TRAGÉDIAS COLETIVAS
Nas tragédias coletivas
Inúmeras interrogativas
São descarregadas no ar
Porque Deus permite isso?
Porque o governo é omisso?
Quanto podemos suportar?
Nesta análise equivocada
A tragédia é classificada
Como descaso da divindade
Será que Deus anda ocupado?
Se somos seus filhos amados,
Porque tanta crueldade?
São tantos os questionamentos
Insensatos, barulhentos,
De pessoas que ignoram
As leis de causa e efeito,
Um Deus amoroso e perfeito
Amparando os que se aprimoram.
As tragédias coletivas
Reúnem almas cativas
De semelhante infração,
Com amigos e familiares
Que serviram de auxiliares
Ou cúmplices na mesma ação
Neste mundo de expiação e prova
A população se renova
Preparando a transição
Muitos têm débitos quitados
Outros serão recambiados
Para outra habitação
Mas não há incoerência
E Deus não pune a inocência
Tudo tem uma razão
São conseqüências criadas
Por ações desequilibradas
Em passado de perversão
Não sabemos, irmãos queridos.
O que são bênçãos ou perigos
Com nossa pobre visão
O que pra nós é desgraça
Para muitos representa a taça
Que brinda a libertação
Em tudo há lições primorosas
Vemos cenas maravilhosas
De heroísmo popular
Onde o orgulho é derrubado,
Velhos conceitos trocados
Crescimento a se concretizar
São tantos se movimentando
De algum modo procurando
Aliviar a aflição
Inúmeros voluntariados
Botando as mãos no arado
Trabalhando até a exaustão
Desenvolve-se a criatividade
Amplia-se a solidariedade
Em nobres realizações
Multiplicam-se os recursos
Aproveitando os impulsos
E a força destas multidões
E quando quisermos julgar
Procuremos silenciar
Sobre o que mal conhecemos
Troquemos a ignorância
Explorando a exuberância
Desta doutrina que temos
Pois é chegado o momento
De nos tornarmos instrumentos
Do bem que há de imperar
Vigiando os pensamentos
Produzindo bons sentimentos
Para poder trabalhar, e nos doar!
Que somos capazes de mudar, e melhorar,
E assim desenvolver
Nossa capacidade de amar.
Poetas do amor
Ribeirão Preto, 14 de janeiro de 2011.
Centro Espirita Jesus e Maria
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