O CONHECIMENTO ESPÍRITA É O MELHOR PRESERVATIVO CONTRA AS PRÁTICAS ESTRANHAS E IDÉIAS SUPERSTICIOSAS
É verdade! “O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é possível , e o que é impossível e o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice.”(3)
Os excessos de misticismos, as fantasias psíquicas devem ser alijadas do comportamento humano com o uso e abuso da razão, do bom senso e da inteligência iluminada. Allan Kardec indagou aos Espíritos sobre os talismãs [amuletos] e a lição surgiu peremptória: “o que vale é o pensamento, não o objeto”, portanto a Doutrina Espírita credita as superstições à infantilidade espiritual.
O supersticioso crê que certas ações (voluntárias ou involuntárias), tais como rezas, amuletos, conjuros, feitiços, maldições ou outros rituais, podem influenciar de maneira profunda sua vida. Mas a crença nessas ilusões reside na infância espiritual em que se encontra. Nesta fase evolutiva do espírito impera o pensamento mágico, que se contrapõe ao uso da razão. Mostrando-se-lhe a realidade, explicando-se-lhe a causa dos fatos a sua imaginação se deterá no limite do possível, destarte, o maravilhoso, o absurdo e o impossível desaparecem, e com eles a superstição. Tais são, entre outras, as práticas cabalísticas, as apometrias, desobsessão por corrente magnética com “choques” anímicos(!?...), a virtude dos signos, dos números e das palavras mágicas , as fórmulas sacramentais, os dias nefastos (Sexta-feira “13”), as horas diabólicas (“meia-noite”) “e tantas outras coisas cujo ridículo o Espiritismo bem compreende e demonstra.”(4)
O conhecimento espírita é o melhor preservativo contra as práticas bizarras e ideias supersticiosas, porque “revela o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de crença pueril."(5) Mas, infelizmente, a ausência de bom senso faz com que muitos permaneçam na ignorância, que os remete à cegueira da realidade. Esta, por sua vez, conduz ao sectarismo. A fé cega nada examina, aceitando sem controle o falso e o verdadeiro e a cada passo se choca com a evidência da razão. “Levada ao excesso, produz o fanatismo.” (6)Por essa razão, a Doutrina Espírita explica a superstição como algo ligado à imaginação fantasiosa e à ignorância. Para os espíritas, a falta de estudo sério das obras da Codificação é matriz de muitas idéias acessórias e absurdas, que degeneram em práticas supersticiosas.
Não é nosso escopo, e nem poderia sê-lo, adotar atitude de intolerância, intransigência, incompreensão, animosidade, aos que vivem sob os guantes das superstições, porém, de esclarecimento doutrinário sobre o tema. Tarefa essa que em nenhuma hipótese deve ser contemporizada, interrompida ou arrefecida.
Dado o seu caráter divino, o Espiritismo suporta , mas não comporta a ignorância, o erro, as atitudes intransigentes e mesquinhas. A Codificação está fincada sobre a rocha da sensatez. Por isso mantenhamos a vigília e a tolerância sem transigir com o erro.
Jorge Hessen
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com
Fontes:
(1) O Novo Dicionário Aurélio define superstição como o sentimento religioso baseado no temor e na ignorância e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes; crendice. Crença em presságios tirados de fatos puramente fortuitos. Apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa poder mágico das coisas.
(2) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1999, questão 552
(3) Idem questão 555
(4) Kardec, Allan. Revista Espírita “1859”, Brasília, Ed. Edicel, 1999
(5) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1999, questão 555
(6) Kardec, Allan. O Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2006, capítulo 19, item 6
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