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domingo, 1 de agosto de 2010

Sobre o questionário do IBGE, comentário de um amigo



Cristiano Fádel
www.sertaoespirita. com.br

Ouça: VIVENDO O EVANGELHO

Sobre o questionário do IBGE, a dimensão do problema é bem menor. O Instituto possui uma metodologia para elaborar as questões, baseando-se em estudos encomendados. Segundo o Jorge Hessen (pessoalmente ainda não pude conferir) nesse ano o questionário erroneamente foi preparado para identificar genericamente o termo espírita no mesmo grupo de praticantes da Umbanda, do Candomblé etc etc etc. Ou seja, responder nesse caso como espírita, alimenta-se um erro conceitual do IBGE, confirma-se, nesse caso, uma mentira.
No Brasil, o termo Espiritismo adquiriu uma ambrangência universalista, eclética, que se aproxima bem mais do espiritualismo. Possui contatos com a Umbanda, o Candomblé e o Catolicismo, justamente pela perspectiva espiritual. Isso permitiu que as informações espíritas alcançassem um número maior de pessoas, diferente dos limites muito restritos da França no século XIX, ainda muito elitizado.
Mas, sabemos que o Espiritismo possui uma base doutrinária e um método de estudos. Essa base que é filosófica e o método não são iguais nas outras denominações que acima citei.
Portanto, deve haver a diferenciação entre o Espiritismo e as religiões que também convivem com o fenômeno mediúnico. Se trata de uma diferenciação conceitual, pois todas deve atuar harmonicamente em conjunto, pelo bem coletivo.
Por isso, acompanho o Jorge Hessen, pois considero que o acréscimo do adjetivo "kardecista" é necessário para definirmos ambientes de atuação.
A situação é essa: se nos identificarmos somente como espíritas, estaremos concordando com o IBGE em seu erro metodológico e conceitual. Se nos considerarmos espíritas kardecistas, contribuiremos para a melhor definição do contingente populacional adepto do Espiritismo e só do Espiritismo.
Penso que não há milhões e milhões de espíritas no Brasil, sob os moldes de Kardec.
Mas, existe um contingente de milhões que adotam e são simpatizantes das informações espíritas, continuando em suas próprias religiões. Os espíritas praticantes e trabalhadores ainda formam um percentual irrisório no Brasil.

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