.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O projeto de decodificação do DNA



José Sola
José Sola
São Paulo


Os geneticistas desenvolveram um projeto de decodificação, projeto este que lhes permite anteciparem através da análise do DNA, a intervenção no tratamento de várias doenças.
A triagem neonatal, conhecida como o teste do pezinho, realizada na própria maternidade, entre o terceiro e o sétimo dia de nascimento da criança, extraindo da mesma, gotinhas de sangue de seu calcanhar, que permite aos médicos preverem através da triagem básica, a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito.
A triagem ampliada, inclue o exame para outras doenças, que se tratadas e controladas poderão evitar sérios problemas futuros.
Através do exame de DNA, descobrimos a paternidade de uma criança, o que deixa evidente o fator hereditário que é transferido de pais para filhos; e sem duvida alguma, muitas doenças são hereditárias.
Compreendemos, entretanto, que a hereditariedade se demora no campo biológico, se transfere de pais para filhos, e para os descendentes futuros, definindo os caracteres físicos, tais como a cor dos olhos, tamanho da boca, cor da pele, e, em algumas oportunidades os traços característicos que dão aos filhos uma similitude maior com o pai ou com a mãe.
Mas alguns psicólogos e psicanalistas, entre estes alguns espíritas, tem apresentado o vicio das drogas, do alcoolismo, etc.  como uma resultante de células que trazem esta tendência, entretanto esta possibilidade atende apenas aos cientistas ateístas, não aos espiritualistas, e muito menos aos espíritas.
Em o livro, Missionários da Luz, de André Luiz, psicografado por Francisco C. Xavier, o mentor Alexandre nos apresenta através da reencarnação de Segsmundo, um estudo dos mapas cromossômicos, afirmando que estes mapas são a geografia dos genes da hereditariedade distribuídos nos cromossomos, informando-nos ainda que determinadas células, se responsabilizariam em originar de futuro um distúrbio cardíaco ao reencarnante, neste caso Alexandre não estava se utilizando do processo de decodificação, não estava partindo dos efeitos para concluir a causa, estava desenvolvendo um projeto de codificação, explicando a causa do magnífico fenômeno da vida biológica.
Não ignoramos a hereditariedade, entendemos que espírito e a matéria se complementam em simbiose absoluta, pois o espírito oferece ao homem a configuração humanóide, cabeça, tronco e membros, e, a matéria oferece os detalhes hereditários, cor da pele, dos olhos, tamanho da boca, etc.
Neste mesmo capitulo supra citado, somos informados, que o espírito é o eu diretor do corpo, é a fonte de todas as nossas sensações e manifestações, e é o perispirito, o responsável pela organização celular do corpo físico.
Se espírito, perispirito, ou corpo energético e corpo material, se demoram em simbiose, é natural que o espírito ao formar o corpo, transfira suas anomalias, seus desajustes emotivos, a constituição celular, se o espírito trouxer tendências viciosas de reencarnações anteriores, vai sem duvida alguma interiorizar essas deficiências a matéria, portanto, um espírito que haja vivido o vicio das drogas, do alcoolismo, etc., vai inserir este desajuste aos genes, elaborando células que realmente vão se ativar, favorecendo a manifestação do vicio, entretanto a causa não esta na célula, esta no espírito.
Aceitando a possibilidade de ser a vicissitude a resultante de uma hereditariedade, temos que aceitar com os ateitas a hipótese de que a inteligência é um atributo das células neuroniais; será?
Espíritas, se fizermos uso da lógica e da razão, verificaremos que se esta hipótese fosse verdadeira, o espírito estaria subordinado a matéria, pois a tendência hereditária  apresentaria uma vontade determinante, projetando o espírito fatalmente ao vicio.
Podereis apresentar-me como tese de defesa, que sucumbir ao vicio, ou superá-lo, vai depender de sua vontade, se for um espírito evoluído vai resistir, e então perguntamos, qual a necessidade de um espírito que já se superou nos vícios, que trás uma evolução maior, estar reprisando uma experiência viciosa; vai torná-lo mais evoluído?
E,  não estaremos ignorando a Lei Divina, pois nós sabemos que homens viciados no alcoolismo e nas demais drogas,  são levados em muitas oportunidades a praticar o crime, existem jovens usuários de drogas, que quando estão vivendo a ansiedade e a angustia, provocada pelo vicio, matam para obter dinheiro e adquirir a mesma; qual a responsabilidade de culpa deste individuo?
Se a Lei Divina os "punir", estará sendo injusta, pois o individuo estará sendo "punido" por uma atitude que lhe foge a determinação e a vontade, mas por outro lado, se não aferir esta transgressão, demonstrara falhas em sua aplicação, e, pelo que apreendemos na doutrina espírita, a Lei Divina é perfeita, é imutável,   eqüitativa e amorosa.
Polemizando esta questão com um amigo psicólogo e espírita, ele me apresentou como tese de defesa de seu ponto de vista, Kardec em o livro A Gênese, capitulo I, questão 55, vejamos:
"Caminhando de par com o progresso, o espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitara".
Concordo plenamente com Kardec, pois o Espiritismo é uma doutrina eclética, não é dogmática, e embora seja perfeita em seu postulado, é estudada e extrapolada por homens, espíritos ainda imperfeitos que somos; mas será que Kardec nos pediu nestas palavras a que aceitemos tudo o que a ciência discorda do espiritismo?
Creio que não, pois teríamos que deixar de crer em Deus, acreditar na casualidade, este é o primeiro e mais forte ponto de divergência da ciência com o espiritismo.
Allan Kardec nos pede, para que estejamos analisando, aquilo que a ciência apresente, colocando a premissa, a luz da lógica e da razão, se responder a esta aferição, e ficar demonstrado que estamos equivocados, então mudemos nossos conceitos.
A ciência é sem duvida alguma, um dos mais evidentes instrumentos da evolução,   a ela devemos  o avanço tecnicológico,  e cultural, a mesma nos trouxe o conforto e o bem estar, nos mais variados setores da vida, entretanto, também é trabalhada por mentes, e mãos humanas, nem todos os cientistas são um Einstein, um Newton, um Galileu, um Arquimedes, etc., como existem os místicos no espiritismo, também os temos na ciência; isto dito, não pretendo afirmar que os geneticistas estão equivocados, no trabalho que desenvolvem, pois fizeram descobertas maravilhosas, descobertas que favorecem a humanidade no campo da saúde, apenas discordo dos mesmos seja o fator hereditário a causa dos vícios, como já o explicitei.  
Os geneticistas estão corretos quanto ao estudo da decodificação, entretanto, quanto a conclusão final estão equivocados, pois acreditar que os vícios tenham como causa a hereditariedade, é defender o axioma da casualidade, como dito este axioma responde aos ateísta, não aos espíritas, pois nós espíritas compreendemos que todo efeito tem uma causa, todo efeito inteligente, necessariamente, a que ter uma causa inteligente, não dá para acreditarmos, que os distúrbios da psique, tenham uma célula como causa.
Embora respeitável a ciência, como vimos, André Luiz nos trouxe em o livro “Missionários da Luz” revelações genéticas explicando também o fator hereditário, entretanto, deixando evidente que, a causa primeira da vida humana, e de sua manifestação inteligente, é o espírito; ah eu ia me esquecendo, como a morte não existe e a vida continua, temos cientistas despojados do corpo físico, e André Luiz é um deles.
Mas não satisfeito, com estas argumentações, meu amigo espírita e psicólogo, argumentou ainda comigo, haver verificado através de tratamentos realizados em seus pacientes, que a maioria dos casos de alcoolismo, traziam sempre, pais, avos, ou bisavós,   que haviam possuído o vicio de beber, narrando-me o tratamento de um garoto que bebia, seu bisavô, seu avo,  bebiam o pai do rapaz não tinha o vicio, mas que com certeza ele o herdara dos antepassados.
Não existe hereditariedade espiritual, pois somos os construtores de nosso próprio destino, somos herdeiros de nossas próprias obras, reencarnamos junto a determinados pais por lei vibracional, lei de afinidade, é mesmo estranho que alguns espíritas acreditem em hereditariedade espiritual, a célula que seria a responsável pelo desenvolvimento do vicio, pode estar presente no DNA, entretanto, se o espírito já superou este momento evolutivo, não haverá campo para a manifestação dessa célula, basta lembrar que na reencarnação de Segsmundo, Alexandre esclarece André Luiz que dependendo da conduta do reencarnante, poderia ser suavizado, e mesmo eliminado, o problema de origem cardíaca que se manifestaria durante a sua existência na terra; o garoto supostamente herdeiro, pode ter sido a reencarnação de seu bisavô, carregando ainda as tendências viciosas do passado.
Lembremos que é impossível a um papai ou mamãe, transferir luz e amor, a um filho que se encontre em trevas, sendo impossível essa transferência, é também impossível a hereditariedade, pois herdar é receber algo de alguém, e, no que respeita os valores legítimos, este são inalienáveis, são intransferíveis; somos herdeiros do Criador, individualidades, participantes do universo, concebidos por Deus,  dotados de inteligência e de amor, nos é facultado o livre arbítrio, e nos transformamos em construtores de nosso próprio destino.
Amigos, o que tínhamos que herdar, já o possuímos, em potenciação no núcleo da alma, possuímos um patrimônio eterno, na condição de um eterno vir a ser,  compete-nos entretanto maturar essas potenciações, manifestando a força de vontade, aproveitando as oportunidades que Deus nos oferece na vida, através das reencarnações,  entretanto não nos esqueçamos, somos herdeiros de nossos próprios atos.
                                                                      Sola

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home