Luiz Carlos D. Formiga
Rio de Janeiro
|
Luiz Carlos Formiga |
Carlos Brickmann escreveu que “Francisco
falou de religião enquanto as autoridades tentavam conquistar eleitores. Mas,
principalmente, ganhou o país por outro fator positivo: a tolerância. Enquanto
fundamentalistas partiram para a grosseria e a intolerância (...) o papa tomou
cafezinho com um pastor evangélico, conversou com dirigentes de várias
religiões, monoteístas ou não, e admitiu que muitos católicos se afastaram da Igreja, porque ela não lhes dava assistência
espiritual.
Há anos, é grande amigo de um
rabino e com ele escreveu um livro sobre
tolerância, convivência entre pessoas com crenças diferentes. O papa mostrou que discordar de um
comportamento não significa discriminar pessoas. O Brasil preferiu a tolerância ao
rancor.”(1)
Permitam-me revisitar a Carta
Náutica do Núcleo Espírita Universitário publicada, na década anterior, na Revista
Internacional de Espiritismo (2): nessa
questão do aperfeiçoamento da prática
sócio-afetiva enfatizamos que: Modelo e
Guia, Jesus. "Os
meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem". É a lição de que o progresso do conhecimento é estimulado pelo regime de diálogo franco e aberto. É convite à fraternidade, ao amor em ação, na
aceitação da diversidade e no relacionamento pacífico entre os diferentes.
Tornando relativo o conhecimento
humano, de modo geral, e, em particular, o das coisas espirituais, a lição nos
faz suspeitar que a coexistência pacífica,
proporcionada pela fraternidade autêntica, é o ambiente, favorável à produção
intelectual e à tolerância das nossas diferenças, que podem ser exibidas sem
conflitos, inibindo o autoritarismo,
o fanatismo, o preconceito e a exclusão. Amai-vos e Instruí-vos indicou
que o segundo verbo é adequado, quando apoiado pelo primeiro.
Afinal, em matéria religiosa, para
que possamos desenvolver quaisquer convicções é necessário que haja a
possibilidade de comunicação com outros e conseqüentemente ter acesso a
diferentes pontos de vista. Num Estado de Direito, a liberdade religiosa só tem
sentido em condições de reciprocidade e o direito de igualdade pressupõe o
direito à diferença (3).
(2) Revista Internacional de Espiritismo, LXXVI (4): 181-182, 2001
1 Comentários:
O Espiritismo desde o seu surgimento em 18/04/1857 com a publicação do Livro dos Espíritos defende o AMAR UNS AOS OUTROS independente de qualquer coisa e em seus estudos respeita todas as religiões inclusive os chamados ateus.
Alguns religiosos agindo contrariamente a Boa Nova que dizem seguir pregam o preconceito, em contra partida, aqueles que praticam a caridade não são preconceituosos, isso me faz lembrar um período há alguns anos atrás o Centro Espírita A Caminho da Luz realizou por 10 anos uma atividade que chamávamos "RONDA DA CARIDADE" saiamos na madrugada de sábado atendendo as pessoas que estavam dormindo nas ruas e nesse trabalho muitas das vezes encontrávamos outros grupos de outras religiões e era uma alegria de ambas as partes, naquela ação não havia diferenças.
Um abraço.
Marcos Fonseca
Por Marcao, às 14 de agosto de 2013 às 05:42
Postar um comentário
<< Home