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Luiz Carlos Formiga |
“COMO ELE FEZ ISSO?”
Parece
impossível compreender os desígnios de Deus utilizando as possibilidades
limitadas da mente humana. É como se a mente não pudesse conter, em seu copo, a
água do oceano, como a minúscula semente mágica retém a informação genética. No
entanto, a esperança permanece, quando, vencendo o orgulho, a mente humana
percebe a existência da árvore. (1)
Há momentos que
nos sentimos diante de uma “caixinha de surpresas”, como acontece com o jogo de
futebol que “só acaba, quando termina”.
Gosto de futebol, mas reconheço que não é
tão bom para o casal como o frescobol. Pense e concordará comigo.
Voltemos ao “Maracanã”, com Gentil Cardoso,
figura folclórica do esporte brasileiro, que treinou todos os grandes clubes do
Rio de Janeiro. Técnico e torcedor do Bonsucesso, trabalhou com a seleção
brasileira, em 1959.
Quase sempre, era chamado quando um time
estava em má situação e raras vezes para treinar equipes já bem formadas. Por
isso, cunhou a frase: "Só me chamam pra enterro, ninguém me
convida pra comer bolo de noiva"
Foi campeão pernambucano treinando, na
capital, suas três grandes equipes. Nasceu em Recife em 1906 e desencarnou no
Rio de Janeiro, em 1970. Dele são duas outras frases que ficaram famosas: “quem se desloca recebe, quem pede tem preferência; o craque trata a bola de você, não de
excelência". Isso se
chama “intimidade”.
A frase “quem se desloca recebe” lembrou-me
um médium se deslocando ao telefone, impactando a pessoa do outro lado da linha
(2). Lembrou-me também o cantor (3) possuidor de enorme extensão vocal e que me
levou a uma hipótese. Vou explicar.
A reencarnação é uma hipótese que pode
lançar luz sobre a existência do talento desse jovem rapaz, pois não basta
possuir o instrumento privilegiado, há necessidade de saber utilizá-lo.
Quem
pede tem preferência
lembrou-me uma cirurgia espiritual pedida
pelo paciente, que era médico, e, também, a benção solicitada pelo espadachim japonês.
Vamos “rápido e rasteiro”, atendendo
recomendação do técnico Gentil.
"Se a bola é feita de couro, se o couro vem da
vaca e se a vaca come capim, então a bola gosta de rolar na grama e não ficar
lá por cima; portanto, meus filhinhos, vamos jogar com ela no chão".
Nesse jogo, a bola chega ao fundo da rede,
é o “gol,” representado pela pergunta
mais honesta que se pode fazer, quando diante de um fato inusitado, gol olímpico! “Como ele fez isso?”
Divaldo P Franco estava psicografando ao
som de Mozart (2), quando chegaram dois espíritos, aparência feminina. Disseram
que foram atraídas pelo som de Mozart. Uma delas estava preocupada e falou que havia deixado uma filha
na Terra em momentos difíceis. Concluíra o mestrado e o doutorado, mas agora
era alcoólatra.
O Espírito-mãe forneceu a
Divaldo o nome, endereço e o telefone da filha, pedindo-lhe que entrasse em
contato.
Contou também que a filha lhe
ofereceu o disco “Requien de Mozart”, quando completara 18 anos. Logo depois
falecera deixando-a revoltada, pois não aceitava a morte.
Disse-lhe que sua filha, no
início, iria tratá-lo com aspereza, mas que ele tentasse contar-lhe o ocorrido
e os dados recebidos.
Ao telefone, Divaldo falou-lhe
que estivera com sua mãezinha desencarnada.
Ela foi dura: - “Vocês
médiuns são na verdade telepatas, captam de nossa mente e depois nos dizem que
os espíritos voltam e se comunicam conosco.”
Divaldo raciocinou com ela: - Como poderia ter encontrado seu nome e número
de telefone, se não a conhecia?
A jovem doutora ficou sem argumentos.
“Como ele fez isso?”
Começava a perceber que se
tratava de assunto mais sério e calou-se.
Divaldo falou-lhe que estaria
em sua cidade para uma palestra. Se ela quisesse poderiam conversar com ele na
casa de amigos. Ela aceitou,
mostrando-se mais calma e menos radical.
Ele lhe recomendou a leitura de
“O livro dos Espíritos”, para que pudesse entender os problemas que a afligiam.
Meses depois antes de proferir uma palestra, Divaldo encontrou-se com a moça
que, com os olhos brilhando de felicidade, lhe disse:
- Agora estou me refazendo do alcoolismo; estudando a Doutrina Espírita.
Começo a entender os seus Postulados.
Quem se desloca recebe, a “bola proteção” dos bons espíritos
O cantor ao qual me referi anteriormente é
um jovem de 23 anos que possui extensão vocal de 4 oitavas e 9 semitons, indo
de barítono a soprano. Além disso, é compositor e multi-instrumentista, cantando
em 9 idiomas. “Como ele faz isso?”.
Veja (3) e explique, mas não me venha com a
sempre lembrada “memória genética”.
O Espírito
materializado, Dr. Frederick von Stein, fez cirurgia cardíaca, sem hemorragia
significativa, sem utilizar instrumentos cortantes e sem anestesia
convencional. Trocou válvula mitral com afecção congênita por uma nova,
"construída" durante o procedimento.
Tudo na presença de dois cirurgiões - Ronaldo Luiz Gazzola e
Paulo Cesar Fructuoso; um cardiologista - Luiz Augusto de Queiroz; um
anestesista - José Carlos Campos. A peça foi a exame histopatológico.
Um espadachim
pensava em sucesso e fama. Resolveu desafiar lutadores. Amigo de um monge Zen,
antes da empreitada foi pedir sua benção. O monge fez proposta:
“- Lutaremos
com espadas. Se vencer, irá com minha benção. Se eu vencer ficará aqui comigo e
será monge.”
O jovem espadachim não pode conter o riso. O monge nunca havia segurado uma espada e ele era o melhor espadachim da
província.
Surpresa! Derrotado “entrou para o mosteiro”.
“Como o velho monge fez isso?”
Allan Kardec (4) fez a pergunta honesta e
passou a examinar os “milagres” do Mestre Jesus, em A Gênese.
Adorei o estudo e explicações sobre “a cura do cego de nascença”. (5)
O bom Espírito André Luiz diz que “a espiritualidade é o caminho do amor de
Deus e da harmonia entre os homens. O Amor serve para unir e um Mestre é a
expressão máxima dessa união universal.”
Voltemos ao futebol e a sua “Regra 3”.
Vinicius de Morais se vinga do parceiro
que era namorador, Toquinho, compondo uma segunda letra. A primeira versão
havia sido recusada. O poeta expressou seu aborrecimento.
Voltou para casa e escreveu uma segunda letra,
que é um gracejo, veja: “Tantas
você fez que ela cansou. Porque você, rapaz, Abusou da regra três (7) Onde menos vale mais. Da
primeira vez ela chorou Mas resolveu ficar. É que os momentos
felizes Tinham deixado raízes no seu penar. Depois perdeu a
esperança Porque o perdão também cansa de perdoar. Tem sempre o dia em que
a casa cai, Pois vai curtir o seu deserto vai. Mas deixe a lâmpada acessa se
algum dia a tristeza quiser entrar. E uma bebida por perto, porque você pode estar
certo que vai chorar.”
Toquinho conta em vídeo imperdível a “vingança
bela e inteligente”.
Quem não tem a mediunidade, inspiração, de
um poeta vai perguntar: “como ele fez isso?”
Há fatos que nos deixam perplexos. Passei por uma
experiência inesquecível. O Espírito “baixou” no ambiente do estúdio de TV, caminhou
de forma não convencional, usou a vidência de um médium convidado, de outro
Estado, e que nunca me tinha visto pessoalmente. Aí o Juiz, não de futebol, deu-me
um recado, que me arrepiou.
Joel Vaz, o entrevistador, muito ocupado com
câmaras e luzes, nada percebeu. Até hoje não lhe contei. Joel participa do Grupo
de Estudos Espíritas do Teatro Vannucci. (8) Se o leitor tiver curiosidade veja
mais no link de número (9)
Com tantas evidências sugestivas da imortalidade,
roguemos aos bons Espíritos que continuem a nos amparar e também a dar forças “a todos nós”, para que nos tornemos
dignos dessa proteção. Que todos possamos ter “vivências com Jesus”. Não é
Yasmim? (10).
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