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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Hipocrisia, Maconha e Esquizofrenia



LUIZ CARLOS  FORMIGA


Será que a maconha na lei e socialmente aceita retirará dos pais e professores a autoridade moral de ensinar que é prejudicial, como nos fala a revista de Neurociência, que a relacionou em 2011 com a esquizofrenia?

Em cinco anos estamos formando doutores na pós-graduação. Da prisão saem além de estigmatizados, com um outro tipo de “doutoramento”, pois o curso é em horário integral com dedicação exclusiva. Esses vetores, os que são presos e condenados (peixe miúdo), fazem parte do ambiente social facilitador. Por outro lado, no ambiente sócio-familiar também vamos encontrá-los - pais, tios, avós (peixes graúdos, na mente infantil).  Aqui a droga já é socialmente aceita. Também são dignos de conscientização e pena, pelos exemplos de bebedeiras e pelo número de fumantes passivos que fazem.

COMO REBATER ESTES ARGUMENTOS ABAIXO?

Não basta dizer que são falsos os argumentos PRÓ, construídos apenas para confundir ministros. Necessário é oferecer o “contraditório”.
Vejam o que Relator e Advogados de defesa estão fazendo no “Mensalão”.

Argumentos pró,  para serem desconstruídos, um a um.

n  1- É irracional e mesmo contrária ao Estado Democrático de Direito a criminalização do porte para uso pessoal, pois viola a intimidade do indivíduo em conduta que não diz respeito à coletividade.
n   2- A proibição é contraditória com o próprio objeto jurídico (Saúde Pública), uma vez que "cria maiores riscos à integridade física e mental dos consumidores" pela ausência de controles fiscais quanto à qualidade, higiene etc 
n  3- A clandestinidade gera ansiedades no indivíduo que realimentam sua fragilidade, acoroçoando sua tendência à dependência e, dificultando ainda a busca de tratamento.
n  4- O pretenso controle repressivo do tráfico é reconhecidamente ineficiente e sua relação custo/ benefício é deficitária.
n  5- O mercado informal das drogas cria oportunidades de "acumulação de capital e geração de empregos", sendo lógico que a repressão não é capaz de impedir a contínua reposição dos interessados nos seus ganhos e oportunidades, a despeito dos riscos a serem assumidos.
n  6- Os consumidores sofrem "superexploração decorrente dos preços artificialmente elevados", por obra inerente à clandestinidade que torna o produto de difícil acesso e submetido a riscos relevantes. Isto, por seu turno, atua como fator criminógeno porque os usuários frequentemente praticam outros crimes, mormente contra o patrimônio, para possibilitar-lhes poder aquisitivo para obtenção de entorpecentes.
n  7- A criminalização cria um mercado artificial altamente lucrativo que, ao contrário de evitar, incentiva o interesse no ingresso em sua dinâmica, gerando ainda o grave problema da corrupção de órgãos Estatais.
n  8- O Sistema Penal sob o pretexto de fornecer "proteção, tranquilidade e segurança", finda por estimular situações delitivas e criar maiores e mais graves conflitos. Ou seja, pela criminalização das drogas o Estado produz marginalidade e consequentemente mais "criminalidade e violência".
Precisamos fazer nosso trabalho de casa
“enquanto instituição” que representamos o pensamento espírita

VEJAM SE CONSEGUEM DESCONSTRUIR TAMBÉM OS FALSOS ARGUMENTOS UTILIZADOS PARA APROVAR  O ABORTO.
NÃO VALE USAR APENAS ARGUMENTOS RETIRADOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, QUE DEVEM SER ALENCADOS. SÃO NECESSÁRIOS MAS NÃO SÃO SUFICIENTES.
PROCUREM ATENDER AOS AGNÓSTICOS, MATERIALISTAS, ETC

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