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sábado, 26 de fevereiro de 2011

TRAGÉDIAS COLETIVAS



Nas tragédias coletivas

Inúmeras interrogativas

São descarregadas no ar

Porque Deus permite isso?

Porque o governo é omisso?

Quanto podemos suportar?



Nesta análise equivocada

A tragédia é classificada

Como descaso da divindade

Será que Deus anda ocupado?

Se somos seus filhos amados,

Porque tanta crueldade?



São tantos os questionamentos

Insensatos, barulhentos,

De pessoas que ignoram

As leis de causa e efeito,

Um Deus amoroso e perfeito

Amparando os que se aprimoram.



As tragédias coletivas

Reúnem almas cativas

De semelhante infração,

Com amigos e familiares

Que serviram de auxiliares

Ou cúmplices na mesma ação



Neste mundo de expiação e prova

A população se renova

Preparando a transição

Muitos têm débitos quitados

Outros serão recambiados

Para outra habitação



Mas não há incoerência

E Deus não pune a inocência

Tudo tem uma razão

São conseqüências criadas

Por ações desequilibradas

Em passado de perversão



Não sabemos, irmãos queridos.

O que são bênçãos ou perigos

Com nossa pobre visão

O que pra nós é desgraça

Para muitos representa a taça

Que brinda a libertação



Em tudo há lições primorosas

Vemos cenas maravilhosas

De heroísmo popular

Onde o orgulho é derrubado,

Velhos conceitos trocados

Crescimento a se concretizar



São tantos se movimentando

De algum modo procurando

Aliviar a aflição

Inúmeros voluntariados

Botando as mãos no arado

Trabalhando até a exaustão



Desenvolve-se a criatividade

Amplia-se a solidariedade

Em nobres realizações

Multiplicam-se os recursos

Aproveitando os impulsos

E a força destas multidões



E quando quisermos julgar

Procuremos silenciar

Sobre o que mal conhecemos

Troquemos a ignorância

Explorando a exuberância

Desta doutrina que temos



Pois é chegado o momento

De nos tornarmos instrumentos



Do bem que há de imperar

Vigiando os pensamentos

Produzindo bons sentimentos

Para poder trabalhar, e nos doar!

Para perceber

Que somos capazes de mudar, e melhorar,

E assim desenvolver

Nossa capacidade de amar.

Poetas do amor



Ribeirão Preto, 14 de janeiro de 2011.

Centro Espirita Jesus e Maria

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