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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

DESOBSESSÃO/APOMETRIA - OPINIÃO DE UM AMIGO


Caro Irmão,

Tentei descobrir o que realmente é a apometria, como atua, etc.

Mais diretamente: procurei saber como é feito um tratamento por apometria, suas fases, procedimentos, objetivos.

Não consegui achar muita coisa.

Os textos que achei na internet dividem-se em dois grandes grupos: de apoio e divulgação entusiástica da apometria ou de crítica e banimento dela como prática espírita.

Sendo sincero, posso dizer que continuo sem saber no que consiste realmente essa técnica.

Pelos comentários que você me enviou, pude perceber que ela esposaria alguns conceitos que não são recepcionados pela doutrina espírita.

Pelo que pude ler hoje, se, de fato, ela procura afastar o espírito, sem tentar ajudá-lo, estaria mais próxima de um verdadeiro exorcismo, tendendo para a expulsão pura e simples do obsessor, embora se valha, ao que parece, de outros tipos de nomenclatura e de técnicas.

Em diversas oportunidades, pude comentar, em conversas com poucas pessoas ou para todos os presentes à reunião, que o exorcismo carece de qualquer característica que lhe permita, ainda que minimamente e com muito boa vontade, ser classificado como cristão.

A mensagem ao espírito sofredor – e o obsessor sempre o é – deve ser obrigatoriamente de amor, tolerância, compreensão, esperança, consolação; que jamais pretendamos expulsar um irmão que nos pede ajuda, o que, na verdade, ele está fazendo, por mais rude, violento e mesmo maldoso que possa parecer.

A nossa resposta a esse pedido de socorro não pode ser, nunca, o empurrão para o abismo, mas a mão estendida; talvez ele demore muito até entender que está, finalmente, recebendo atendimento fraterno, mas a nossa mão deverá permanecer estendida o tempo que for necessário.

Em outras crenças, um padre ou um pastor, dotados de autoridade moral e sincera vontade de ajudar, embora mal informados, podem eventualmente “expulsar” o espírito obsessor, mas estarão apenas agravando o problema, pois ele voltará ao obsedado, uma vez que se trata de antigas pendências entre os dois, relacionamentos desastrosos, que, algum dia, serão forçosamente revistos e superados, pela compreensão recíproca.

O trabalho da casa espírita é catalisar esse entendimento.

Tudo isso eu costumo dizer quando surge a oportunidade, ou necessidade.

É também habitual eu citar bastante o livro Diálogo com as Sombras, de Hermínio Miranda, que é uma receita segura para que nos mantenhamos sob a orientação e o amparo da verdadeira doutrina dos espíritos.

Caro Jorge, todo esclarecimento que você puder me fornecer sobre o tema, e outros assuntos que você julgar importantes, me será muito útil, lerei com grande interesse.

Abraço fraterno,

Sérgio de Jesus Rossi

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