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Luiz Carlos Formiga |
Um fanático deve sofrer de uma virose, mas
que difere da causada pelo vírus Herpes.
O Herpes é um vírus com afinidade dermoneurotrópica, mostrando tendência à citopatogenicidade focal. São lesões autolimitadas recorrentes de curta duração. (1)
O fanatismo lembra uma doença causada por
uma bactéria, que acomete políticos, pois é de longa duração (2). Por outro
lado, pode se assemelhar a AIDS (virose) ou Tuberculose (bactéria), pois também
está envolvida com preconceitos.
Na medicina o preconceito pode trazer problemas
diversos, como na hanseníase, que é uma doença infecciosa relativamente
benigna, "pouco contagiosa" e não letal. No entanto, os pacientes
sofrem com uma doença social grave, em torno de um núcleo físico relativamente
pouco importante, que é a lepra. O leproestigma dá origem ao ato de evitar,
discriminar e segregar. (3)
A paciente-enfermeira relatou:: ”Não
contei para a minha família, que mora fora do estado, mas fui à televisão fazer
reivindicações em nome dos pacientes pobres, pois eu tenho plano de saúde. Aí,
meu tio me viu na TV e emergiu todo o seu preconceito e discriminação.
Para familiares, disse que "achava nobre a minha conduta, mas precisava
dizer, na televisão, que tinha tido aquela doença?" (4)
No Núcleo Espírita Universitário (NEU) discutimos
o que se chamou de “Ética da Tolerância”. A erradicação do preconceito não pode
ser feita por decreto, pois é uma questão de inteligência espiritual, de
conscientização, de educação. Para chegar-se ao objetivo da erradicação dos
estigmas não podemos nos apoiar num modelo autoritário de fidelidade
ideológica. Precisamos chegar voluntariamente à aceitação de que somos iguais,
mas diferentes. (5)
Pensemos na religião brasileira. Em matéria de fé, para que possamos desenvolver quaisquer convicções é necessário que haja a possibilidade de comunicação com outros e consequentemente ter acesso a diferentes pontos de vista. A liberdade religiosa só tem sentido em condições de reciprocidade e o direito de igualdade pressupõe o direito à diferença. (6)
Numa linguagem das ciências jurídicas,
escrevemos um texto sobre os problemas enfrentados, entre nós, pela única
religião criada no Brasil. (7)
Através da Arte se pode educar, conscientizar,
colaborando para uma coexistência pacífica, entre os diferentes.
Uma boa notícia. O Grupo Corpo resiste a clichês e faz bela homenagem a Exu em nova
coreografia.
Essa iniciativa lançará mão da dança e
certamente ajudará, e muito, na desconstrução do preconceito.
“Gira” é o novo balé da Companhia
e a 39º montagem da carreira. Com trilha sonora do trio Metá Metá a
nova coreografia flerta com a Umbanda.
Rodrigo Pederneiras diz que “Gira é uma
festa para Exu” e tem cerca de 40 minutos e durante todo esse tempo o Corpo
resiste bravamente aos clichês de brasilidade que poderiam surgir em uma
homenagem a uma entidade espiritual.
Gira fará dobradinha com Bach entre os dias 04 A 13 de agosto, Teatro Alfa em SP; 23 a 27 de
agosto, Theatro Municipal do Rio de Janeiro; 02 a 06 de setembro, Palácio das
Artes em Belo Horizonte; 07 e 08 de outubro, Teatro do Sesi, Porto Alegre. (8)
Sinais de “Terceiro Milênio”.
Ainda parece quase impossível curar um
fanático ou o Transtorno da Personalidade Antissocial, uma vez que o portador
dessa disfunção, não tem deixado a penitenciária em melhores condições. (9)
Mas, o Terceiro Milênio está apenas
começando! Aí vem uma nova geração (10)
(*)
Reginaldo Prandi , professor de Sociologia da Universidade de São Paulo, diz: “para que os seres humanos possam viver bem
neste mundo, é preciso estar bem com os deuses e que Exu é o porta-voz dos
deuses e entre os deuses. Ele faz a ponte entre este mundo e o mundo dos
orixás, especialmente nas consultas oraculares. Como os orixás interferem em
tudo o que ocorre neste mundo, incluindo o cotidiano dos viventes e os
fenômenos da própria natureza, nada acontece sem o trabalho de intermediário do
mensageiro e transportador Exu.” http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/P_autores/PRANDI_Reginaldo_tit_exu_prim.htm
Leia mais.↧
1 Comentários:
A mídia (jornais, rádios e televisão) dão enfase ao combate a alguns tipos de preconceitos que está na "moda". Quando na minha opinião teria que fazer campanha maciça para todo e qualquer pensamento, palavras e atos que levam ao preconceito.
Não fazemos ideia do ganho que terá a sociedade em se livrar dos preconceitos seja com for ele. E nos respeitar mutuamente, independente das nossas características sócio-psico-espiritual do ser.
Marcos Fonseca
Por Marcao, às 25 de julho de 2017 às 04:43
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