Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” (2)
Qualquer reflexão sobre a arte de viver passa primeiro por um entendimento sobre o que é a vida.
Parafraseando o compositor Gonzaguinha questionamo-nos: E a vida o que é, diga lá meu irmão?
Ainda que passássemos toda nossa existência procurando desvendar as forças que nos regem, não conseguiríamos satisfazer-nos por completo e ainda assim continuaríamos nossa incessante busca pela felicidade.
Viver significa inventar uma fórmula para sermos felizes. Significa por outro lado aprender e apreender.
Somos seres extremamente moldáveis, flexíveis e adaptamo-nos facilmente às situações, sejam elas favoráveis ou desfavoráveis.
Existe um conceito da psicologia chamado resiliência, esse conceito não tem sido muito divulgado no Brasil, mas vale a pena meditarmos.
Resiliência é uma capacidade inata para fazer as coisas corretamente, de modo que, não ficamos muito tempo presos em dadas situações, sejam elas positivas ou negativas, de alegrias ou de sofrimentos.
O ser resiliente é capaz de se tornar elástico, ou seja, se estica no calor das emoções, se encolhe nos momentos das dores, desespera nos arroubos dos sofrimentos, mas sempre sabe que é preciso retomar ao ser essencial que é.
A resiliência é uma força decisiva do princípio evolutivo do ser humano e é fator fundamental da nossa sobrevivência quando em condições fora da normalidade.
Não podemos ignorar que atravessamos tempos difíceis, onde perdas e danos nos fazem sofrer, mas é preciso reagir, precisamos fortalecermo-nos para preservar psicologica e emocionalmente o nosso mundo interior.
Temos capacidade de responder de forma mais consciente aos desafios e dificuldades, de reagir com flexibilidade e somos capazes de recuperarmo-nos diante das circunstâncias desfavoráveis em qualquer “departamento” da Vida.
Se tiver que chorar, sofrer, gritar, faça tudo isso de maneira digna. Não ignore seu sofrer. Não tente passar por herói, você não precisa disso. Você é um ser humano sensível e precisa aprender a “ser” humano. Precisa parar de querer se mostrar forte, duro, auto-suficiente. Você precisa aprender a ser resiliente, a sofrer quando for necessário e a se reerguer dos embates quando for preciso.
Recusar essa capacidade que temos é permitir sofrer demasiadamente e isto não é viver.
Não é preciso escondermo-nos por detrás de máscaras ou representar papéis (do tirano, do bonzinho, do forte, do calculista, do certinho), pois quando agimos assim distanciamo-nos de nós mesmos e perdemos o contato conosco.
Devemos nos permitir “ser” de verdade, viver de acordo com nossos princípios e convicções.
No mundo moderno só é feliz quem descobriu que o melhor jeito de viver é “inventar” a vida, de modo que, os embates da existência não nos “nocauteie”. Usamos tantas máscaras para nos esconder dos outros que, se fossemos analisados por profissionais seríamos catalogados como sendo portadores de personalidades múltiplas.
Deixemos as máscaras de lado e assumamos o roteiro traçado por nós, inventando nossa vida e tendo alegria de viver.
Temos um roteiro seguro que é o Evangelho do Cristo, mas temos que desejar viver em plenitude. Ouçamos o convite do Mestre que é sempre Modelo e Guia para nossa redenção:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
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