Para a saúde foram aplicados apenas 39,3% dos R$ 50,6 bilhões disponíveis. O governo não dá conta do que já tem. Conseguirá investir o dinheiro dos royalties do pré-sal na educação? Ministro pode trabalhar em “meio expediente”? Um deles investiu apenas 61,3% dos R$ 53,3 bilhões disponíveis para a educação.(1) Existem governos patogênicos?
Embora já se tenha dito que “o Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde”, a realidade é que nosso sistema de serviços públicos, como a economia, está descendo a ladeira. Sobe a inflação.
Em 2007, o senador Jefferson Peres disse com tristeza: “ A Casa está desmoronando”, ao referir-se desanimado ao que chamou de “farsa montada” no caso Renan Calheiros. Sem esperanças disse que indignados eram apenas “uns quatro ou cinco”.
O progresso de qualquer nação ocorre a partir do esforço de toda a sua população, mas não se pode negar que papéis decisivos pertencem aos que lideram a comunidade política, científica, industrial, administrativa, tecnológica e militar. Eles exercem seus papéis em consequência de seus dotes intelectuais superiores – aristocracia intelectual.
Quais as implicações individuais e sociais sem o correspondente desenvolvimento ético? O senador desesperançado disse ainda que era impressionante o “abastardamento dos costumes políticos”. (2)
Um professor de Bioquímica, Faculdade de Medicina USP, disse que o executivo teve uma idéia malvada.
“Incapaz de convencer jovens médicos a trabalhar no SUS, o governo federal resolveu criar um novo profissional, o meio médico meio escravo. Esse profissional, inspirado nos mitológicos centauros e na famosa meia muçarela meia calabresa, virá em duas versões, nacional e importado. É a pizza que vai ser servida no SUS”. Termina dizendo que “se tudo der certo, vamos protestar na frente das Faculdades de Medicina e do CRM, os verdadeiros culpados pela crise na saúde pública.” (3)
O docente comenta ainda que a frustração mais difícil de tolerar é a de não se praticar a medicina aprendida por falta de infra-estrutura. Muitos abandonam a prática médica. Com alto grau de resistência à frustração outros se tornam gestores na esperança de melhorar a infra-estrutura pública. Aplicamos apenas 39,3% ainda restam 60,7%!
Podemos encontrar não médicos como ministros da saúde. Mas, quando são oriundos da faculdade de medicina guardamos esperança de que sejam verdadeiros. Já encontrei alguns, diante da vida intra-uterina, fazendo a opção pela medicina que mata, em detrimento da outra.
O Prof. Ismar Silveira, foi diretor na FCM-UERJ e nos chamou a atenção para o texto "Reputação Médica", na Revista do Conselho Federal de maio-junho de 2000. Nela, tomamos conhecimento de que o Dr. José Gallo escreveu:
"A boa reputação do médico é a pedra de toque de seu poder de cura. Nenhuma outra profissão exige maior credibilidade que a médica..."
Será que existe o objetivo de destruí-la!
A credibilidade é tão fundamental como a competência. O articulista lembrou Nietzsche: "é mais fácil suportar uma consciência pesada do que uma má reputação. Creio que ministros, senadores e deputados deveriam fazer essa reflexão nas noites de insônia. Conhecem-se os verdadeiros representantes do povo pelos esforços que fazem para domar inclinações menos éticas. (4)
Um enigma. Ainda não entendemos a opção pelo aborto, quando poderíamos não deixar engravidar e de forma barata. (5, 6). Quanto está sobrando dos R$ 50,6 bilhões disponíveis?
Vamos orar e voltar às ruas, com fé nas mudanças, sem atropelar o direito de ir e vir, tendo nas mãos o cartaz “Mata Cupim”. Talvez com o do titânio.
A fé nos permite acreditar no que não vemos. Como a recompensa da fé é ver aquilo em que cremos. Apesar da idade avançada guardo a esperança como no vídeo (7).
“O Sol há de brilhar mais uma vez, a luz há de chegar aos corações. Do mal será queimada a semente, o amor será eterno novamente. É o juízo final, a história do bem e do mal. Quero ter olhos pra ver a maldade, do ministro, desaparecer.
1 Comentários:
O abandono na educação integral é a principal causa de tudo, gerando pessoas despreparadas para formar família (célula mater da sociedade), ocuparem cargos públicos sem a menor noção de ética e respeito ao ser humano.
Temos que exigir: punições severas na corrupção e confiscar os bens até o valor roubado dos cofres públicos e investir o maior percentual do PIB na EDUCAÇÃO para médio e longo prazo corrigirmos o problema. Não vejo outra saída. Marcos
Por Marcao, às 15 de julho de 2013 às 06:27
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