Continuamos encontrando obras com teor duvidoso, mas que levam o nome de obras espíritas. São obras que não resistem a um exame mais criterioso. Uma leitura mais detalhada pode revelar pontos discordantes e contradições entre um capítulo e outro. Tais obras falam de amor e até de Jesus; mas as entrelinhas estão cheias de mensagens subliminares de rivalidade e ironia com a Doutrina dos Espíritos.
Vejamos o que Allan Kardec nos deixou sobre isto:
"Esses erros provêm quase sempre de Espíritos levianos, sistemáticos ou pseudo sábios,
que se comprazem vendo editadas suas fantasias e utopias e isso por homens que conseguiram enleiar a ponto de fazê-los aceitar, de olhos fechados, tudo quanto lhes debitam, oferecendo alguns poucos grãos de boa qualidade em meio ao joio. Mas, como esses espíritos não possuem nem a verdadeira cultura, nem a verdadeira sabedoria, não conseguem manter por muito tempo o seu papel, e a ignorância os trai.
Deus permite que deixem escapar em suas comunicações erros tão grosseiros, coisas tão absurdas e mesmo tão ridículas, ideias nas quais as noções científicas mais vulgares são demonstradas com tamanha falsidade, que, ao mesmo tempo, destroem o sistema e o livro que o contém.
Sem dúvida alguma seria preferível que só fossem publicados bons livros!
Mas, embora tudo se passe de outra forma, é preciso que não temais, para o futuro, a influência dessas obras. Elas podem, momentaneamente, acender um fogo de palha, mas quando não se apoiam em uma lógica rigorosa, vede, ao fim de alguns anos, - muitas vezes de alguns poucos meses, - a que se reduziram. Para tais casos as livrarias são um termômetro infalível...
(Allan Kardec- Livro Viagem Espírita em 1862)
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