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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Só para os que foram na Disney



Luiz Carlos Formiga



Fui Aspirante a Oficial da Reserva, estávamos no quarto centenário da Cidade do Rio de Janeiro. Assim que fiz o estágio “saí” segundo tenente e fiquei  nesta “estatura”.
No quartel, lembro-me que nos colocavam em forma por altura. Foi quando descobri que apenas um aluno do CPOR era mais baixo do que eu e que deveríamos desistir de jogar basquete, como Vanessa da Mata.

Descobri coisa pior quando me fizeram fazer uma “marcha” e fomos a pé de São Cristovão à Ilha do Governador. Acho perto de carro, mas o problema não é esse. Difícil era carregar aquela mochila pesada nas costas e o capacete de aço, que cobria o de fibra, levando numa das mãos uma arma, chamada Mosquetão. Meu pulso chorava de suor.

Depois de certo tempo de caminhada, parecia que o pescoço havia encolhido e podia tocar o esterno, aquele osso chato localizado na parte anterior do tórax. Tinha a impressão de que havia perdido uns bons centímetros da modesta altura.

Nessa hora, desenvolvemos a solidariedade e, vez por outra, olhava para trás, procurando ver se o meu colega, o baixinho, necessitava de alguma coisa. A água do cantil parecia evaporar com mais facilidade, embora mantido bem fechado. Uma gota vale ouro. Resistência e resiliência são relativas. O baixinho ainda me ajudou a socorrer outros, aparentemente mais fortes. 

Hoje posso entender melhor a mensagem de Emmanuel, no livro Vinha de Luz, interpretando Paulo (Efésios, 6: 17), mas aprendi  também  que “não é muito fácil” usar o capacete da salvação.

O leitor deverá compreender que estou querendo ser lacônico. O que nem sempre é fácil! Certas horas “uma gota vale muito”. Gostaria de dizer muito em pouco tempo, mas isso é coisa para “Arianos”.

No Rio de Janeiro nem os docentes-pesquisadores inativos (professores aposentados da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) foram poupados de sofrimento semelhante, pois não receberam os proventos (água da vida material), mesmo que o ato “mate de vergonha” a Constituição (CRFB-88), com a arma da inadimplência.

Professores e funcionários, quase na morte, ficaram de pires na mão sem poder pagar contas e o plano de saúde. “Saúde não é mais dever do estado!”

http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2016/07/questao-de-fe.html
https://rinconespirita.wordpress.com/dr-luiz-carlos-formiga/


Não apenas os professores da UERJ devem invejar o advogado da ONU, Geoffrey Robertson. Ele, cobra 40 mil reais por dia.
Quem pode pagar?

Diria Ariano Suassuna: “Só os que foram na Disney.”

Na dúvida  da eventual possibilidade da existência de uma Justiça Divina, os políticos materialistas deveriam “rezar” para que a morte do corpo destrua a vida, em outras palavras, que a alma seja mortal, que os espíritos sejam criações de pessoas sem massa cerebral.

Na realidade, não deveriam se preocupar, pois para eles a “ciência já provou” que não existe vida após a morte, e não existem evidências científicas sugestivas de imortalidade e reencarnação.

O Homem não teceu a teia da vida;
Ele é apenas um fio dela.
Tudo que ele faz à teia
Ele faz a si mesmo.

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