|
Luiz Carlos Formiga |
Luiz Carlos Formiga
Rio de Janeiro
Quer
ser um bom líder?
Esta
pergunta é feita por Alkíndar de Oliveira em seu artigo “Um bom começo para despertar o
líder que há em você”, recebido por e-mail. O autor cita diversos
erros.
Alkíndar
incentiva a autoavaliação dizendo: comece por analisar a hipótese de que os
seus “sólidos” conceitos de como liderar podem ser frutos de equívocos. Líderes
– hoje renomados – cometeram erros crassos. Será que como líderes todas nossas
atitudes, normas de conduta e nossa visão de futuro estão corretas? Reflitamos
sobre as “certezas” a seguir:
Ken
Olsen, fundador da Digital, em 1.977 disse: “não há motivo para alguém ter um computador em
casa”. Ken Olsen errou. “O homem nunca
chegará à Lua, independentemente de todos os futuros avanços científicos”,
disse em 1.969 Lee de Forest, o pai do rádio. Em 1.962 a Decca Records
rejeitando a contratação dos Beatles justificou: “Grupos com guitarras estão
entrando em decadência.”
Em
1.939 o Jornal The New York Times opinou: “A televisão nunca será séria
concorrência do rádio porque as pessoas precisam sentar e fixar seus olhos na
tela. A família americana não tem tempo para isso”. Palavras do
Presidente do Michigan Savings Bank aconselhando o advogado de Henry Ford a não
investir na Ford Motor Company: “O cavalo veio para ficar, mas o automóvel é
apenas uma novidade passageira”.
“O cinema será encarado por algum tempo
como uma curiosidade científica, mas não tem futuro comercial”. Afirmação
feita por Augusto Lumière, em 1.895, a respeito de seu próprio invento. “Beethoven nunca aprendeu nem aprenderá
coisa alguma. Como compositor é um caso perdido”, palavras de Albrechtsber,
professor de composição de Beethoven. Albrechtsber errou.
Alkíndar
questiona: se tantas pessoas ilustres erraram em suas “firmes opiniões”, será
que também não estamos errando em muitas das nossas firmes opiniões sobre o que
é liderança?
O Núcleo Espírita Universitário da UERJ aposta no
Modelo de Liderança de Jesus.
Empresas abriram espaço para a
"espiritualidade" dentro de seus escritórios. Isto significa abrir
espaço, no ambiente profissional, para a vivência religiosa, na suposição de
que os cuidados com a alma ajudem na solução de conflitos no dia-a-dia no
trabalho. A espiritualidade vivenciada no local de trabalho é uma forte
tendência nos Estados Unidos. O "New York Times", no ano passado,
falou de uma crescente aceitação dos comportamentos abertamente religiosos nas
empresas.
Os empresários descobriram que,
ao promover a transformação interna, através da espiritualidade, os indivíduos
se tornam mais produtivos e passam a ter acesso ao seu verdadeiro potencial
criativo. Dessa forma, a empresa ganha eficiência, competitividade e
produtividade. Um epifenômeno é o aumento dos lucros.
Outra vantagem que se aponta na
aplicação da espiritualidade ao trabalho é que, em geral, os valores humanos
básicos, como integridade; responsabilidade; ética e conduta transparente, são
enfatizados com muito mais naturalidade. Os destruidores do Trabalho em Equipe são o egoísmo e
a vaidade, encontrados quando há ausência de espiritualidade. As maiores
empresas do mundo estão selecionando funcionários com maior cuidado e os
ajudando no seu crescimento espiritual.
Existem regras básicas do trabalho em equipe. No
futebol a primeira regra é acreditar que se pode ganhar o campeonato. Quando?
Não sabemos, mas vamos perseguir esse objetivo. Isto é o mesmo que estabelecer
uma missão grandiosa, atemporal e ilimitada. O que estamos perseguindo? A
felicidade. O sucesso profissional é apenas parte de um conteúdo vital que se
completa com outros valores. Jesus estabelece a condição de felicidade total:
"Sede Perfeitos". Aponta para a especificidade: “Amai-vos e
Instruí-vos”.
.
A liderança bem sucedida hoje
está nas mãos daqueles que assumem a postura de um parceiro e não de um
comandante. A autoridade é um crédito de competência que se dá a quem merece
por direito. Aquela figura de chefe, disciplinador, não tem mais lugar
Esse bom líder jamais decide a
favor de alguém ou de qualquer coisa que irá prejudicar a missão estabelecida e
sempre divide os méritos com todos, além de assumir a responsabilidade maior
por qualquer insucesso. Jesus sempre atuou em conjunto, apesar de sua grandeza
espiritual. Como líder, nunca se colocou afastado ou superior ao grupo, mas
nele se engaja, concretizando o ideal do conjunto.
A equipe deverá ser unida.
Estimular os sentimentos de solidariedade e fraternidade é regra fundamental. A
liderança deverá incentivar as pessoas a seguirem a missão estabelecida e
deixar que elas alcancem seus objetivos. Jesus constituiu um grupo de trabalho
com pessoas bem diferentes,mas a unidade do grupo se deu em torno do objetivo
comum.
As "individualidades na
equipe" devem ser estimuladas, continuamente e incessantemente. Considerar
cada ideia como contribuição positiva, mesmo que no momento, seja inviável,
impraticável ou desaconselhável. A contribuição pode não ser boa, não ser exequível,
mas é uma ideia e deve ser considerada com todo o respeito.
Não menos importante é fazer
prevalecer o ser humano sobre o profissional. O seu lado profissional é apenas
uma das faces do poliedro multifacetado que é o homem. Jesus, mais uma vez, foi
além e é o modelo por excelência. Em termos de gerenciamento, regras do jogo, é
fundamental que se faça prevalecer a justiça. Um injusto poderá até ser um
comandante, mas jamais será um líder.
Jesus dividiu tarefas e ampliou,
gradativamente, seu grupo de trabalho e como verdadeiro líder trabalhava a
autoestima do grupo, buscando manter sua motivação interna. Parece um paradoxo,
mas o elemento extremamente vaidoso num grupo é na realidade possuidor de baixa
auto-estima. Os membros da equipe de evangelização, os diretores da casa
espírita, os jogadores de futebol, ou o diretor da empresa, precisam estar
atentos nesse ponto. "Calçar sandálias douradas" pode ser indicativo
de obsessão por fascinação. Trabalhar a autoestima está longe desse pensamento.
Usar palavras de estímulo como "Vós sois a luz do mundo" ou
"sois o sal da terra" é encorajamento, fundamental.
Jesus chama a atenção para o
respeito que devemos ter com as outras pessoas que também se identificam com o
objetivo do grupo, ainda que nele não estejam integrados. Vai muito além ao
estabelecer os critérios de identificação interna e externa dos membros de sua
equipe. "Nisto todos os reconhecerão: se vos amardes uns aos outros".
Fonte:
São
Caetano, Futebol, Lama, Guerra e Paz
Leitura adicional:
Dependências. Grupo de Estudos
Universidade e Espiritualidade
Apego ao Cargo. Poder Neurótico
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home