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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Parábola do Filho Pródigo (Lucas, 15:11-32)


Arnaldo Rocha

Esta linda parábola
Nos fala do amor,
Da imensa bondade
E da misericórdia do Senhor.

Havia um bom homem
Que dois filhos gerou,
E o mais moço deles
Disse ao pai, que o criou:

− Pai, dá-me a parte
Do que há de me tocar
De todos os teus bens
Para que eu possa gozar...

E o pai, generoso,
Prontamente repartiu
Com seus dois únicos filhos
Os bens que adquiriu.

Alguns dias depois,
Levando o que herdou,
O filho mais novo
Para outro lugar viajou.

Chegou a uma terra distante,
De um país muito diferente,
E lá dissipou seus haveres,
Vivendo dissolutamente.

Depois de ter dissipado
Tudo aquilo que era seu,
Uma grande fome
Naquele país sucedeu.

Logo, ele começou
A sentir muita privação
E procurou um serviço,
Passando a ter patrão.

Este, porém, o enviou
Para fora da cidade
A apascentar os porcos
De sua propriedade.

Ali, desejou consumir
O que os porcos comiam;
Mas as pessoas do local
Nem isso lhe permitiam.

Enfim, caindo em si, pensou:
- Quanta fartura de pão
Há na casa de meu pai,
E eu aqui nesta precisão.

Lá, até os serviçais
Vivem na abundância,
E eu aqui perecendo
De fome, nesta estância.

Eis, agora, o que farei:
Daqui, levantar-me-ei,
Irei ter com o meu pai
E, humildemente, lhe direi:

− Pai, pequei contra o céu,
Como também diante de ti,
E, arrependido de tudo isso,
Agora estou aqui.

Já não sou digno
De teu filho ser chamado;
Trata-me, enfim, meu pai,
Como a um teu empregado...

Levantou-se prontamente
E, resoluto, se encaminhou
Para a casa de seu pai,
Que um dia ele deixou.

Vinha ele ainda longe
Quando seu pai o avistou,
E, tomado de compaixão,
Correndo, o abraçou e beijou.

E o filho, emocionado,
Finalmente a seu pai disse
O que falou que diria
Quando este o revisse:

− Pai, pequei contra o céu,
Como também diante de ti,
E, arrependido de tudo isso,
Agora estou aqui.

Já não sou digno
De teu filho ser chamado...
E, antes que tudo falasse
Do jeito que havia planejado

O seu pai dirigiu-se, alegre,
Aos servos da casa dele:
− Tragam-lhe a melhor roupa
E depressa vistam-na nele;

Ponham-lhe sandálias nos pés
E um lindo anel no dedo;
Preparem um novilho gordo,
Que hoje teremos folguedo;

Porque este meu filho
Estava morto e ressuscitou,
Tinha-se perdido, e achou-se;
Regozijemo-nos, pois, feliz estou!

E começaram a festejar
O grande acontecimento
Da volta do filho pródigo
Naquele exato momento.

O filho mais velho,
Que no campo se encontrava,
Ouviu música e viu as danças
Quando para casa voltava.

Chamou um dos servos
E perguntou, admirado:
− O que está acontecendo
Na casa de meu pai amado?

O servo lhe respondeu:
− Foi o teu irmão que voltou,
E teu pai mandou festejar,
Pois com saúde o recuperou...

Ele muito se indignou
E não queria se aproximar;
Mas o pai solicitou-lhe
Para a residência adentrar.

Porém ele ao pai respondeu:
− Desde quando aqui estou,
Há tantos anos te sirvo...
E, magoado, continuou:

− Jamais eu transgredi
Uma ordem tua, qualquer;
E para festejar com amigos,
Nunca me destes um cabrito, sequer;

No entanto, ao regressar
Esse teu outro filho,
Que esbanjou os teus bens,
Mandaste preparar um novilho.

Ele, que foi leviano,
Estando até com meretrizes,
Não seguindo, como eu sigo,
Todas as tuas diretrizes.

Então, respondeu-lhe o pai:
− Meu filho, meu grande amigo,
Tudo o que é meu é teu,
Pois sempre estiveste comigo;

Por outro lado era preciso
Que nos banqueteássemos
Com a volta do teu irmão,
E, também nos rejubilássemos,


Porque este teu irmão
Estava morto, e ressuscitou;
Encontrava-se perdido,
E, graças a Deus, se achou.





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