.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Erros e Acertos, Reflexão no Natal.


Luiz Carlos Formiga

Luiz Carlos Formiga
Rio de Janeiro


Quer ser um bom líder?
Esta pergunta é feita por Alkíndar de Oliveira em seu artigo “Um bom começo para despertar o líder que há em você”, recebido por e-mail. O autor cita diversos erros.
Alkíndar incentiva a autoavaliação dizendo: comece por analisar a hipótese de que os seus “sólidos” conceitos de como liderar podem ser frutos de equívocos. Líderes – hoje renomados – cometeram erros crassos. Será que como líderes todas nossas atitudes, normas de conduta e nossa visão de futuro estão corretas? Reflitamos sobre as “certezas” a seguir:
 Ken Olsen, fundador da Digital, em 1.977 disse: “não há motivo para alguém ter um computador em casa”. Ken Olsen errou. O homem nunca chegará à Lua, independentemente de todos os futuros avanços científicos”, disse em 1.969 Lee de Forest, o pai do rádio. Em 1.962 a Decca Records rejeitando a contratação dos Beatles justificou: “Grupos com guitarras estão entrando em decadência.”
Em 1.939 o Jornal The New York Times opinou: “A televisão nunca será séria concorrência do rádio porque as pessoas precisam sentar e fixar seus olhos na tela. A família americana não tem tempo para isso”. Palavras do Presidente do Michigan Savings Bank aconselhando o advogado de Henry Ford a não investir na Ford Motor Company: “O cavalo veio para ficar, mas o automóvel é apenas uma novidade passageira”.
 “O cinema será encarado por algum tempo como uma curiosidade científica, mas não tem futuro comercial”. Afirmação feita por Augusto Lumière, em 1.895, a respeito de seu próprio invento.  “Beethoven nunca aprendeu nem aprenderá coisa alguma. Como compositor é um caso perdido”, palavras de Albrechtsber, professor de composição de Beethoven. Albrechtsber errou.
Alkíndar questiona: se tantas pessoas ilustres erraram em suas “firmes opiniões”, será que também não estamos errando em muitas das nossas firmes opiniões sobre o que é liderança?
O Núcleo Espírita Universitário da UERJ aposta no Modelo de Liderança de Jesus.

Empresas abriram espaço para a "espiritualidade" dentro de seus escritórios. Isto significa abrir espaço, no ambiente profissional, para a vivência religiosa, na suposição de que os cuidados com a alma ajudem na solução de conflitos no dia-a-dia no trabalho. A espiritualidade vivenciada no local de trabalho é uma forte tendência nos Estados Unidos. O "New York Times", no ano passado, falou de uma crescente aceitação dos comportamentos abertamente religiosos nas empresas.

Os empresários descobriram que, ao promover a transformação interna, através da espiritualidade, os indivíduos se tornam mais produtivos e passam a ter acesso ao seu verdadeiro potencial criativo. Dessa forma, a empresa ganha eficiência, competitividade e produtividade. Um epifenômeno é o aumento dos lucros.

Outra vantagem que se aponta na aplicação da espiritualidade ao trabalho é que, em geral, os valores humanos básicos, como integridade; responsabilidade; ética e conduta transparente, são enfatizados com muito mais naturalidade. Os destruidores do Trabalho em Equipe são o egoísmo e a vaidade, encontrados quando há ausência de espiritualidade. As maiores empresas do mundo estão selecionando funcionários com maior cuidado e os ajudando no seu crescimento espiritual.

 Existem regras básicas do trabalho em equipe. No futebol a primeira regra é acreditar que se pode ganhar o campeonato. Quando? Não sabemos, mas vamos perseguir esse objetivo. Isto é o mesmo que estabelecer uma missão grandiosa, atemporal e ilimitada. O que estamos perseguindo? A felicidade. O sucesso profissional é apenas parte de um conteúdo vital que se completa com outros valores. Jesus estabelece a condição de felicidade total: "Sede Perfeitos". Aponta para a especificidade: “Amai-vos e Instruí-vos”.
.
A liderança bem sucedida hoje está nas mãos daqueles que assumem a postura de um parceiro e não de um comandante. A autoridade é um crédito de competência que se dá a quem merece por direito. Aquela figura de chefe, disciplinador, não tem mais lugar
Esse bom líder jamais decide a favor de alguém ou de qualquer coisa que irá prejudicar a missão estabelecida e sempre divide os méritos com todos, além de assumir a responsabilidade maior por qualquer insucesso. Jesus sempre atuou em conjunto, apesar de sua grandeza espiritual. Como líder, nunca se colocou afastado ou superior ao grupo, mas nele se engaja, concretizando o ideal do conjunto.

A equipe deverá ser unida. Estimular os sentimentos de solidariedade e fraternidade é regra fundamental. A liderança deverá incentivar as pessoas a seguirem a missão estabelecida e deixar que elas alcancem seus objetivos. Jesus constituiu um grupo de trabalho com pessoas bem diferentes,mas a unidade do grupo se deu em torno do objetivo comum.

As "individualidades na equipe" devem ser estimuladas, continuamente e incessantemente. Considerar cada ideia como contribuição positiva, mesmo que no momento, seja inviável, impraticável ou desaconselhável. A contribuição pode não ser boa, não ser exequível, mas é uma ideia e deve ser considerada com todo o respeito.

Não menos importante é fazer prevalecer o ser humano sobre o profissional. O seu lado profissional é apenas uma das faces do poliedro multifacetado que é o homem. Jesus, mais uma vez, foi além e é o modelo por excelência. Em termos de gerenciamento, regras do jogo, é fundamental que se faça prevalecer a justiça. Um injusto poderá até ser um comandante, mas jamais será um líder.

Jesus dividiu tarefas e ampliou, gradativamente, seu grupo de trabalho e como verdadeiro líder trabalhava a autoestima do grupo, buscando manter sua motivação interna. Parece um paradoxo, mas o elemento extremamente vaidoso num grupo é na realidade possuidor de baixa auto-estima. Os membros da equipe de evangelização, os diretores da casa espírita, os jogadores de futebol, ou o diretor da empresa, precisam estar atentos nesse ponto. "Calçar sandálias douradas" pode ser indicativo de obsessão por fascinação. Trabalhar a autoestima está longe desse pensamento. Usar palavras de estímulo como "Vós sois a luz do mundo" ou "sois o sal da terra" é encorajamento, fundamental.

Jesus chama a atenção para o respeito que devemos ter com as outras pessoas que também se identificam com o objetivo do grupo, ainda que nele não estejam integrados. Vai muito além ao estabelecer os critérios de identificação interna e externa dos membros de sua equipe. "Nisto todos os reconhecerão: se vos amardes uns aos outros".

Fonte:
São Caetano, Futebol, Lama, Guerra e Paz
Leitura adicional:
Dependências. Grupo de Estudos
Universidade e Espiritualidade
Apego ao Cargo. Poder Neurótico

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home