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domingo, 18 de novembro de 2018

Um conceito fundamental de Allan Kardec foi adulterado! (*)


Paulo Henrique de Figueiredo


A adulteração de A Gênese em sua quinta edição alterou extirpou conceitos doutrinários. Eles ficaram desconhecidos por 150 anos! Está na hora de recuperá-los. Conheça um deles agora.

Os dogmas religiosos das mais diferentes religiões ancestrais afirmam que Deus nos deu o livre-arbítrio com a condição de que devemos obedecê-lo fielmente. Quem escolher errado, será castigado, sofrerá a queda, enfrentando as dores, ignorância, medo, todo tipo de abandono e sofrimento no mundo. Depois arrependido, Deus dá como recompensa a beatitude eterna!

Allan Kardec, em A Gênese, desmontou esse raciocínio, demonstrando que o livre-arbítrio não foi uma dádiva divina, mas uma conquista progressiva do espírito, por seu esforço, em suas reencarnações. Mas onde está esse ensinamento? Procure no livro inteiro e você não vai encontrar! Foi retirado da edição adulterada em 1872, que não foi feita por Kardec. Quem retirou o trecho certamente acreditava na queda, no castigo divino, num deus vingativo!

Vejamos uma comparação com A Gênese original de Kardec.

Capítulo 3, item 9. Em A Gênese adulterada, termina o parágrafo com a seguinte frase:

“O instinto se enfraquecer, ao contrário, à medida que a inteligência se desenvolve, porque assim domina a matéria”.

Mas não foi o que Kardec escreveu na edição original, onde completa:

“O instinto se debilita, ao contrário, à medida que a inteligência se desenvolve, porque assim domina a matéria; com a inteligência racional, nasce o livre arbítrio o qual o homem usa a seu capricho; então, exclusivamente cabe a ele a responsabilidade dos seus atos”.

Veja que ensinamento extraordinário!

Há uma transição natural da condição animal para o espírito humano. Nada é brusco na natureza!

Se por um lado a inteligência enfraquece os instintos, por outro vai conquistando a liberdade de escolher, o livre arbítrio! Ou seja, somente na medida desse progresso, vai sendo responsável pelos seus atos!

É o fim do conceito do pecado, do carma, da queda, do pecado original, do castigo divino e de todos esses dogmas da antiguidade!

O ato errado não gera castigo por uma lei implacável. A responsabilidade é progressiva, na medida da conquista do livre arbítrio. Por isso, quando o espírito sabe o que está fazendo, é inteiramente responsável pelas suas escolhas. O sofrimento é inerente à Imperfeição. E Deus, infinitamente bom, sabe que o destino de todos nós é o caminho do bem.

Esse é um novo ensinamento para os espíritas!

Precisamos restaurar A Gênese original de Allan Kardec, para que essa passagem fundamental, e as outras centenas delas adulteradas, possam ser lidas, estudadas, divulgadas, nos grupos espíritas brasileiros.(Por Paulo Henrique de Figueiredo, autor de Mesmer – A ciência negada do magnetismo animal e Revolução Espírita- A teoria esquecida de Allan Kardec)

Então, quem tem alguma dúvida sobre o valor da restauração da edição original de A Gênese de Allan Kardec, sugerimos: Na dúvida, ficamos com Kardec!


(*) (Por Paulo Henrique de Figueiredo, autor de Mesmer – A ciência negada do magnetismo animal e Revolução Espírita- A teoria esquecida de Allan Kardec)

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