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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PALAVRAS DE UM AMIGO ESPÍRITA



Logo no início, quando é explicada a patologia da menina, (SÍNDROME DE SMITH-MAGENIS) a primeira impressão que me veio foi a de um mecanismo similar ao que observamos, com alguma freqüência, em problemas como a epilepsia.

Na seara espírita, sabemos que essa enfermidade traduz uma “cobrança” de débitos anteriores, tanto que o comportamento e a prática cristãos conseguem sempre minorar os sintomas, ou mesmo suspendê-los indefinidamente, já que o irmão dedicado terá mostrado a seus “credores” que realmente está esforçando-se por melhorar a si mesmo, e procura praticar a verdadeira caridade.

O Espiritismo pode explicar, e, mais que isso, ajudar decisivamente, no tratamento desses males, mas os preconceitos ainda atrapalham.

De certo modo, no Brasil, podemos considerar-nos privilegiados, porque o acesso ao conhecimento espírita é mais facilitado que nos demais países; ainda que a população pratique majoritariamente outras religiões, em geral, a maioria dos brasileiros aceita as bases da doutrina espírita.

Principalmente, quando precisa dela . . .

Por isso, é relativamente comum atendermos, na casa espírita, a irmãos de outros credos – ou de nenhum – que buscam solução para dificuldades variadas, incluindo os problemas de saúde física e mental; a situação mais vivenciada é a vinda ao meio espírita após uma peregrinação mais ou menos longa à cata de resultados que não aparecem como se esperaria.

Como você frisou sabiamente em seu texto, o Espiritismo não pretende influenciar ou alterar nenhum tratamento médico, mas apenas ajudá-lo, quando estiver ao alcance dos irmãos da seara.

Muito sofrimento tem sido evitado dessa forma, mas a contribuição da doutrina poderia ser muito maior, se o obscurantismo não continuasse a fazer suas vítimas.

Há poucos dias, eu conversava com uma jovem, criada em uma família evangélica, moça de sólidos conhecimentos de moralidade e de comportamento irrepreensível, como de resto toda sua família; foi sempre muito ativa, participando das atividades de sua igreja com sinceridade e devoção.

Para minha surpresa, contou-me, sem que o assunto fosse suscitado, que passou a assistir reuniões numa casa espírita, e que está gostando bastante; com grande honestidade, lamentou que exista ainda muito preconceito contra o Espiritismo, o que ela já percebeu que é descabido.

Somente pude responder a ela que, infelizmente, muitos irmãos de outros credos cometem o deslize de criticar sem conhecer; aproveitei e disse que todos, de qualquer religião, deveriam praticar, de fato, o amor ao próximo.

A caridade tudo pode.

Disse ainda que é preferível desconhecer qualquer linha dos textos religiosos, mas praticar essas virtudes, do que fazer o oposto, que é tão encontradiço: verdadeiras sumidades teóricas da Bíblia, que esquecem o primeiro mandamento com muito facilidade.

Grande abraço, meu irmão.

Sérgio de Jesus Rossi

rossi@correios.com.br

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