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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Percepção e Subjetividade I




Luiz Carlos Formiga
A Psicologia Cognitiva permite definir percepção como o conjunto de processos pelos quais reconhecemos, organizamos e entendemos os estímulos em nosso ambiente. A sensação não deve ser confundida com ela, mas é imprescindível para que ocorra o fenômeno. Percepção é processo duplo, psicológico e fisiológico. A sensibilidade é captação pura e simples de um estímulo, sendo exclusivamente biológico. Para que ocorra a percepção não basta a existência de um excelente instrumento fotossensível, como é o olho, com seus sete bilhões de cones, na fóvea, e outros milhões de bastonetes, encontrados na periferia da retina. Percepção não é resposta rígida, ligada ao estímulo, mas um complexo processo bipolar resultante da interação entre condições de estímulo e fatores inerentes ao observador.
Há, nesta hora, que considerar o papel das características internas do pesquisador, seus interesses e valores, sem esquecer os fatores externos sociais, que também influenciam o processo. Considerando apenas o biológico, sem cogitar do biomédico, ainda temos que lembrar as aberrações, cromática e esférica.
Vamos sempre nos defrontar com inúmeros estímulos, de vários tipos. No entanto, no palco onde a vida mental acontece (consciência), teremos apenas um limitado número deles. Estamos diante do foco da atenção, que é influenciada, dentre outros, pelo movimento, tamanho, repetição.
Teoricamente podemos conjecturar que a pessoa que recebe constrói essencialmente o estímulo percebido usando informação contextual, sensorial e conhecimento anterior. Por esse motivo faço convite para uma rápida experiência.
Pense ligeiramente no que acontece quando folheamos um texto publicado numa revista técnica.
Em seguida e sem pressa, vá folheando até as referências bibliográficas ou, de modo inverso, comece pelo fim, no endereço eletrônico disponível.
Finalmente responda.
O que acontece com a percepção, quando já possuímos ou não, conhecimento anterior, em áreas como a Educação, Psicologia, Direito e Biomedicina?
Percebeu?
Inicialmente, o texto considera a natureza humana como de ordem biológica, psicológica, social e espiritual, lembrando a política de humanização do Ministério as Saúde, do SUS e a postura ética de um profissional de saúde, que transcende escuta de queixas, e vai à responsabilidade pela resolução dos problemas e a promoção da saúde. Essa política irá evitar maior sofrimento, sempre geral, físico, social e psíquico.
O artigo procura apreender a realidade na Medicina Laboratorial, onde esse profissional é capaz de perceber a existência de uma pessoa, mesmo que esteja por trás de um mero tubo de ensaio. Valoriza a pessoa, a prudência, a diligência e a perícia. Pessoa como lecionou Miguel Reale “é o valor fonte de todos os valores”.
Leitores de maior sensibilidade, com percepção que tangencia a Extra-Sensorial (PES), desconfiam que continuaremos noutro artigo. E, estão certos.


2 Comentários:

  • Em 5 de outubro de 1949 a percepção de alguns, movidos por estímulos extrassensoriais, como deixa transparecer Leopoldo Machado em sua narrativa sobre a data, possibilitou algo 'improvável' pela amplitude e impacto emocional que produziu. O "Pacto Áureo" se fez momento de uma 'causa' acima de tudo e todos ali presentes.

    Por Blogger Heitor Mendes, às 5 de outubro de 2019 às 04:32  

  • Sim!!!!!

    Por Blogger Unknown, às 6 de outubro de 2019 às 19:35  

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