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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A felicidade





Sendo a felicidade inerente às qualidades do homem, não poderia, estando imperfeito, desfrutá-la plenamente. Porém, natural é que a procure, afinal, não foi o homem criado para sofrer, ao contrário, é estimulado por Jesus: “Sede, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai Celestial”. 

Assim considerando, como o aluno que desejando a sua formatura matricula-se em uma faculdade, também o Espírito se embrenha corpo adentro no mundo físico, em busca de sua superioridade: ...“a vida terrestre tem que servir exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que facilmente se adquire com o auxílio dos órgãos físicos e do mundo material”. (1) 

Encarnado, porém, procura o seu bem-estar exclusivamente nos bens materiais, não o encontrando: “Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade. Digo mais: nem mesmo reunidas essas três condições tão desejadas, porquanto incessantemente se ouvem, no seio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se queixarem amargamente da situação em que se encontram”. (2)

Por isso adverte Allan Kardec: “Só o progresso moral pode assegurar a felicidade dos homens sobre a Terra, colocando um freio às paixões, só o progresso moral pode fazer reinar entre os homens a concórdia, a paz, a fraternidade” (3)

Não obstante, como a buscar um consolo para a Humanidade, interroga o Codificador aos Espíritos: Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum a todos os homens? Eles responderam: “Com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro” (4) 

Concernente à resposta, certificamos tratar-se do cumprimento de leis Naturais, leis Divinas, como buscar o próprio homem o seu sustento, o seu necessário material, com o seu trabalho: “O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos”. (5) 

Manter a sua consciência pura: ”O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem” (6) e, acreditar na vida futura. Dizendo Jesus: “o meu reino não é deste mundo”, “claramente se refere à vida futura, que ele apresenta, em as circunstâncias, como a meta a que a Humanidade irá ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra”. (7)

A perfeição, a felicidade do homem, começa em fazer “a parte que lhe toca na obra da criação”, em manter a consciência pura, e acreditar na vida futura, segundo anunciou Jesus.


Referências:
(1) - E.s.E. cap. XI, 13 
(2) - E.s.E. cap. V, 20 
(3) - R.E. 1866 – Allan Kardec 
(4) - L.E. perg. 922 
(5) - L.E. pesp. 674 
(6) - E.s.E. cap. XVII, 3 
(7) - E.s.E, cap. II, 2



Cachoeiro de Itapemirim, ES.
Domingos Cocco
E-mail: domingos cocco1931@yahoo.com.br
Rua Neca Bongosto n° 06 – Barro Sumaré
Telefone: 028 – 5322-4053 – CEP 29304-590
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