QUEM É EMMANUEL?
1. EMMANUEL
Primeira aparição de Emmanuel - Emmanuel, em seu primeiro contato com Chico Xavier mostrou-se dentro de raios luminosos em forma de cruz e com a aparência de um bondoso ancião. Mais tarde, captado por tintas mediúnico-artísticas, Emmanuel revelou-se um belo homem, de traços maduros e serenos, porém joviais e marcantes. Instado a revelar sua identidade, esquivou-se repetidas vezes, alegando razões particulares e respeitáveis, afirmando, porém, ter sido, na sua última passagem pelo Planeta, padre católico (Manuel da Nóbrega), desencarnado no Brasil. (Chico Xavier, in "Emmanuel", 1938).
Emmanuel & Chico Xavier - Embora Chico Xavier tenha se iniciado no Espiritismo aos 17 anos, em 7 de maio de 1927 (fonte: FEB), apenas a partir de 1931 Emmanuel passou a guiar as suas mãos, sendo para este, segundo suas próprias palavras, "um viajante muito educado procurando domar um animal freado e irrequieto, afim de realizar uma longa excursão". (Pinga-Fogo, Edicel).
Apesar de apontamentos seguidos sobre a rígida disciplina aplicada por Emmanuel sobre Chico Xavier, este apenas teve sempre, sobre seu mentor, palavras de carinho e gratidão. E uma profunda admiração também, perceptível nesta declaração: "Solicitado para se pronunciar sobre esta ou aquela questão, notei-lhe sempre o mais alto grau de tolerância, afabilidade e doçura, tratando todos os problemas com o máximo respeito pela liberdade e pelas idéias dos outros." Ou então: "Emmanuel tem sido para mim um verdadeiro pai na Vida Espiritual, pelo carinho com que tolera as falhas, e pela bondade com que repete as lições que devo aprender. Em todos estes anos de convívio estreito, quase diário, ele me traçou programas e horários de estudo, nos quais a princípio até inclui datilografia e gramática, procurando desenvolver os meus singelos conhecimentos de curso primário, em Pedro Leopoldo, o único que fiz agora, no terreno da instrução oficial."
Emmanuel permaneceu ao lado de Chico até suas derradeiras horas no Planeta. O médium morreu na noite de domingo, 30 de junho, aos 92 anos, de parada cardíaca, na cidade de Uberaba, MG, e onde passou grande parte de sua vida.
É impossível falar em Espiritismo ou em Chico Xavier, principalmente, sem recordar este grande Espírito que ao longo de várias e laboriosas décadas, consolidou a Doutrina Espírita no Brasil. Foi através de múltiplos ensinamentos e mensagens, que Emmanuel popularizou a Terceira Revelação sobre o solo brasileiro. Suas preciosas lições e incansáveis recomendações ecoam até hoje, através de livros e lembranças, a perpetuar um trabalho de imensurável valor e que se desenvolveu, certamente, sob a direção direita do Cristo. (©1999-2006 Instituto André Luiz - Conforme Lei dos Direitos Autorais nº 9.610, de 19.02.98)
2. O SURGIMENTO DE EMMANUEL:
Ah, mãe, fique despreocupada. Eu prometo que, enquanto minha última irmã não estiver casada, minha missão no lar não terá acabado. Depois da promessa, o apelo.
Não vá embora, não. Com quem vou conversar sobre minhas visões? Quem vai acreditar em mim?
Num último esforço, Cidália o consolou.
Tenho fé de que você ainda há de encontrar aquelas pessoas do arco-íris* e elas vão te entender mais do que eu.
Chico se sentia sozinho apesar das visitas esporádicas da mãe e das sessões no Centro Luiz Gonzaga. Para escapar do coro dos céticos, ele arrastava os pés pelas ruas de terra do arraial e, com os sapatos sempre frouxos, tomava o rumo do açude. Aquele era seu refúgio. Ali, ele se encolhia à sombra de uma árvore, na beira da represa, encarava o céu e rezava ao som das águas. Em 1931, o bucolismo da cena deu lugar ao fantástico.
O rapaz teve sua conversa com Deus interrompida pela visita de uma cruz luminosa. Franziu os olhos e percebeu, entre os raios, a poucos metros, a figura de um senhor imponente, vestido com túnica típica de sacerdotes. O recém-chegado foi direto ao assunto.
Está mesmo disposto a trabalhar na mediunidade?
- Sim, se os bons espíritos não me abandonarem.
- Você não será desamparado, mas para isso é preciso que trabalhe, estude e se esforce no bem.
O senhor acha que estou em condições de aceitar o compromisso?
- Perfeitamente, desde que respeite os três pontos básicos para o serviço.
Diante do silêncio do desconhecido, Chico perguntou:
Qual o primeiro ponto?
A resposta veio seca:
Disciplina.
E o segundo?
Disciplina.
- E o terceiro?
Disciplina, é claro.
Chico Xavier concordou. E o estranho aproveitou a deixa:
- Temos algo a realizar. Trinta livros para começar.
O rapaz levou um susto. Como iria comprar tinta e papel? Quem pagaria a publicação de tantos títulos? O salário de caixeiro no armazém de Felizardo mal dava para as despesas de casa, os 13 mil-réis mensais eram gastos com catorze irmãos; seu pai era apenas um vendedor de bilhetes de loteria.
Chico arriscou uma previsão.
Papai vai tirar a sorte grande?
O forasteiro encerrou as apostas:
- Nada, nada disso. Sorte grande mesmo é o trabalho com fé em Deus. Os livros chegarão por caminhos inesperados.
O roteiro estava escrito. Restava ao matuto de Pedro Leopoldo seguir as instruções. Seus passos, tropeços e quedas, muitas quedas, seriam acompanhados de perto por aquele estranho a cada dia mais íntimo, O nome dele: Emmanuel, o mesmo que tinha se apresentado a Carmem Perácio quatro anos antes. A missão: guiar o rapazote e evitar que ele fugisse do script traçado no além. Chico deveria colocar no papel as palavras ditadas pelos mortos e divulgar, por meio do livro, a doutrina dos espíritos." (As Vidas de Chico Xavier", Marcel Souto Maior, Edit. Planeta)
* A equipe de Espíritos chefiada por Emmanuel, e principalmente este, devido a grandeza e peculiaridade da tarefa, provavelmente possui (ou possuía) atmosfera espiritual colorida a lembrar um arco-íris, como dizia Chico, pois de uma forma incompreensível para nós, as imagens ilustrativas de suas páginas foram sendo adornadas invariavelmente com um arco-íris. Podemos dizer mais: fazer isso tornou-se algo quase irresistível, enquanto que os fundos (ou backs) pendiam sempre para o marrom, a lembrar chão, terra. Por não compreender-lhe o motivo, retiramos o arco-íris de quase todas ilustrações, preservando apenas a desta página; da página que apresenta Emmanuel em sua encarnação como Manoel da Nóbrega (onde o desejo de inserir imagens da fauna e flora brasileira, exuberante e colorida nos tons do arco-íris, também foi algo quase irresistível) e a que ilustra a página ainda em construção "Anjos do Brasil", dedicada aos Espíritos que velam pelo Brasil desde as suas primeiras horas, dentre eles Emmanuel. (Lori, Instituto André Luiz).
Vide: http://www.institutoandreluiz.org/manoel_da_nobrega.html
http://www.institutoandreluiz.org/anjos_do_brasil.html
3. ESTILO
Esse, o estilo de Emmanuel. A verdade sem rodeios.
APARÊNCIA - Em 1953, Chico estava na cabine (de materialização) quando a sala foi iluminada por uma espécie de relâmpago. Uma aparição com quase 1,90m de altura, porte atlético e tórax largo, entrou em cena. Trazia na mão direita, erguida, a velha tocha acesa* (um símbolo de fé). Com voz clara, baritonada, encheu o peito e afirmou:
- Amigos, a materialização é fenômeno que pode deslumbrar alguns companheiros e até beneficiá-los com a cura física. Mas o livro é chuva que fertiliza lavouras imensas, alcançando milhões de almas. Rogo aos amigos a suspensão destas reuniões a partir desse momento.
Era ele mesmo. Emmanuel.
Chico obedeceu mais uma vez. Sua missão era o livro, era materializar idéias. Precisava cumprir seu cronograma e entregar logo os novos trinta títulos. Ainda faltavam dez.
A maioria dos amigos entendeu. O autor de best sellers espíritas saía das sessões em estado de exaustão. Pálido, abatido, banhado em suor. Alguns admiradores ficaram decepcionados. Quem sabe Chico não poderia provar, com esses fenômenos, a existência dos espíritos? A esperança era inútil. A maioria absoluta dos céticos duvidaria de cada foto ou de cada aparição luminosa.
4. OBRA DE EMMANUEL
COMO EMMANUEL COMUNICOU A CHICO O NÚMERO DE LIVROS QUE DEVERIAM ESCREVER JUNTOS:
1 Comentários:
COMO SEMPRE, MAIS UM EXCELENTE TEXTO DO AMIGO DO CORAÇÃO: JORGE HESSEN!
PARABÉNS MEU QUERIDO!!!
fernandorpatrocinio.blogspot.com.br
Por Filosofia do Infinito, às 5 de maio de 2015 às 06:58
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