Sobre o questionário do IBGE, comentário de um amigo
No Brasil, o termo Espiritismo adquiriu uma ambrangência universalista, eclética, que se aproxima bem mais do espiritualismo. Possui contatos com a Umbanda, o Candomblé e o Catolicismo, justamente pela perspectiva espiritual. Isso permitiu que as informações espíritas alcançassem um número maior de pessoas, diferente dos limites muito restritos da França no século XIX, ainda muito elitizado. Mas, sabemos que o Espiritismo possui uma base doutrinária e um método de estudos. Essa base que é filosófica e o método não são iguais nas outras denominações que acima citei.
Portanto, deve haver a diferenciação entre o Espiritismo e as religiões que também convivem com o fenômeno mediúnico. Se trata de uma diferenciação conceitual, pois todas deve atuar harmonicamente em conjunto, pelo bem coletivo. Por isso, acompanho o Jorge Hessen, pois considero que o acréscimo do adjetivo "kardecista" é necessário para definirmos ambientes de atuação.
A situação é essa: se nos identificarmos somente como espíritas, estaremos concordando com o IBGE em seu erro metodológico e conceitual. Se nos considerarmos espíritas kardecistas, contribuiremos para a melhor definição do contingente populacional adepto do Espiritismo e só do Espiritismo. Penso que não há milhões e milhões de espíritas no Brasil, sob os moldes de Kardec.
Mas, existe um contingente de milhões que adotam e são simpatizantes das informações espíritas, continuando em suas próprias religiões. Os espíritas praticantes e trabalhadores ainda formam um percentual irrisório no Brasil.
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