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Luiz Carlos Formiga |
“O
primeiro e mais fundamental dever do advogado é ser o juiz inicial da causa que
lhe levam para patrocinar. Incumbe-lhe, antes de tudo, examinar minuciosamente
a hipótese para ver se ela é realmente defensável em face dos preceitos da
justiça. Só depois de que eu me convenço de que a justiça está com a parte que
me procura é que me ponho à sua disposição“. Sobral Pinto, 1944.
A psicografia pode ser investigada fazendo-se
um estudo técnico (grafoscopia) da assinatura do espírito quando encarnado, e
depois vindo do outro mundo através de um médium.
No artigo de
19/1/2016, o espírito “identificado”
era o de um advogado, que chegou a ministro da Justiça. O médium seria um dos criminalistas
que assinam um “manifesto irrefletido”.
A assinatura nesse
caso não passará pela investigação, até porque hoje os espíritos estão
escrevendo através dos computadores.
O que o jornalista
parece querer dizer, com a palavra psicografia, é que o “médium advogado” foi
“formado na mesma escola” do ex-ministro desencarnado.
Que podemos ter
bons médiuns Bacharéis em Direito não tenho duvidas. Já dei testemunho pessoal
sobre a mediunidade do Dr. Reinaldo Leite em “Admiráveis e Poderosos”.
Marcio Thomaz
Bastos seria o espírito, desencarnado em novembro de 2014. Este competente
advogado ainda em vida, diz o jornalista, “transformou
o gabinete do Ministro da Justiça em fábrica de truques concebidos para
eternizar a impunidade (...) desde que o cliente topasse pagar os honorários
cobrados em dólar, por hora de trabalho .” Nessas condições, “ele enxergava filhos extremosos até em
parricidas juramentados.”
Para contrastar o
jornalista coloca em negrito um trecho de Sobral.
“A advocacia não se
destina à defesa de quaisquer interesses. Não basta a amizade ou honorários de
vulto para que um advogado se sinta justificado diante de sua consciência pelo
patrocínio de uma causa. O advogado não
é, assim, um técnico às ordens desta ou daquela pessoa que se dispõe a
comparecer à Justiça. O advogado é, necessariamente, uma consciência
escrupulosa ao serviço tão só dos interesses da justiça, incumbindo-lhe, por
isto, aconselhar àquelas partes que o procuram a que não discutam aqueles casos
nos quais não lhes assiste nenhuma razão”.
O
artista também aconselha: “pense
no que está fazendo, no que está se metendo. Vamos ver a vida sobre outras
curvas, outros aspectos. Não quero te ver mal, dramas são sempre enrolados, tome mais cuidado, não vá sem razão.”
Talvez o
ex-ministro esteja, na espiritualidade pensando em seguir o som.
O jornalista Nunes
diz que a aula ministrada por Sobral pulveriza o chamado “manifesto
irrefletido”. Advogados
divulgaram um manifesto com críticas severas à Operação Lava Jato.
O Estadão, 17/1/2016, disse que o discurso
acusatório é um equívoco. “Não é uma
expressão de legítimo interesse público, como tenta se apresentar”. Diz ainda
que “é grave a distorção dos fatos e que a metralhadora acusatória tem um alvo
especial – o juiz Sérgio Moro” O periódico de São Paulo lembra que “se houve violações e abusos de direitos
nas decisões judiciais, a legislação brasileira prevê generosamente amplos
caminhos recursais para sua revisão” e que “os Tribunais Superiores têm confirmado em grande porcentual as
decisões” de Moro.
“Necessário
reconhecer que poucos réus na história da Justiça brasileira tiveram a
possibilidade de ser tão bem assistidos juridicamente. Pelos melhores advogados
e mais caros” , diz
o jornal.
Esses réus quando enfermos não encaram as
filas dos hospitais públicos. Compreensível pois até os hospitais do Estado do
Rio de Janeiro foram para na emergência do Município.
Dura a crítica de Nunes: “sempre que Marcio Thomaz Bastos triunfava num tribunal, a Justiça
amargava outra derrota, a verdade morria outra vez...”
O que é a verdade?
"Quando vier o Espírito de Verdade ele
vos conduzirá à verdade plena, pois não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que
tiver ouvido e vos anunciará as coisas futuras, vos ensinará tudo e vos
recordará tudo o que vos disse" (João, 14:26 e 16: 13).
A Justiça é o fundamento da
estrutura social. Todas as decisões devem se sujeitar aos limites impostos
pelos seus Princípios. Um dos Princípios fundamentais de Justiça é a
Liberdade. Quando uma pessoa dela é
privada os demais estão ameaçados. No entanto, a liberdade de cada um deve ser
contida pela necessidade de proteger a do próximo.
Um segundo
é o Principio da Diferença.
Considera a diversidade dos graus da experiência alcançada pelo espírito
e a vontade com que realiza suas ações.
Impossível conceber leis independente dos acontecimentos sociais, dos
costumes, da cultura, das necessidades da sociedade, do Fato Social, dos
Valores Éticos-Morais.
A Justiça possui sentido social e função
corretiva. O Direito é o resultado de um movimento dialético, sendo escrito,
diante dos acontecimentos que oscilam no tempo e no espaço.
Como uma resposta aos desafios do
dia-a-dia, o Direito não é um esboço lógico, uma mera abstração, devendo ser
compreendido em seu aspecto prático, como elemento social, cotidianamente
vivenciado na práxis e aplicado em prol do bem-estar do grupo social, de sua
evolução.
Como os acontecimentos sociais se sucedem de
forma imprevisível, não é possível imaginar o Direito como uma coisa estática.
No tratado jurídico-filosófico, o livro
"O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo",
descobrimos que na Justiça Divina não existe a possibilidade de recursos
protelatórios e que a responsabilidade do espírito aumenta na medida da razão
da capacidade de compreender o bem e o mal.
Gravada no disco rígido, diretório
consciência, a Lei Divina ou Natural traduz regras de bem proceder. Sendo de
aplicação maleável é utilizada como
mecanismo básico, isonômico e indistinto, para que ocorra a perfeita
administração no julgamento de ações. Não castiga, não premia, mas restitui,
tendo característica educativa, é flexível, dinâmica e individual.
Disse o médium Chico Xavier que: "quando
temos dívida na retaguarda, mas continuamos trabalhando a serviço do próximo, a
Misericórdia Divina manda adiar a execução da sentença de resgate até que os
méritos do devedor possam ser computados em seu benefício".
Allan Kardec foi um potente refletor da
luz lançada por Jesus, tanto que, ante a Revelação Divina, Jesus diz: eu não
vim destruir a lei, e o Espiritismo diz que: não vem destruir a lei cristã, mas
dar-lhe execução.
Creio que a maioria dos criminalistas “não
está nem aí” para o que disse ou psicografou o Chico Xavier.
Os das Ciências Jurídicas que são
estudiosos da Doutrina dos Espíritos já estão oferecendo contribuições.
Creio que já podemos encontrar alguns
beirando a frustração como eu, também por causa dos pares. Fiz tentativa (*),
sem ser muito explícito, mas não recebi retroalimentação.
Parece que as sementes não encontraram muitos
terrenos férteis. Felizmente ainda estão preservadas em quatro sítios
diferentes. O quarto também não é espírita, mas tem um bom semeador.
1. Revista
Jus Navigandi
2. UFSC
3. (*) Microbiologia
In Foco, Ano 3, Nº 11: 10-16, São Paulo, SBM, 2010.
O conteúdo parece não estar mais online.
4. Jornal
O Rebate
Emmanuel tem sido bom companheiro. “No esforço redentor, é indispensável que
não se percam de vista as possibilidades pequeninas: um gesto, uma palavra, uma hora, uma frase pode representar sementes
gloriosas, para edificações imortais.”
Recordemos outro conselheiro: “pense no que está fazendo, no que está se
metendo. Vamos ver a vida sobre outras curvas, outros aspectos.“ Enquanto
ainda encarnados.
Segue o som de Jesus e “nem esteja aí”
para os dólares nos paraísos fiscais
O Mestre não tinha onde reclinar a cabeça,
mas o seu gesto foi fundamental para homem rico chamado Zaqueu.
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