é no consciente que se exterioriza o potencial
adquirido, tanto quanto, é pelo consciente que se matura o eterno vir a ser
contido no espírito ou inconsciente puro.
Na condição atual em que se demora o
espírito na terra, é regido em suas ações, pela energia mental que se manifesta
no campo do consciente.
O consciente é o campo de energia
mental em que o homem (espírito), vive seu momento evolutivo, é neste campo de
energia, que o mesmo se demora vivenciando as experiências do cotidiano,
assimilando através das informações e aprendizados, conhecimentos que vão
enriquecer seus valores intrínsecos com os valores adquiridos.
Importa lembrar, entretanto, que só
assimilamos os valores externos ao nosso eu, porque trazemos esses valores em
latência no inconsciente puro, pois não existissem essas potenciações em estado
de latência, não existiria campo para a assimilação das informações recebidas,
mas como retro informado, o inconsciente puro, é um eterno vir a ser.
As informações que recebemos e
assimilamos, não são outra coisa que não, potenciações idênticas as que
trazemos no inconsciente puro, como um eterno vir a ser, entretanto por serem
mais vividos, esses espíritos já maturarão essas potenciações e ao passar-nos
seus conhecimentos, acordam-nos as potenciações intrínsecas que trazemos
no núcleo da alma.
A ciência refletindo as condições
evolutivas do homem (espírito), tem se demorado no campo da análise,
catalogando os efeitos, para, por dedutivas tentar encontrar a causa dos
fenomênicos.
Limitado como se detém o espírito em
sua evolução na terra, não lhe é possível conceber ainda as potencialidades infinitas
que traz em si mesmo, isto porque, o consciente está contido no inconsciente,
ou seja, o consciente é uma manifestação do inconsciente puro.
Somente é possível ao espírito ter
alguns vislumbres desses potenciais, quando alcança uma condição evolutiva
maior, pois a partir de então, amplia-se o campo do consciente, e, harmonizado
com Lei que rege o Universo, o espírito reflete algo de seu eterno vir a ser,
contido em seu micro universo.
Quando a consciência atinge a
condição de superconciência, o homem (espírito) passa a ter uma concepção maior
da vida; começa a se aperceber do porque das coisas; da razão de ser do destino
e da dor; ou seja, transforma-se em super homem do futuro.
O consciente, agora transformado em
superconciente, pelo ampliar conquistado na evolução do ser, permite ao mesmo,
entre em harmonia com o Criador, e, uma simbiose divina acontece, onde o
espírito se encontra a si mesmo, e, descobrindo-se, se apercebe que é o
fenômeno dos fenômenos, é a resultante da maturação de todos eles.
A partir de então, passa a ter uma
percepção mais acurada dos porquês, e, não mais se detém a observar os efeitos
na ânsia de encontrar a causa, mergulha em seu micro universo, encontra-se a si
mesmo em harmonia com a natureza, e então, como parte integrante da vida,
abrange o fenômeno por completo, observando a causa e deduzindo os efeitos.
Espíritos grandiosos, como o de
Jesus, não se demoram a observar efeitos para por análise deduzir as causas;
harmonizados com a natureza observam o todo do fenomênico, partindo da causa
para atingir o efeito.
Como arquiteto divino do planeta
Terra, Jesus anteviu todos os fenômenos e suas resultantes a partir da
nebulosa, se apercebeu Este, do potencial infinito contido nesta energia, que
estaria a conceber as multiformes modalidades de vida, que hoje se manifestam
no planeta.
Para os espíritos superiores, da
hierarquia de Jesus e outros infinitos que habitam o universo, a nebulosa, lhes
esta na condição do Gameta que propicia a vida biológica, assim como Alexandre
se demorou mapeando os gametas que iriam formar o corpo de matéria de
Segismundo, Jesus mapeou os elementos da nebulosa que estaria formando a terra,
e verificou com antecipação, de tudo que já aconteceu, esta acontecendo e vai acontecer
- lógico que estou aqui apresentando uma analogia, mas esta se sustenta pela
lógica - não devemos ter medo da vida, pois tudo o que nela se manifesta esta
contido no mecanismo da evolução.
Trazemos em potencialidade em nosso
inconsciente puro (espírito), o eterno vir a ser, as conquistas gloriosas que
nos estão reservadas; somos vidas derivadas da suprema vida de Deus, somos
deuses, e no decorrer deste tema, verificaremos que as palavras de Jesus não se
aplicam como uma metáfora mas como uma veracidade inconteste.
Embora hajamos feito uma dissociação
das diferentes modalidades de ser das energéticas da alma, denominando de
inconsciente puro as potencialidades infinitas que trazemos em estado latente,
a espera de manifestar-se pelo processo da maturação (evolução); de
inconsciente passado e presente, as experiências adquiridas, resultantes de um
processo em que o inconsciente e o consciente, em circuito fechado maturaram
essas experiências, essa dissociação não existe.
Dizemos ser o inconsciente puro o
centro de irradiação da alma, mas, não devemos entender este centro de
irradiação como centro espacial; embora seja o cérebro a sede da inteligência,
e acreditemos tenha a epífise participação direta neste fenômeno, não quer isto
dizer que, as energéticas outras do inconsciente e do consciente sejam
periféricas a esta.
Assim como, no planeta Terra temos
uma rede infinita de energias ocupando o mesmo espaço, sem que com isto se
misturem e percam sua individualidade especifica, o espírito irradia e absorve
as energéticas do pensamento, ocupando o mesmo espaço sem haver necessidade de
dissociação destas energias.
As manifestações do inconsciente e do
consciente acontecem ao mesmo tempo, sem interrupção ou dissociação, em
unicidade de princípios que nos escapam por hora a percepção, pois se não se
manifestasse a todo o instante o inconsciente puro, interromper-se-ia a
evolução; não se manifestassem a todo momento os inconscientes passado e presente, e, não haveria o destino
do homem, que é traçado pela manifestação desta energética, definindo lhe o
carma; não estivesse o consciente ativo a todo instante, ininterruptamente, a
desempenhar suas funções e o raciocínio do homem não se faria, pois é
este, campo de exteriorização do
pensamento (ideoplastia mental).
O espírito desenvolve seus potenciais,
ou seja, os atributos divinos herdados do Criador, através da energética do
inconsciente, onde esta energética recolhe no consciente os valores
correspondentes, somando potencialidades para a glória da vida que lhe esta
reservada na eternidade.
E embora respeitando as ciências que
estudam o comportamento da psique, a psicologia, a psicanalise, e a
psiquiatria, - estas ciências, embora respeitáveis, pois colaboram no alivio de
alguns distúrbios emocionais, - se demoram ainda analisando e observando a questão
em seu periférico, e isto acontece por não aceitarem ainda, que a fonte de
todas as sensações e manifestações da mente humana, estão no espirito eterno,
não são a resultante de um psíquico que tem como causa das células neuronais.
E devemos lembrar ainda de que muitos
distúrbios emocionais que se manifestam na mente do paciente, não trazem suas
raízes no consciente, então as causas desses distúrbios, não se demoram na vida
atual, as causas dos mesmos, se demoram no inconsciente passado, isto é, em
outras reencarnações, e grande parte de nossos amigos da ciência, não aceitam a
reencarnação.
Aceitando a imortalidade da alma, e a
reencarnação, penetramos os arcanos do psiquismo, e entendemos que guardamos
arquivados em nossos inconscientes atual, passado ou arcaico, as vivenciações e
experienciações todas, adquiridas pelo eu inteligente, na evolução ininterrupta
que fazemos através da evolução anímica.
E se compreendessem que a vida não é
a resultante de uma casualidade, se atentassem para o principio de ordem e
equilíbrio, se entendessem que o amor não é a resultante de uma atração entre
dois seres, dois elementos, etc., mas que a atração é a resultante do amor, se compreendessem que a
inteligência que se manifesta na vida, não só na humanidade, nos animais, nas
plantas, enfim em todos os seres que nos rodeiam, compreenderiam que toda a
ação praticada no campo do bem, assimilada pela mente humana, gera equilíbrio
paz e felicidade, entretanto, toda a ação praticada no campo do mal, gera distúrbios
e desequilíbrios, aceitariam a existência da Lei Divina que é o pensamento de
Deus na vida.
Mas já tempos cientistas que
acreditam na imortalidade, na reencarnação, e que estudam o campo da psique com
maior profundidade, mas é natural que eles assim como nós, nos demoremos
limitados nas descobertas maravilhosas que nos é possível realizar, pois só
podemos assimilar aquilo que já haja sido vivenciado por nós, então temos um
campo vasto de estudos e analises a realizar no campo do consciente, e dos
inconscientes atual e passado, mas por hora no que respeita ao inconsciente
puro, só podemos ter alguns vislumbres, pois seus efeitos ainda nos são um
ignoto, um eterno vir a ser.
Mas analisando as manifestações de
nossa mente, nos demoramos deslumbrados, com o mecanismo perfeito que é o
cérebro humano, pois o mesmo assimila informações através do consciente, quando
as mesmas não são mais necessárias ao homem em suas atividades cotidianas,
essas experiências são arquivadas no inconsciente atual, e só se manifestarão
no consciente, através de uma regressão ou auto regressão da memoria.
E além de encerrar no inconsciente
puro, como um eterno vir a ser, todas as potencialidades que o espirito vivera
na eternidade, desenvolve ainda através de um mecanismo extraordinário, uma
criatividade, criatividade esta que lhe permite manipular experiências vividas
que se demoram no consciente, e mesmo no inconsciente atual, e pelo processo da
auto regressão, propiciando a imagem que busca nos arquivos profundos da mente,
“vida própria” tanto quanto a possibilidade de se pronunciar através da
palavra.
As vezes acontece com alguém que se
demore apaixonado, mas que não seja correspondido pela pessoa desejada, viver
um sonho, e neste sonho ser correspondido em seus desejos pela pessoa amada
(imagem) passando mesmo a receber caricias desta, e não apenas caricias
físicas, mas também através da palavra, mas ao acordar se apercebe que nada
mudou, que sua paixão continua a detesta-lo.
Em outras oportunidades com alguém
que já haja desencarnado no caso um esposo ou uma esposa, e neste sonho nossa
mente cria uma imagem que nos corresponde, vivendo conosco um relacionamento
tão perfeito como se estivéssemos encarnados, e além dos atos que acontecem em
um relacionamento, a pessoa amada
(imagem) nos responde as perguntas, e apresentando uma independência absoluta,
nos apresenta caricias físicas e verbais mesmo.
E sabemos que nos dois exemplos
citados, - existem muitos, mas escolhi esses por serem mais marcantes e mais
comum de acontecer - não aconteceu um relacionamento entre dois espíritos, pois
no primeiro caso a vibração magnética repulsiva não permite este acontecimento,
pode acontecer e acontece entre entidades infelizes, mas neste caso não haverá
correspondência amorosa, da parte do espirito, este só se submete subjugado
pela força magnética do parceiro, isto acontece como um ato violento de
espíritos ainda trevosos.
No segundo caso, se o parceiro que se
encontra na espiritualidade, já foi socorrido, se for um espirito evoluído, não
se demorara vivendo um relacionamento físico com o encarnado, pois depois que
desencarnamos somos socorridos pelos amigos da espiritualidade maior, e
começamos a realizar mudanças em nosso eu eterno, e algumas mutações em nossos
órgãos digestivos, tanto quanto genésicos acontecem, conforme informados por
André Luiz.
No que concerne a alimentação,
deixamos de viver a necessidade de ingerirmos alimentos sólidos, densos, a
principio nos alimentamos com caldos energéticos, mas conforme formos evoluindo
essa necessidade desaparecerá, passaremos a nos alimentar do amor, essência de
Deus na vida do universo.
E quanto a sexualidade, modificam-se
as funções dos órgãos genéticos, e deixamos de viver a necessidade da copula,
nos relacionamos apenas através do magnetismo e do amor, e isto quer dizer que
não houve a presença espiritual de nosso parceiro, nosso sonho não passou de
uma criação da mente.
Com isto não pretendo de maneira alguma
afirmar que não existem sonhos em que outros espíritos participem, mas estes
sonhos são nítidos, e não existe qualquer desejo libidinoso, quando nos
defrontamos com o amor de nossa vida, sentirmos pelo mesmo um amor divino, um
respeito sublime, a simples presença do ser amado nos repleta de
felicidade.
E no intento de corroborar a premissa
que aqui apresento - e chamo de premissa não porque não sejam fatos, mas porque
nem todos haverão atentado para esses fenômenos - lembro que nosso querido
André Luiz nos fala desse poder criativo
da mente em seu livro Obreiros da Vida
Eterna, no capitulo: O Sublime Visitante, a pagina é 45.
Não vou transcrevê-lo na integra, pois
é longo, e estou apresentando o capitulo e a pagina desta obra maravilhosa, mas
sintetizando lembro de que Cornélio, junto a espíritos outros, trabalhadores
espirituais que trabalhavam no campo de assistência a favor nos necessitados,
formam uma grande arvore, um lago, um horizonte que reflete o azul do céu,
gramas e flores circundando esse lago, e que após haverem criado a imagem
idioplastica, (mental) através da vontade aplicada da mente, deram vida a essas
imagens.
Este foi o cenário divino idealizado
para receber um sublime visitante, Asclépios que passou a fazer parte
integrante desse cenário maravilhoso, dirigindo sua palavra de carinho e de
estimulo a todos os presentes, com certeza reduzindo sua condição evolutiva,
para melhor fazer-se compreendido por seus irmãos de caminhada eterna.
Fazendo uso da lógica e da razão,
somos levados a concluir que enquanto nossa mente repousa, manifesta esse poder
de criatividade, lógico de forma inconsciente, animando e dando vida e
movimento as formas ideoplasticas, elaboradas pela mente, propiciando mesmo a
expressão do verbo, pois conforme nos informa André Luiz, os galhos da arvore
balouçavam a brisa suave do vento, e esta brisa, este vento, não fizeram parte
da criação mental dos presentes.
Com este tema não pretendo de forma
alguma haver apresentado uma resposta definitiva a tão maravilhoso fenômeno,
qual é a manifestação da consciência, do pensamento da mente, e por muito o
estudemos, nesta breve síntese que apresentei, informo que a evolução vai ao
infinito, e é a mente o instrumento propulsor da evolução, pois guardamos no
inconsciente puro, um eterno vir a ser; não nos esqueçamos, pensamento é
espirito, é vida.
A consciência é instrumento precioso
de aferição, de que se utiliza a Lei Divina, pensamento de Deus a manifestar-se
no infinito do Universo, orientando-nos e conduzindo-nos, de encontro a
felicidade.
Por isto que, a aplicação da Lei
Divina, não sofre adulterações e mudanças, porque o próprio espírito elabora
pelo processo da maturação, no determinismo evolutivo que se manifesta de Deus
na vida, o instrumento que o predispõe a assimilar, a harmonia ou desarmonia em
que se detém, tornando-se desta forma, o construtor de seu próprio destino, e,
o juiz se seus próprios atos.
O espiritismo, estudando a energética
do pensamento, penetrou-lhe os arcanos do inconsciente, descobrindo lhe os
recantos misteriosos, e, muito longe de deter-se no campo periférico do
consciente a catalogar efeitos, como o tem feito a ciência, nas disciplinas da
psicologia da psicanálise, e da psiquiatria, apresenta-nos as causas e os
porquês das manifestações desta energética, oferecendo-nos a possibilidade de
nos descobrirmos a nós mesmos, exterminando para sempre, o ignoto que nos
acabrunhava, outorgando-nos o titulo de cidadãos conscientes do Universo.
Muito distante da concepção estreita
da teosofia e da teologia, onde pretendem estas, que Deus fere o homem, através
da consciência, punindo - o por não haver este assimilado os determinos de sua
vontade, o espiritismo nos apresenta um Deus, que é fonte originária da vida, a
manifestar-se no infinito do Universo, em seus atributos de inteligência e de
amor, e que nós somos vidas originárias desta vida, dotados do livre arbítrio,
orientados, entretanto, por esta consciência, na regência de nossos
destinos.
Es Esquema representativo da psique, (manifestação da
consciência)
O inconsciente puro é o manancial
energético da alma; deste se exteriorizam os potenciais infinitos
do ser.
-
O inconsciente passado é a energética do
pensamento que arquiva as experiências vividas pelo espírito, a partir da individualização
do ser.
-
O inconsciente atual arquiva as experiências
mais recentes ou atuais.
-
O consciente é campo de exteriorização dos
inconscientes, tanto quanto, campo receptivo, apto a assimilação de
experiências provindas de outras fontes, experiências estas que somam na
maturação da energética da alma; é a zona energética que possibilita ao
espírito se manifeste na matéria, participando das vivências do cotidiano.
-
A consciência é a resultante de uma
diferença vibracional, entre a energética do inconsciente puro, que é perfeita
e harmônica, pois é o núcleo de potenciações que manifestam os atributos
divinos do Criador, com as energéticas dos inconscientes passado e atual, onde
estas energias foram adulteradas no campo do consciente, ao haverem sofrido as
influenciações do meio ambiente, como também de outras mentes.
Obs: Os vocábulos utilizados, nas temáticas que versam a psique, são em
maioria da autoria do doutor Jorge Andréa; os que não fossem de sua autoria ele
os incorporou em seus trabalhos.
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