LÚCIDO COMENTÁRIO SOBRE AS CÉLULAS TRONCO EMBRIONÁRIAS
Sérgio de Jesus Rossi
Caro Jorge,
Li, embevecido, mais uma aula de cultura e, principalmente, de bom senso.
Kardec, com seu raciocínio claro e racional, dizia que o Espiritismo não vinha para contradizer a ciência, mas para caminhar junto, explicá-la; se algum dia esta o desmentisse, haveria que se corrigir a nossa doutrina.
Na verdade, sabemos que isso dificilmente acontecerá, porque os espíritos sempre estiveram bem à frente de nosso conhecimento terreno, que adquirimos à custa de muito estudo e sacrifício.
Lembro-me da época em que se começou a falar de clones, e quanta asneira – não acho palavra mais suave – se falou a respeito como se essa conquista da ciência fosse uma ameaça às religiões; no meio religioso, também se produziu muito palavrório inútil.
Um amigo, de uma denominação evangélica absolutamente respeitável, perguntou-me como o Espiritismo explicaria um novo corpo, cópia do anterior, especulando se haveria também “cópia” do espírito.
A provocação, mal dissimulada, era evidente, como se isso jogasse por terra toda estrutura da vida espiritual, que é a verdadeira.
Percebi que ele realmente não entendera o pouco, talvez nada, que tivesse lido sobre a nossa doutrina; tive de explicar que o espírito não é parte do corpo, mas apenas ocupa um durante a etapa terrena. Disse também que a espiritualidade estava preparada, há muito tempo, para os futuros avanços da ciência humana: se um dia houver clones humanos, espíritos serão designados para emprestar-lhes a centelha divina.
Ainda brinquei com ele perguntando o que ele achava de si mesmo, que ele era apenas aquele corpo, e que estava dentro do cérebro, “atrás” dos olhos; foi uma ironia deliberada para que ele aceitasse que somos muito mais, que somente achamos que estamos na altura dos olhos porque esse sentido é dominante no corpo humano.
Por falta de oportunidade, a conversa não prosperou.
Voltando ao nosso tema, entendo que vale o mesmo para os embriões congelados: no momento em que nossos protetores percebem que não haverá a nidificação, o espírito retorna e aguarda nova oportunidade; é o que acontece nos abortos e nos acidentes que vitimam a mãe durante a gravidez.
Quando o embrião congelado é ativado, após anos de espera, ele se converte em nova oportunidade para a imensa “fila” de espíritos necessitados de reerguimento moral pela dureza da lida terrestre.
Então, meu irmão e amigo, muito grato por seu texto tão esclarecedor e completo.
Grande abraço fraterno,
Sérgio
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